Assim como no ano passado, elaboramos uma lista dos jogadores que tiveram a opção de quinto ano ativada e as razões para tal. É um exercício interessante para avaliar, dentre outras coisas, quais escolhas da primeira rodada do Draft de 2018 deram certo e quais deixaram a desejar – um jogador que teve a opção declinada não necessariamente é um bust, porém, o fato de sua equipe não estender seu contrato é um sinal de que não estão otimistas com o futuro desse atleta na franquia no longo prazo.
Claro, existem exceções a essa regra. A mais clara é Garett Bolles, do Denver Broncos, que não teve sua opção contratual ativada em 2020 depois de três anos muito ruins no Colorado mas que se tornou um tackle bastante sólido no último ano de seu vínculo com a organização, assinando posteriormente uma extensão rica que o mantém com a equipe até 2025.
Existe uma diferença importante com relação as opções ativadas nesse ano: todas elas se tornam garantidas independente de lesão, diferente dos últimos anos quando um jogador só tinha o dinheiro garantido caso se machucasse. Isso pode ter pesado em algumas decisões, como a de Rashaan Evans nos Titans, todavia, é uma vitória dos atletas de modo geral – um efeito da assinatura do novo CBA em 2020.
Enfim, chega de enrolações por aqui. Confira quais jogadores tiveram a opção de quinto ano ativada e por quê.
1. Baker Mayfield, QB, Cleveland Browns – exercida
Mayfield era uma decisão óbvia: o jogador estabilizou a posição de quarterback depois de duas décadas em Cleveland e fez a franquia vencer seu primeiro jogo de playoff depois de décadas. Ele ainda possui espaço para evolução em nível individual e não está perto de ser um jogador perfeito, no entanto, dá pra dizer que Baker mudou a história dos Browns depois de muito tempo de sofrimento. 19 milhões de dólares é um custo baixo perto do que ele receberá quando assinar seu segundo contrato.
2. Saquon Barkley, RB, New York Giants – exercida
Apesar da lesão grave que encerrou sua temporada de 2020 de forma prematura, Barkley ainda permanece como a principal opção ofensiva dos Giants e não é difícil entender porque New York ativou sua opção contratual: o time quer dar todas as opções possíveis para Daniel Jones justificar seu status de franchise quarterback e, além disso, é válido estender o contrato de calouro um running back ao invés de se comprometer no longo prazo com um jogador da posição. Decisão acertada de Dave Gettleman.
3. Sam Darnold, QB, Carolina Panthers – exercida (originalmente escolhido pelo New York Jets)
A ativação no contrato de Darnold veio após a primeira noite no Draft, o que pode ser um indicativo que a franquia considerou um novo passador no recrutamento, ainda que tenha passado Justin Fields e Mac Jones. Seja como for, se o ex-quarterback dos Jets jogar bem, Carolina tem mais tempo para trabalhar numa extensão de contrato; a troca de Teddy Bridgewater mostrou que, ao menos no curto prazo, os Panthers estão comprometidos com o jogador.
4. Denzel Ward, CB, Cleveland Browns – exercida
Você já leu sobre a ativação da opção de Ward aqui, mas vale repetir que ele se destacou em 2020 numa secundária carente e que sofreu bastante com lesões de seus jogadores. Os investimentos na defesa dos Browns foram interessantes e, com menos pressão para produzir, podemos ver outro salto de qualidade do cornerback.
5. Bradley Chubb, EDGE, Denver Broncos – exercida
Chubb tem sido um jogador produtivíssimo para os Broncos nos três anos em que esteve com a organização – a exceção, é claro, foi em 2019 quando sua temporada foi encerrada prematuramente por uma lesão no joelho. Com Von Miller atingindo idade avançada e declinando, Chubb tem tudo para ser o líder defensivo da franquia nos próximos anos. Vindo de um ano no qual foi indicado ao primeiro Pro Bowl da carreira, ele custará 12,7 milhões para Denver em 2022.
