O tão aguardado domingo da primeira semana da NFL terminou com uma vitória do New England Patriots sobre o Arizona Cardinals, fora de casa. A mais difícil semana da temporada – em termos de Fantasy – já viu a maioria dos seus jogos realizados, e, com esses jogos, aprendemos algumas lições e aferimos algumas situações com mais confiança. Se não quiser ler na tela do celular, confira o episódio de “Falando Fantasy“, tratando justamente desses aprendizados (estará, também, no final do texto). Antes de mais nada, a primeira lição, a maior de todas após o primeiro domingo: não se desespere! Não se livre de jogadores porque não renderam o esperado; segure o seu valor, e, se possível, identifique quem na sua liga pode querer aderir à “segunda-feira do desespero”.
Sem mais delongas, vamos às lições aprendidas com os jogos de domingo da Semana 1 da NFL!
O que aconteceu com Adrian Peterson?
Com apenas 31 jardas, Adrian Peterson foi uma decepção para aqueles que o escalaram. 3.1 pontos nas ligas não é lá o rendimento de uma escolha de primeira rodada. O que aconteceu? Pois bem, a verdade é que a defesa do Tennessee Titans estava preparada para um ataque unidimensional. Convenhamos, Shaun Hill não é a maior ameaça para o jogo aéreo; e isso estimulou a defesa da equipe da AFC a colocar mais jogadores no box contra o camisa 28.
Mesmo assim, há um fator positivo para se observar: foram 19 tentativas terrestres; uma marca que o coloca como oitavo jogador com mais tentativas neste domingo. Volume gera produção, e nas mãos de um lendário running back, isso deve render muitos pontos em semanas vindouras, especialmente quando Sam Bradford se estabelecer e oferecer uma ameaça maior no passe. Portanto, não se desespere com a perfomance do camisa 28.
Três recepções para 32 jardas de Brandon Marshall. Fim da linha?
De forma alguma. Brandon Marshall já mostrou que é o tipo de jogador que triunfa independentemente de quem passe a bola para ele. Na partida de domingo contra o Cincinnati Bengals, apesar de ter conectado apenas uma vez com Ryan Fitzpatrick, o quarterback procurou o jogador em sete oportunidades. Com uma média de 11.2 jardas de profundidade nestes passes, se mais dois tivessem conectado seria provável que não estaríamos comentando a perfomance do jogador. Os ponteiros vão se ajustar para o camisa 15 do New York Jets.
Allen Robinson é um ímã de bolas
Seis recepções para 72 jardas não indica uma excelente partida, especialmente se falamos de um wide receivers selecionado por muitos na primeira rodada – e de fato não é, mas não há problema. Allen Robinson teve 14 targets na partida contra o Green Bay Packers; Blake Bortles tentou se conectar 14 vezes com seu wide receiver número 1 – o melhor número neste domingo. Outro elemento interessante: os passes foram na faixa de 16.1 jardas de profundidade, o que indica que Robinson é uma ameaça longa com volume; uma recepção dessas para touchdown e sua semana está feita. Não estou nem um pouco preocupado com Robinson: ele será ótimo para o seu Fantasy.
Há vida sem Jamaal Charles em Kansas City
Estudando para a Semana 1 da NFL, vi vários artigos de jornalistas que acompanham o Kansas City Chiefs de que o futuro não seria trágico sem Jamaal Charles – por causa de Spencer Ware. E se observarmos os stats do jogador após a partida contra o San Diego Chargers, isso é verdade: 11 corridas para 70 jardas e um touchdown; no jogo aéreo, 8 targets, 7 recepções para 129 jardas – estonteantes 199 jardas totais. Números brilhantes para o jogador que se mostra a opção número um com a ausência do camisa 25. Mantenha ele no seu elenco e, se Charles não voltar para a Semana 2, vale a escalação.
Lamar Miller pode, sim, ser um running back com muito volume
Houve sempre muita especulação sobre os motivos pelos quais o Miami Dolphins não entregava a bola muitas vezes por partida para Lamar Miller – será que tinha algo que não sabíamos? Bom, após a partida contra o Chicago Bears, aparentemente não. O running back teve 28 tentativas terrestres – a maior marca da sua carreira – e teve 4 recepções. São 32 toques na bola para 118 jardas totais, o único jogador domingo a bater a marca de 30 toques. Miller é o pilar deste ataque do Houston Texans, e mostrou ontem que vai ter muito volume em 2016.
Nenhuma dúvida paira sobre o impacto de David Johnson
Na primeira vitória como titular de Jimmy Garoppolo, David Johnson justificou seu status de escolha de primeira rodada nos drafts deste ano. O segundanista esteve em campo em 58 dos 61 snaps do ataque do Arizona Cardinals, mostrando a confiança que tem da comissão técnica. O jogador teve 16 corridas para 89 jardas e um touchdown, além de 4 recepções para 43 jardas. Johnson foi o único running back com mais de 10 carregadas que teve uma média de jardas acima de 3.3 após o contato: 4.1. Uma temporada brilhante se desenha pro camisa 31.
A divisão de carga de Devonta Freeman e Tevin Coleman
Em vários textos antes da temporada, expressei a preocupação de Freeman não ter a mesma carga que ano passado pela presença do Tevin Coleman saudável. Ontem, não deu outra: foram 11 carregadas para Freeman e 8 para Coleman, com 20 e 22 jardas, respectivamente. No jogo aéreo, 4 targets e 4 recepções para Devonta Freeman para 24 jardas e seis targets e cinco recepções para 95 jardas para Tevin Coleman. A divisão de volume foi bem alta e começou bem cedo na temporada, mas não se desespere: monitore a situação e veja se isso se torna padrão para o time na temporada. Caso positivo, você pode começar a considerar uma troca para trazer um jogador mais confiável. Por enquanto, entretanto, fique com o camisa 24.
Há vida no backfield do San Diego Chargers
Melvin Gordon e Danny Woodhead tiveram juntos três touchdowns, 30 carregadas, 146 jardas terrestres e 31 aéreas. Boas notícias para um jogo terrestre combalido em 2015, que viu Gordon finalmente entrar com confiança na endzone. Com isso, ambos se tornam opções viáveis para seu Fantasy. Paira a dúvida, ainda, sobre quem será “o cara” na red zone; ambos viram trabalho nessa região do campo. Acredito que em situações mais curtas e primeira e segunda descida, Melvin Gordon receberá o volume. Em descidas mais longas e afastadas da goal line, Woodhead pode ser o nome. Para standard, confio mais em Gordon; em points per reception, Woodhead. Vamos ficar de olho nessas estatísticas.
Com a notícia da lesão de Keenan Allen, os running backs podem ter seu volume aumentado. Quem pode ganhar mais targets com a ausência do wide receiver é Antonio Gates, alvo que goza de enorme confiança de Philip Rivers.
https://soundcloud.com/user-701317137/8-licoes-que-aprendemos-com-o-domingo-da-semana-1-da-nfl
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