Steelers draftaram em Joshua Dobbs o maior potencial de “Dak Prescott 2017”

“Não estou tentando substituir ninguém. Só estou tentando ser o melhor que eu possa ser… Aparecer para trabalhar e aprender o máximo possível de um futuro hall of famer“, disse a 135ª escolha do Draft, um quarterback móvel e vindo da Conferência SEC. Pense rápido: esta frase foi dita por Dak Prescott no ano passado ou por Joshua Dobbs neste ano?

Foi dita por Dobbs. O quarterback, produto de Tennessee tal qual Peyton Manning em 1998, foi escolhido 134 escolhas depois de Peyton: no mesmo lugar que Dak no ano passado. Ironia ou presságio do destino, na 135ª escolha. E para um time com uma linha ofensiva sólida – foi a segunda que menos cedeu sacks no ano passado – e com um titular que costuma perder jogos por lesão.

“Não preciso de mais encorajamento”, falou Dobbs quanto às comparações com Prescott. Na época de Draft, já apontávamos que Dak era um potencial sleeper. Se caísse na situação certa – como caiu, em Dallas – poderia dar certo desde o início. Também apontamos Dobbs como um potencial sleeper deste Draft, em 2017. Se ele seguirá os passos do colega de SEC, só o destino dirá. “Havia muitas críticas sobre Dak um ano atrás e ele tomou proveito de suas oportunidades. Este é meu plano, também”, apontou Dobbs antes do Draft. Agora que ele foi para um time – os Steelers – com uma boa linha ofensiva, um bom corredor e um bom recebedor principal  – exatamente como Dallas – as oportunidades estão presentes.

Não me entenda mal: eu amo Roethlisberger. Dá gosto de vê-lo jogar. Quando se assiste a Jay Cutler por anos e se tem a oportunidade de ver um tanque de guerra no pocket, um cara que joga com vontade, você aprende a admirar ainda mais seu trabalho. Mas é inegável que Ben tomou certa punição naqueles anos que a linha dos Steelers era ruim. Desde 2009, ele jogou todas as partidas da temporada regular em apenas dois anos – 2013/2014. Em termos de probabilidade, existe uma possibilidade de Joshua Dobbs entrar em campo neste ano. Ele se portará como Dak? Bom, é virtualmente impossível apontar isso com certeza.

Leia também:
Marcados por lesões, Bridgewater e Watkins não terão opção contratual de 5o ano (2018) ativada
Seahawks brilharam: Analisando e qualificando as trocas da 1ª rodada do Draft 

Publicidade




O que podemos dizer ante o tape de Dobbs no College – e após todo o processo pré-draft – é que ele é um jogador de teto de talento alto e que possui algumas intangíveis bem interessantes. Para começar, dificilmente você vai ver um quarterback mais inteligente do que ele nesta classe de 2017. Ao menos do ponto de vista acadêmico; Dobbs tinha engenharia aeronáutica como major em Tennessee. São 53 passes para touchdown nos últimos quatro anos (terceiro na SEC) e 5237 jardas aéreas nos últimos dois (segundo na SEC).

Isso não quer dizer que ele não tenha defeitos ou questionamentos – se não, vários outros times teriam escolhido o cara antes da quarta rodada. A questão que fica: esses defeitos podem sumir com o tempo? Veja, o principal problema em Dak Prescott, como prospecto, era que ele ficava tempo demais com a bola no pocket. Atrás da melhor linha ofensiva da NFL, isso não se tornou problema. Ainda, a precisão de Dak em passes de média distância era um questionamento – tanto quanto para Dobbs neste momento. Com um jogo terrestre que raramente deixava a defesa adversária colocar marcação com n! safeties em profundidade, isso não foi problema em Dallas.

Podemos apontar que ele é o novo Dak Prescott? Não. Mas é possível dizer que, dentre aqueles caras escolhidos no meio do Draft, ele e Nathan Peterman são aqueles com maior probabilidade de ter esse impacto. Probabilidade – vide Indians/Warriors liderando por 3-1, Falcons por 28 a 3 ou Hillary Clinton e as pesquisas – não quer dizer certeza. Só indício, sinal – e não ruído por si.

Post exclusivo dos Sócios ProClub: 🔒 | No terceiro dia de Draft, Dallas e Washington merecem destaque

Haverá uma transição dura para Dobbs nos próximos meses e pode ser que ele não esteja preparado tão rapidamente como Prescott esteve. Joshua terá que estabelecer alguns hábitos de quarterback profissional, como chamar jogadas do huddle, realizar menos no-huddle, ser forçado a passar a bola em janelas menores e ver atletas mais rápidos e atléticos no lado defensivo da bola (e que executam defesas mais complexas). Embora não seja certeza, a chance existe: ele pode ser o Dak de 2017.

Comentários? Feedback? Siga-me no twitter em @CurtiAntony ou no facebook – e ainda, nosso site em @profootballbr e curta-nos no Facebook.


“RODAPE"

Quer uma oportunidade para assinar nosso site? Aproveita, R$ 9,90/mês no plano mensal, cancele quando quiser! Clique aqui para assinar!
“odds