Trey Lance será o terceiro quarterback de North Dakota State draftado em seis anos – possivelmente o segundo dentro do top 10 -, um feito excelente para qualquer programa universitário, porém ainda mais impressionante para uma universidade da FCS, a “2ª divisão” do College Football.
Lance, contudo, tem uma trajetória bem diferente de Carson Wentz ou Easton Stick, os outros representantes dos Bisons na NFL. Com apenas 17 partidas no currículo – ou uma única temporada inteira de titularidade -, o signal caller de 20 anos chegará ao Draft como um dos prospectos mais inexperientes da história, o que suscita uma série de dúvidas sobre o seu futuro no esporte profissional.
Tempo de jogo sempre foi um problema
Lance é natural de Marshall, uma cidade de 14.000 habitantes relativamente distante de Minneapolis. Ele era um fenômeno atlético desde criança, destacando-se nos times de futebol americano, basquete e beisebol. O problema é que Trey era grande demais para a pequena cidade do interior de Minnesota.
Terry Bahlmann, seu treinador no ensino médio, conta que não havia competição local à altura, fazendo o jovem prodígio ser frequentemente sacado no intervalo das partidas porque a equipe estava vencendo por cinco ou seis touchdowns de diferença. Isso prejudicou suas estatísticas e a avaliação dos poucos olheiros que apareciam querendo conferir seu talento.
Não por acaso, Lance recebeu apenas um convite para jogar como quarterback na FBS, uma proposta de Boise State colocada na mesa aos 45 do segundo tempo do período de inscrições universitárias. Alguns programas da Big Ten até se interessaram – incluindo a própria Universidade de Minnesota -, entretanto as bolsas eram nas posições de safety ou linebacker, funções nas quais ele também havia atuado durante o high school.
North Dakota State é quem se interessou de verdade em tê-lo como signal caller desde o início e foi onde Lance escolheu jogar, mesmo sabendo que a visibilidade seria menor em comparação à vitrine das principais conferências da FBS.
