New England Patriots wide receiver Brandin Cooks runs after catching a pass against the Miami Dolphins during the first half of an NFL football game, Sunday, Nov. 26, 2017, in Foxborough, Mass. (AP Photo/Michael Dwyer)

Por que os Patriots trocaram Brandin Cooks?

[dropcap size=big]S[/dropcap]uper Bowl LII. Depois de mais uma vez terminar a temporada como melhor campanha da Conferência Americana e chegando ao 765º Super Bowl (ou algo assim, me corrijam), os Patriots tinham a expectativa de erguer o sexto Vince Lombardi.

Nop. Havia um Nick Foles no caminho. Havia um Doug Pederson no caminho. Havia, com ou sem Carson Wentz, o melhor elenco da NFL no caminho. Os Eagles foram campeões com justiça e o todo pesou. A péssima defesa apresentada pelos Patriots, idem. Bill Belichick, treinador de formação no lado defensivo da bola, certamente está full pistola até agora.

Quer a prova?

Matt Patricia foi para o Detroit Lions e não há um novo coordenador defensivo no Gillette Stadium. Tal como acontecia antes de Patricia subir ao cargo, Belichick deve acumular o cargo de head coach e coordenador – tal qual é comum no lado ofensivo da bola, com Kyle Shanahan em San Francisco, por exemplo.

Agora que será o cozinheiro, muito provavelmente ele quer novos ingredientes. Daí a troca de Brandin Cooks no radar. Não, não deve ser para ter duas escolhas de primeira rodada e trocar por Odell Beckham Jr, esqueçam isso. Há outros motivos. E mais de um, aliás.

Vamos aos motivos da troca

Cooks tomou uma pancada no início do Super Bowl LII e não voltou mais a campo. Mesmo sem ele, New England manteve-se competitivo na partida – o que pesou, como já dito, foi uma defesa tomando um caminhão de conversões e de jardas.

A bem da verdade, há bastante profundidade no plantel de recebedores dos Patriots. A questão é que a temporada passada foi um terror em termos de lesão – Julian Edelman não jogou um snap sequer na temporada regular, vale lembrar. Além da volta de Edelman, ainda há Chris Hogan, Kenny Britt, Phillip Dorsett, Malcolm Mitchell (outro que perdeu jogos por lesão), Cordarrelle Patterson…. E Tom Brady passando a bola para eles. Não é o fim do mundo perder Cooks.

Ao mesmo tempo, temos a parte econômica do negócio. New England trocou a 32ª escolha por Cooks – e receberá a 23ª dos Rams neste ano. Ou seja: mesmo que pequeno, houve lucro. Ainda, vale lembrar que Belichick poderia sair de mãos abanando, a là Jimmy Garoppolo caso uma troca não tivesse sido feita. 2018 é o último ano de contrato de Brandin Cooks e, como manda a tradição, os Patriots não costumam gastar rios de dinheiro em recebedores – até porque preferem usar o dinheiro em outros lugares do teto salarial e, sempre lembrando, eles têm Tom Brady passando a bola. Trocar agora significa não perder Cooks “por nada” e ainda ter a oportunidade de reforçar o time duas vezes no Draft.

Em 2012, os Patriots tiveram duas escolhas na primeira rodada e estavam em situação semelhante: o time vinha de uma temporada com derrota no Super Bowl e buracos para arrumar na defesa. Saíram da primeira rodada com Dont’a Hightower e Chandler Jones – nada mal, né?



Fato é que, também como 2012, é hora de um “pit-stop” no elenco. Os Patriots tiveram apenas quatro escolhas no Draft passado. Com efeito, é hora de maximizar escolhas e carregar o elenco de jogadores jovens com contratos mais amigáveis.

Ante tudo isso, resta saber: quem vem nas duas escolhas que os Patriots terão na primeira rodada? Isso é para subir e pegar um quarterback-sucessor de Brady? Isso é para reforçar a defesa? Bom, é tema para outro texto. Mas que vai ser interessante, isso vai.

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