Formatos de Fantasy Football, papel do Comissário e Premiações

Este é o quarto da série de textos sobre Fantasy mais completa já feita em nosso site. O objetivo é fazer manjar tudo de fantasy, aprender como funciona esse jogo virtual e garantir que você consiga tirar aquela onda com todos os seus amigos no final da temporada!  Já cobrimos nos últimos dias onde você pode começar a jogar Fantasy Football.

Falamos brevemente das plataformas disponibilizadas pelos principais portais esportivos americanos e da possibilidade de ingressar numa liga pública. Posto isso, vamos às particularidades da criação da sua liga – a começar pelo formato de disputa e pontuação. É importante destacar, antes de apontarmos a forma de pontuação, que todos os valores podem ser alterados pelo commissioner, pelo gestor da liga, de forma a atender todas as necessidades da liga. 

O formato standard

standard é o formato mais utilizado no Fantasy Football. Independente de qual plataforma, o critério de pontuação base é o mesmo, tal como as regras concernentes às partidasPrimeiramente, os jogos semana a semana são disputados no modelo head-to-head, isto é, um contra um, no qual o critério para vitória é o maior número de pontos. A cada semana, você enfrenta um dos outros managers dentro da sua liga, até o final da temporada regular da sua liga. Dessa forma há duas possibilidades: o time com maior percentual de vitórias conquista o troféu ou acontecem os playoffs do Fantasy. Estes ocorrem geralmente nas semanas 15 e 16, para que o jogo virtual não sofra caso franquias optem por escalar reservas ou poupar jogadores na semana 17.

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Vamos finalmente tratar da pontuação relativa ao formato standard. Primeiramente temos os pontos relativos ao passe (passing), estatísticas que geralmente são atribuídas ao quarterback. São elas:

– Passe para touchdown: 4 pontos

– Cada 25 jardas aéreas: 1 ponto

– Passe para conversão de 2 pontos: 2 pontos

– Interceptação: -2 pontos

É possível ainda customizar situações de jogo, além de apenas alterar o valor absoluto delas. Você pode acrescer pontos para touchdowns longos, como um que passe das 50 jardas; você pode tirar pontos do quarterback para cada passes incompleto, para cada sack recebido; acrescer para marcas dentro dos jogos, como pontos extras se o signal caller passar das 300 jardas, por exemplo. As possibilidades são enormes para customizar sua liga.

Vamos tratar, agora, aos pontos relativos à corrida (rushing) e recepção (receiving). A lógica por trás deles é a mesma: diferente do quarterback, os recebedores e running backs recebem a totalidade dos pontos pelos touchdowns, jardas e pontuações, ao invés da fração, conforme veremos a seguir:

– Corrida para touchdown ou recepção para touchdown: 6 pontos

– Cada 10 jardas corridas ou 10 jardas recebidas: 1 pontos

– Corrida ou recepção para conversão de 2 pontos: 2 pontos

Tal como nas estatísticas relativas ao passe, você pode premiar ou punir jogadores por determinadas marcas em determinada partida. Você pode dar bônus quando o recebedor passar das 100 jardas, ou dar pontos extras a cada 10 tentativas de corrida, por exemplo. Se você bonifica os jogadores com pontos por recepção, sua liga entra na classificação “PPR” (points per reception), uma das alterações mais populares entre fãs de Fantasy Football. Esse bônus é geralmente de 0.5 ou 1 ponto, podendo ser diferente de acordo com a vontade da liga.

Há, ainda, pontuação atribuídas a qualquer jogador de ataque. São elas:

– fumble recuperado para touchdown: 6 pontos

– fumble perdido: -2 pontos

No formato standard, há ainda os pontos relativos à defesa e aos kickersPunters não estão naturalmente inclusos neste modelo, mas nada impede que você crie uma posição só para colocar seu chutador favorito, criando pontuações para cada punt, cada fair catch forçado, enfim, o que vier à cabeça. Sem mais delongas, vamos aos pontos relativos aos chutes dos kickers (kicking).

– Field goal de mais de 50 jardas: 5 pontos

– Field goal de entre 40 e 49 jardas: 4 pontos

– Field goal de entre 0 e 39 jardas: 3 pontos

Extra point bem sucedido: 1 ponto

– Field goal perdido: -1 ponto

Há quem questione o status do kicker na liga da forma que ele é proposto. Como a penalidade por perder um field goal é pequena e o bônus de acertá-los é enorme, o kicker acaba virando uma loteria gigantesca sem nenhum risco para o jogador. Para ilustrar, ano passado eu perdi uma das minhas ligas pois Blair Walsh resolveu fazer 23 pontos – uma pontuação excelente para qualquer jogador nesse formato, explodindo a liderança de mais de 20 pontos que eu já tinha construído. A aleatoriedade do kicker é motivo de debate em diversas liga.

Por fim, no formato standard, há os pontos da defesa escalada. Como não há a seleção específica de jogadores defensivos nesse modelo, há uma escolha da totalidade de uma defesa; você não vai escalar Earl Thomas III e Kam Chancellor, mas sim a defesa do Seattle Seahawks. Ou seja, os pontos provenientes destes vem da perfomance geral da unidade. Se um cornerback retorna uma interceptação para touchdown mas sua equipe perde por mais de 40 pontos, vai ser a totalidade da perfomance que refletirá na pontuação final. Vamos aos pontos relativos à defesa/times especiais (DST – defense/ special teams):

– retorno para touchdown de kickoff ou punt: 6 pontos

– retorno para touchdown de interceptação ou fumble: 6 pontos

– retorno para touchdown de punt ou field goal: 6 pontos

– interceptação: 2 pontos

– fumble recuperado: 2 pontos

– punt, field goal ou extra point bloqueado: 2 pontos

– safety: 2 pontos

– cada sack: 1 ponto

– nenhum ponto cedido: 5 pontos

– 1-6 pontos cedidos: 4 pontos

– 7-13 pontos cedidos: 3 pontos

– 14-17 pontos cedidos: 1 pontos

– 18-27 pontos cedidos: 0 pontos

– 28-34 pontos cedidos: -1 ponto

– 35-45 pontos cedidos: -3 pontos

– 46 ou mais pontos cedidos: -5 pontos

Importante frisar que a defesa começa com 10 pontos na partida, sendo adicionados ou descontados de acordo com a perfomance da unidade.

commissionner: o papel do Goodell da sua liga

O comissário do Fantasy Football é aquele responsável por, basicamente, tudo que ocorre dentro da liga. Ele é o administrador em todos os aspectos, desde a criação, até o convite das equipes, tendo plenos poderes para punir um time, alterar a pontuação de jogadores e determinado manager, mudar regulamentos de waiver, prazos, enfim, ele dispõe do controle absoluto dos acontecimentos e as regras do seu grupo de amigos.

Dessa forma, o commissioner pode ter duas abordagens básicas: a primeira é aquela na qual ele dita a regra do jogo de acordo com suas visões, e os demais managers devem se adaptar a elas. Por exemplo, se ele de um ano para o outro opta que tight ends devem se encaixar na posição de flex, ele comunicará sua decisão sem a necessária anuência dos outros. Da mesma forma, caso o comissário veja que há uma troca muito desequilibrada, ele poderá vetá-la sem manifestação de todos. É uma opção na qual pode haver resistência e atrito com os companheiros de liga, mas ela é bastante adotada quando há alguma premiação pela conquista do campeonato.

Uma outra abordagem que me deparei bastante é a do commissioner que submete suas decisões para discussão. Nesse sentido, é mais democrático pela ampla participação de todos os membros (interessados) da liga. Se uma decisão é difícil, o comissário a submete para jogo, ou se ele deve tomar uma decisão crucial, como tirar um dos membros por inatividade, ele consulta os demais participantes antes de bater o martelo. Embora esta opção soe como a mais “justa”, muitas vezes essa abordagem dá ensejo para uma situação “em cima do muro” do commissioner, que acaba por não tomar atitude alguma.

Mais importante do que definir qual é a melhor abordagem, é fundamental que o comissário atue de forma isenta e buscando o melhor da liga. Não interessa qualquer histórico ou rivalidade; no exercício das suas funções, o commissioner não só cria e administra a liga, mas julga e executa as sanções por qualquer problema que surja no Fantasy Football. Atuar de forma a prejudicar alguém por vingança, ou não ser transparente nas decisões são sinais de que se sua liga terminar essa temporada, não deve ver a luz do dia na outra.

Na minha experiência, eu fui mais commissioner do que o contrário. Sempre tomei a iniciativa e fiz questão de tomar as rédeas das ligas. Até hoje, nunca tive grandes questões quanto às decisões, então é uma função que assumo todos os anos. Coloco isto pois há ligas que fazem o revezamento do commissioner, de forma a evitar que o poder de decisão e atuação fique nas mãos do mesmo jogador todos os anos.

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Premiações: o gostinho da vitória basta?

Uma última atribuição do comissário – que não precisa ser necessariamente dele – toca à premiação pela liga. O prêmio por vencer o torneio do seu grupo não é obrigatório, lógico – honestamente, o mero gostinho de vencer por si só já se segura – mas às vezes colocar um dinheiro no meio dá a motivação necessária para jogadores que poderiam abandonar a liga no meio do caminho se começasse a perder.

Claro que nesse sentido o prêmio não seria só para o vencedor da liga, mas bonificações de acordo com a performance semanal. Por exemplo, no início da temporada, o tesoureiro (pode ser ou não o commissioner) coleta um valor determinado de cada jogador da liga. Assim, pode-se estabelecer além do prêmio pela conquista do troféu, valores semanais para o jogador que tiver feito mais pontos naquela semana, ou para quem vencer pela maior diferença de pontos. Maneiras de utilizar o bônus para motivar a liga não faltam, e muitas vezes salvam a liga do abandono que prejudica todos no longo prazo.

Os prêmios não precisam só ser em dinheiro. Numa liga que jogo com frequência, estabelecemos que ao final da temporada, os outros 11 membros votarão no jogador que foi mais importante na conquista do troféu do vencedor da liga – o que quase me rendeu uma camisa do Antonio Brown (tenho fé que ganharei a 84 esse ano).  Além de prêmios, os piores colocados podem pagar prendas de forma a entreter os outros membros – o que é muito legal e acaba unindo os integrantes. Essas motivações ultrapassam a questão monetária e se tornam tradições dentro das ligas – sendo outro motivo pelo qual jogar Fantasy Football é tão divertido.

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