Guia Fantasy 2017: As 6 prateleiras de quarterbacks para seu Draft

[dropcap size=small]M[/dropcap]ais uma categorização em prateleiras para que você chegue preparado no seu draft – e vamos, finalmente, falar de quarterbacks. A posição mais valiosa no campo de futebol americano acaba rendendo altas escolhas no Fantasy Football – mas, por favor, evite fazer isso. “Deixe o quarterback para mais tarde” é um lema que eu sigo de maneira xiita, e você também deveria. Já falei tanto disso que não quero ser repetitivo – apenas peço para que leia a fundamentação.


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Para não enrolar mais ninguém, seguem as seis prateleiras de quarterback para Fantasy Football! Para todos os efeitos, a pontuação aqui aplicada é standard, e, portanto quatro pontos por touchdown passado. Lembrando aos fanáticos que darei uma aula sobre Fantasy Football no Curso de Futebol Americano do ProFootball – aqui mais detalhes.

Rankings de Fantasy em 2017:
Guia Fantasy 2017: As 7 prateleiras de Wide Receivers para seu Draft
Guia Fantasy 2017: As 6 prateleiras de running backs para seu Draft
Guia Fantasy 2017: As 5 prateleiras de tight ends para seu Draft

Tier 1

Aaron Rodgers, Green Bay Packers – Acredito não ser necessário falar muito por aqui. Aaron Rodgers foi uma máquina para o Green Bay Packers dentro de campo e uma divindade entre mortais no Fantasy, terminando o ano como primeiro em pontos – uma média de 23.8 pontos por jogo [note] 2016 Fantasy Season Scoring Leaders. ESPN.com. Acesso em 16/08/2017 – http://games.espn.com/ffl/leaders?slotCategoryId=0 [/note]. Nada me faz acreditar que o camisa 12 não será novamente, no mínimo do mínimo, um dos três melhores na posição em 2017.

Observação importante: Rodgers ser primeira prateleira de quarterback não significa que ele valha primeira rodada no Fantasy. Nenhum quarterback vale, dado que a diferença de produção entre as prateleiras é menor na posição (em oposição ao que acontece com running backs e wide receivers)

Tier 2

Tom Brady, New England Patriots – Tom Brady foi o 15° quarterback em pontos em 2016 – mesmo jogando quatro jogos a menos. Foram apenas 12 partidas disputadas e mesmo assim ele ficou na frente de Cam Newton, Ben Roethlisberger, Carson Palmer, Joe Flacco, Eli Manning e tantos outros. Foram 21.5 pontos em média, o que o credenciaria à terceira posição nessa estatística. Se extrapolássemos a média para 16 partidas jogadas, Tom Brady teria 86 pontos a mais na sua conta no final da temporada – e seria o terceiro melhor em pontos na temporada passada.

Sem sinais de desacelerar, Tom Brady é uma escolha para lá de fantástica para Fantasy Football, com todas as ressalvas que a escolha prematura de quarterback, claro. Se a sua razão de touchdowns por interceptação se mantiver, não duvidaria que ele ultrapassasse Aaron Rodgers em pontos na temporada de 2017.

Drew Brees, New Orleans Saints – A pura consistência para Fantasy Football. Mais uma temporada de 5.000 jardas, a quinta da sua carreira, 674 tentativas aéreas – líder da NFL -, 38 touchdowns e segue o baile [note] 2016 NFL Team Passing Stats. ESPN.com. Acesso em 16/08/2017 – http://www.espn.com/nfl/statistics/team/_/stat/passing [/note]. Difícil ser mais seguro em termos de volume puro no jogo aéreo. Em termos de average draft position, Drew Brees está sendo selecionado com a sexta escolha da quarta rodada, o que é um pouco cedo, na minha (xiita) opinião. Ele saindo do range de quinta ou sexta rodada, pode ser um ótimo valor – mesmo para um quarterback escolhido no meio do draft.

Andrew Luck, Indianapolis Colts – Paira no ar o medo de Andrew Luck não estar pronto para a Semana 1 da temporada regular. Embora ache improvável que isso de fato se concretize, Luck é um baita quarterback para o Fantasy Football. Mais de 30 touchdowns, mais de 4.000 jardas e, pela ajuda da defesa e do jogo terrestre, tendo que passar a bola o tempo inteiro. Além do mais, Luck é o quarterback mais interessante em termos de ADP do Tier 1 e Tier 2: ele tem sido selecionado em média no final da sétima rodada, depois até de Matt Ryan e Russell Wilson.

Tier 3

Matt Ryan, Atlanta Falcons – Em termos de estatística, regressão à média após um ano fora da curva não é brincadeira. Vimos o que aconteceu com Cam Newton em 2016. Claro, não vejo Matt Ryan sendo catastrófico em 2017, mas é preciso medir as expectativas em relação à perfomance do quarterback do Atlanta Falcons. Acredito que o camisa 2 será um sólido quarterback para Fantasy, mas que não replicará os 38 touchdowns. Antes de 2016, Ryan só alcançara a marca de 30 touchdowns uma vez em oito temporadas [note] Matt Ryan Career Stats. Pro Football Reference. Acesso em 16/08/2017 – https://www.pro-football-reference.com/players/R/RyanMa00.htm [/note]. Sem falar do ADP, que está no final da quinta temporada. Por esse preço, eu prefiro não contar com o MVP da temporada de 2016 no meu time de Fantasy.

Kirk Cousins, Washington Redskins – Falando em regressão à média, Kirk Cousins é outro candidato. Foram quase 5.000 jardas em 2016, com 607 tentativas aéreas pelo time da capital – segunda maior marca da NFL. Acredito que Cousins replicará o número de touchdowns (25), mas que as jardas sofram um leve baque. O camisa 8 é uma ótima escolha para Fantasy, não me entenda errado, mas evite gastar uma escolha de sétima rodada ou anterior – o ADP dele está na oitava, um momento que já considero razoável caso queira contar com um quarterback mais cedo.

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Russell Wilson, Seattle Seahawks – Todos ainda sonham com o Russell Wilson da reta final da temporada 2015. Ano passado, com seu average draft position nas alturas, Wilson decepcionou e foi o 11° quarterback em pontos. Isso se deu pela lesão no joelho que o limitou e o trabalho ruim – para ser gentil – da sua linha ofensiva. Para 2017, essas questões parecem estar no mínimo mitigadas – mas nos resta torcer. Com o atual average draft position de sétima rodada, eu até considero arriscar, mas talvez prefira que alguém compre essa luta.

Tier 4

Matthew Stafford, Detroit Lions – Subestimado até o último fio de cabelo, Matthew Stafford foi um monstro no Fantasy Football na primeira metade da temporada. Nesse sentido, ele lembra Matt Ryan/Tony Romo (saudável) de alguns anos atrás. Em um ritmo insustentável, o camisa 9 caiu de ritmo e deslocou o dedo, se tornando uma sombra do que fora no começo da temporada. Todavia, há dois grandes trunfos em selecionar o Detroit Lion:  ADP tardio e facilidade em se desapegar caso não produza. Se você investe uma escolha alta em qualquer jogador, é mais difícil seguir em frente e se desfazer do jogador. Esse average draft position é muito bom para deixar passar.

Tier 5

Derek Carr, Oakland Raiders – Há argumentos de que a dificuldade em lidar com os rivais de divisão – no caso, Denver Broncos e Kansas City Chiefs – seja um motivo para que Carr não esteja sequer entre os dez melhores da posição para Fantasy Football. Mas, salvo melhor juízo, não é esse o motivo – ano passado o Oakland Raiders passou tanto o rolo compressor no jogo terrestre contra os Broncos em uma partida, e na segunda Carr sequer jogou. Contra os Chiefs, é bem verdade – Carr teve partidas abaixo da média.

O medo, na verdade, é justamente o comprometimento dos Raiders em estabelecer o jogo terrestre. O elenco ofensivo do time da Califórnia é forte o suficiente para não depender exclusivamente do camisa 4, o que faz com que o valor de Derek Carr sofra em relação a Kirk Cousins, Matthew Stafford ou Andrew Luck, por exemplo. Eu teria dificuldade em escolher Derek Carr antes da nona rodada, e o average draft position na sexta rodada faz dele, infelizmente, um preço muito alto.

Cam Newton, Carolina Panthers – Moderação em relação a Cam Newton é o melhor caminho. Depois de ser o quarterback número um em Fantasy em 2015, ser o dono do maior average draft position entre signal callers em 2016 e terminar em 17° no quesito pontos em 2016, não acredito em Newton nem como um, nem como outro. Cam Newton deve ficar na faixa de um quarterback um (ou seja, entre os doze melhores) semana sim, semana não. Com armas novas no jogo aéreo, é possível que o volume terrestre dele se transforme em aéreo, mas isso depende também da evolução do camisa 1 em um pocket passer. Com seu atual ADP (8.05), prefiro esperar mais algumas rodadas e gastar uma escolha menos valiosa em Philip Rivers ou Andy Dalton.



Philip Rivers, Los Angeles Chargers – O que mata são as interceptações. O camisa 17 liderou a NFL na estatística em 2016, maior marca da sua carreira. Ainda assim, não é desprezível o volume que ele traz na bagagem: 578 passes tentados. Ele será um sólido quarterback para Fantasy semana sim, semana também, e se torna especialmente atraente com um average draft position para lá da décima rodada.

Andy Dalton, Cincinnati Bengals – O grande atrativo de Andy Dalton é justamente seu ADP. Selecionar um quarterback que já se mostrou produtivo em 2015, e com armas novas (e saudáveis) em A.J. Green, Tyler Eifert, John Ross, Tyler Boyd e Joe Mixon, ficaria bem satisfeito em gastar uma escolha de décima-segunda (!!!) rodada no camisa 14 de Cincinnati.

Tier 6

Marcus Mariota, Tennessee Titans – Confesso estar mais baixo que alguns no camisa 8. A eficiência na red zone impressiona, mas o time é ainda demasiado comprometido com o jogo terrestre para que Marcus Mariota tenha o mesmo volume que quarterback de tiers superiores. Lembremos que ano passado o Tennessee Titans amassou muitas defesas abaixo da média – sem contar que o preço ser uma escolha de oitava rodada

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Ben Roethlisberger, Pittsburgh Steelers – Festival de red flags para o camisa 7 de Pittsburgh. Produção péssima jogando fora de casa, lesões atrás de lesões – você viu a foto de Ben Roethlisberger no training camp [note] This Photo of Big Ben Leaving Steelers Camp Isn’t Encouraging. ROGUST, Scott. 12 Up. Acesso em 16/08/2017 – http://www.12up.com/posts/5402226-this-photo-of-big-ben-leaving-steelers-camp-isn-t-encouraging [/note]? Nem setembro e o quarterback já desfila a preocupação com lesões. Eu entendo, ele é um baita signal caller, um dos melhores da NFL na minha opinião. Só que bom para seu time na vida real não necessariamente se traduz para o Fantasy Football, e se tiver que pagar o preço de nona rodada que estão pagando, prefiro um quarterback que consiga ficar em campo os 16 jogos da temporada regular, o que Roethlisberger fez apenas três vezes em treze temporadas.

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