Guia Fantasy 2017: As 6 prateleiras de running backs para seu Draft

Quem espera sempre alcança – e cá estamos mais uma vez com os tão aguardados rankings para o seu draft de Fantasy Football, que está logo ali, dobrando a esquina. E dessa vez, não farei listas. De forma alguma elencaremos do número um ao número vinte, como fizemos tantas vezes no passado. Iremos utilizar uma forma diferente, mas que facilita não só a categorização dos talentos disponíveis como ajuda você a tomar decisões na hora de selecionar jogadores.

Elencaremos os jogadores por tiers – que, em tradução livre, pode ser patamar, prateleiras, níveis. Ao invés de elencarmos um por um, agruparemos os jogadores em níveis diferentes. Assim, os jogadores no tier 1 são os de elite naquela função; o tier 2 será o segundo escalão, e assim por diante.

Por que isso é importante? Pois bem: ao invés de você focar em um jogador, você tem um leque de opções relativamente próximos em termos de talento para o seu time de Fantasy. Se um running back do seu Tier 2 for selecionado, você ainda tem outra opções. Além disso, é uma forma fácil de identificar valor nas escolhas. Por exemplo, você precisa de um running back. Os disponíveis são todos do seu Tier 5. Enquanto isso, tem um wide receiver Tier 3 disponível no board – você consegue capitalizar em cima de uma escolha que poderia ter sido gasta num running back menos valioso. Como sempre falamos: valor é a lei.

Sem mais delongas, vamos aos melhores running backs para a temporada que se aproxima! Para todos os efeitos, a pontuação tratada aqui é standard. Lembrando aos fanáticos que darei uma aula sobre Fantasy Football no Curso de Futebol Americano do ProFootball – aqui mais detalhes.

Tier 1

David Johnson, Arizona Cardinals – Ao meu ver, a escolha certa se você for o dono do primeiro pick geral.  Em 2016, apenas um pequeno problema físico separou o running back de ter 100 jardas a partir da linha de scrimmage em todos os jogos da temporada. Com a expectativa de 30 toques por partida[note]Arians: 30 touches isn’t too much for David Johnson, because ‘we’ll take care of him’. WAGNER-McGOUGH, Sean. CBS.com. Acesso 07/08/2017 – https://www.cbssports.com/nfl/news/arians-30-touches-isnt-too-much-for-david-johnson-because-well-take-care-of-him/ [/note], David Johnson é uma ameaça no jogo terrestr e no jogo aéreo – lembramos que Johnson terminou o ano como vigésimo nesta estatística na NFL[note] 2016 Season Receiving Stats. Acesso em 07/08/2017 – http://www.espn.com/nfl/statistics/player/_/stat/receiving/sort/receptions [/note], sendo uma peça perfeita tanto para standard quanto em PPR (points per reception).

Le’Veon Bell, Pittsburgh Steelers – Discutivelmente o melhor running back em atividade na NFL, Le’Veon Bell tem as mesmas qualidades de David Johnson no Fantasy Football: eficiência terrestre e aérea – e corre atrás de uma linha ofensiva mais qualificada. Ainda assim, há alguns problemas a serem considerados para o brilhante camisa 26 em Pittsburgh. Há ainda dúvidas sobre o futuro contratual do running back[note]Le’Veon Bell didn’t report for Steelers training camp. STITES, Adam. SB Nation. Acesso em 07/08/2017 – https://www.sbnation.com/2017/7/27/16035696/leveon-bell-pittsburgh-steelers-holdout-training-camp-contract [/note], e isso pode afetar, ainda que de forma marginal, a utilização do running back. O histórico de lesões e suspensões ainda existe, mas não há dúvidas: se jogar os 16 jogos, Le’Veon Bell será um dos três melhores running backs no Fantasy, seja em standard ou PPR.

Tier 2

LeSean McCoy, Buffalo Bills – Não podemos jamais subestimar LeSean McCoy. Mesmo com Mike Gillislee roubando alguns touchdowns no ano passado, McCoy segue sendo um dos mais dinâmicos running backs da NFL – foram 11 corridas para mais de 20 jardas [note]  2016 Rushing Stats. Acesso em 07/08/2017 – http://www.espn.com/nfl/statistics/player/_/stat/rushing/sort/rushingTouchdowns [/note], segundo melhor da liga, atrás apenas de Ezekiel Elliott, sete anos mais novo. Sem Gillislee no elenco e com a adição de Patrick DiMarco, um fullback extremamente competente nos bloqueios terrestres, McCoy seguirá sendo o corpo e alma do ataque do Buffalo Bills e um baita valor no Fantasy Football.

Tier 3

Jay Ajayi, Miami Dolphins – A primeira temporada como titular é promissora para Jay Ajayi.  Adam Gase já sugeriu que o running back pode ter 350 carregadas na temporada [note] Fantasy alert: Dolphins‘ Jay Ajayi could get bigger workload in 2017. WALKER, James. ESPN.com. Acesso em 24/07/2017 – http://www.espn.com/blog/miami-dolphins/post/_/id/25339/fantasy-alert-dolphins-jay-ajayi-could-get-bigger-workload-in-2017 [/note]. Sem Ryan Tannehill, Ajayi deve ser mais ainda o ponto focal deste ataque. O volume estará lá, e se a linha ofensiva permanecer saudável – em especial o center Mike Pouncey, Ajayi deve ser um running back #1 para sua equipe.

DeMarco MurrayTennessee Titans – Murray retornou em grande estilo após a fracassada passagem pelo Philadelphia Eagles – o rodízio de running backs tendo Murray à disposição segue como uma das mais bizarras coisas que Chip Kelly fez na NFL. Com participação no jogo terrestre e aéreo, Murray foi resguardado por uma das melhores linhas ofensivas em 2016 (ao meu ver, a melhor), e correu para 1.287 jardas, terceira melhor marca da NFL [note]  2016 Rushing Stats. Acesso em 07/08/2017 – http://www.espn.com/nfl/statistics/player/_/stat/rushing/sort/rushingTouchdowns [/note]. Em 2017, Murray deve dominar ainda os toques na bola, embora possamos ver uma fatia da produção que era ele indo para Derrick Henry.


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Devonta Freeman, Atlanta Falcons – Devonta Freeman provou que sua temporada em 2015 não foi acaso. O falcon terminou 2016 como nono em jardas terrestres e sexto em touchdowns (11), correndo em um ataque para lá de potente. Para 2017, pairam algumas dúvidas: qual o tamanho do envolvimento de Tevin Coleman neste ataque? O quanto a saída de Kyle Shanahan influenciará nas chamadas ofensivas da equipe? Honestamente, acredito que Devonta Freeman terá volume e oportunidade para se tornar um dos 12 melhores running backs na temporada, mas talvez não seja a melhor decisão gastar seu píck de primeira rodada no camisa 24.

Melvin Gordon, Los Angeles Chargers – Os touchdowns que ele não anotou em 2015 foram anotados em 2016. Foram dez, sétima melhor marca da liga, aliviando (um pouco) o peso das costas de Philip Rivers. Com um novo head coach conhecido pelo seu trabalho como técnico de running backs, Melvin Gordon tem tudo para ter uma temporada brilhante. Se ele estiver disponível na segunda rodada, é quase uma escolha automática, a meu ver – ainda mais com a promessa de envolvimento maior no jogo aéreo, aumentando o valor também em ligas PPR  [note] How Woodhead’s departure impacts Chargers RB Melvin Gordon in 2017. REEVE JR., Will. Chargers Wire, USA Today. Acesso 07/08/2017 – http://chargerswire.usatoday.com/2017/07/20/how-woodheads-departure-impacts-chargers-rb-melvin-gordon-in-2017/ [/note].

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Jordan Howard, Chicago Bears  – Um baita entrosamento com sua linha ofensiva – sendo esta uma das melhores da liga no que tange ao seu interior (center e guards) e uma visão acima da média fizeram com que Jordan Howard tomasse o backfield do Chicago Bears de assalto – ele terminou o ano com 1.313 jardas, segunda melhor marca da NFL. Ele não é o jogador de big plays, mas um running back que terá volume alto, por ser o ponto focal de um jogo aéreo em construção. Considerando a boa linha ofensiva, o comprometimento de John Fox com o jogo terrestre e a incerteza na posição de quarterback, Jordan Howard terá uma produção-base alta, sendo uma ótima escolha de segunda rodada.

Tier 4

Todd Gurley, Los Angeles Rams – hype do draft de 2016 caiu por terra atrás de um ataque péssimo e uma linha ofensiva pior ainda. A explosão de 2015 não conseguiu mais de duas corridas para mais de vinte jardas, com uma média baixíssima de 3.2 jardas por tentativa. Pois bem, para o Fantasy Football, sabemos duas coisas: ele terá o volume e terá o talento. Estou disposto a selecioná-lo no final da segunda rodada ou terceira, com um baita teto de produção, já que sabemos do que o camisa 30 é capaz. A má notícia é que, no pouquíssimo que jogou na Semana 1 da pré-temporada, a linha ofensiva segue não ajudando.

Leonard Fournette, Jacksonville Jaguars – Um alívio para o (péssimo) Blake Bortles. Selecionado com uma escolha entre as cinco primeiras, Leonard Fournette chega com respaldo de ser um dos melhores prospectos da posição na última década e chega para ser o homem de carga do Jacksonville Jaguars. O grande valor de Fournette é o seu volume – ao que tudo indica, ele deve ser o corpo e alma deste ataque em 2017. O novo (e enorme) contrato com o center Brandon Linder [note]Brandon Linder, Jaguars Reportedly Agree to 5-Year, $51.7M Contract Extension. NATHAN, Alec. Bleacher Report. Acesso em 07/08/2017. http://bleacherreport.com/articles/2723734-brandon-linder-jaguars-reportedly-agree-to-5-year-517m-contract-extension [/note], um ótimo run blocker, é um sinal de que a equipe quer transformar sua identidade ofensiva, e Fournette é a cara dessa nova fase. Claro, há pontos negativos: o ataque aéreo, se Bortles não melhorar, ainda é fraco, e ficaria fácil montar fronts de oito homens para parar o jogo terrestre, e; T.J. Yeldon pode tomar espaço nas situações de passe, uma das fraquezas de Fournette vindo do college.

Lamar Miller, Houston Texans – Muito volume, baixa produtividade. Esse é o resumo de 2016 para Lamar Miller, que entrou como um running back número um para a temporada passada e acabou como décimo-oitavo running back, fora do escopo dos doze melhores. A falta de eficiência na red zone do Houston Texans machucou bastante o potencial de pontuação de Miller; foi a segunda pior na NFL no quesito touchdowns [note] NFL Team Efficiency in Red Zone (Touchdowns Only). Team Rankings. Acesso em 07/08/2017. https://www.teamrankings.com/nfl/stat/red-zone-scoring-pct [/note]. Para 2017, a expectativa é de uma melhora ofensiva (tem como ser pior?), e com isso Lamar Miller tem potencial de ser um sólido running back dois para sua equipe, com um teto de produção elevado – o average draft position do jogador tem sido na quarta rodada, e eu o selecionaria nessa rodada sem pensar duas vezes.

Tier 5

Ezekiel Elliott, Dallas Cowboys – Ezekiel Elliott fecharia o trio dos três melhores running backs no Tier 1. Todavia, com a suspensão de seis jogos, o valor de Ezekiel Elliott cai drasticamente. Perder seis jogos significa praticamente a metade da temporada regular do Fantasy Football se sua liga jogar 13 semanas. Selecioná-lo na primeira, segunda, e até terceira rodada acaba sendo um risco gigantesco. Caso a apelação do jogador seja acolhida – ainda que parcialmente – e a suspensão caia para três ou quatro jogos, o selecionaria apenas no final da segunda, começo da terceira rodada, tal como Le’Veon Bell em 2016. Se a suspensão for de um jogo ou dois jogos, fico com ele na segunda rodada; se a suspensão for removida, o que é extremamente improvável, ele volta ao Tier 1 pelos seguintes motivos:  Elliott tem o pacote completo para os fãs de Fantasy: oportunidade, talento, volume e linha ofensiva. Com a missão de ficar mais envolvido no jogo aéreo [note]Ezekiel Elliott hoping to be bigger part of Cowboys passing game; where he must improve as a runner. MACHOTA, Jon. Sports Day Dallas News. Acesso em 07/08/2017 – https://sportsday.dallasnews.com/dallas-cowboys/cowboys/2017/05/09/ezekiel-elliott-hoping-bigger-part-passing-game-looking-improve-area-runner [/note], Elliott se torna uma opção mais viável também em PPR. A linha ofensiva de Dallas deve permanecer como uma das mais fortes da liga.

Isaiah Crowell, Cleveland Browns – Com os reforços de linha ofensiva do Cleveland Browns, o ano de Isaiah Crowell é ainda mais promissor. Ano passado o jogador teve uma grande participação tanto no jogo aéreo quanto terrestre – foram 40 recepções -, e com um jogo aéreo ainda pouco desenvolvido, Crowell se torna automaticamente o ponto focal deste ataque. Como escolha de meio do draft, você pode ter opções para lá de piores do que o jovem – aos 24 anos, vai para sua quarta temporada profissional.

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Mike Gillislee, New England Patriots – Confesso estar mais receoso com Mike Gillislee do que a maioria. O pesadelo dos donos de fantasy com running backs de Bill Belichick existe, e se olharmos todas as armas ofensivas dos pentacampeões do Super Bowl, o volume de Gillislee pode ser prejudicado. Ainda sim, o talento está lá – ele liderou a liga em eficiência, com 5.7 jardas por tentativa -, e a esperança reside na ideia de que o ex-Buffalo Bill herdará o papel de LeGarrette Blount, utilizando o running back em situações de goal line e para queimar o cronômetro – lembramos que Blount foi uma máquina de touchdowns no ano passado, embora não tenha tido tanta produção ao longo do campo. O average draft position na quinta rodada pode ser um pouco alto, mas se ele de fato herdar a função de Blount, ele se torna um baita achado.

Marshawn Lynch, Oakland Raiders – Não posso esperar, honestamente, que ele seja o bom e velho Marshawn Lynch, especialmente depois de uma temporada lidando com lesões e outra “de férias”. Aos 31 anos, quão eficiente Lynch será? Elencadas estas questões, vejo o camisa 24 com um jogador de rotação e situacional – ele deve ser utilizado em situações de goal line. Correndo atrás de uma baita linha ofensiva, Marshawn Lynch deve ter um alto número de touchdowns, mas sua pontuação será dependente desses touchdownsNão é animados gastar escolhas altas no running back, mas se ele se mantiver saudável, pode ser um baita hit para sua equipe.

Tier 6

Terrance West, Baltimore Ravens – Oportunidade, oportunidade e oportunidade. Esse é o mantra que coloca Terrance West em tão alta estima, justamente após as lesões de Kenneth Dixon e Joe Flacco. West é um titular sendo selecionado, em média, na sétima rodada [note] Fantasy Football ADP 2017. Acesso em 07/08/2017 – https://fantasyfootballcalculator.com/adp?format=standard&year=2017&teams=12&view=graph&pos=all [/note], e esse valor pode ser bastante tentador. Na sétima rodada, já há muito menos running backs titulares, e West pode ser um bom nome com alta produção-base.


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Spencer Ware, Kansas City Chiefs – Herdeiro de Jamaal Charles nesse backfield, Spencer Ware salvou muitos times de Fantasy em 2016. Com o compromisso de Andy Reid com um sistema de passes curtos, screens e comprometimento com o jogo terrestre, Ware é um nome com alta produção-base, e os três touchdowns do ano passado devem aumentar. É interessante ficar atento à versatilidade de Tyreek Hill neste ataque – que pode tomar marginalmente volume de Ware – e a chegada do calouro running back Kareem Hunt é uma ameaça em potencial para a titularidade de Ware.

Dalvin Cook, Minnesota Vikings – Outro dos grandes calouros na posição de running back, Dalvin Cook sobe além de seus companheiros de classe Christian McCaffrey e Joe Mixon pela sua ascensão nos training camps. Ele foi colocado à frente de Latavius Murray no primeiro depth chart dos Vikings [note] Rookie RB Dalvin Cook listed as starter on Vikings first depth chart. TOMASSON, Chris. Twin Cities. Acesso em 07/08/2017 – http://www.twincities.com/2017/08/07/rookie-rb-dalvin-cook-listed-as-starter-on-vikings-first-depth-chart/?utm_campaign=Echobox&utm_medium=Social&utm_source=Facebook#link_time=1502118762 [/note], e tem talento e explosão para tomar de assalto esse backfield. O problema é que Murray tem respaldo do front office por ter sido contratado após a saída de Adrian Peterson, e a linha ofensiva não é lá um primor, para ser gentil .

C.J. Anderson, Denver Broncos – Anderson é o carro chefe do jogo terrestre do Denver Broncos. Vimos o quanto a equipe sofreu para conseguir jardas terrestres quando o jogador se lesionou – Devontae  Booker não conseguiu segurar  o tranco correndo atrás de uma frágil linha ofensiva. Com Booker machucado, Anderson terá o volume e a oportunidade para ser um jogador de produção-base alta.  Importante ficar de olho em Jamaal Charles , que pode roubar alguns toques na bola de Anderson (ou mesmo ser cortado antes da temporada, vai saber).

Carlos Hyde, San Francisco 49ers – Risco é o que você corre se selecionar Carlos Hyde. O histórico de lesões é um baita problema – e a chegada de Joe Williams, com anuência de Kyle Shanahan, demonstra a incerteza dentro da própria equipe. Hyde é eficiente evitando tackles, e foi a estrela solitário do ataque de San Francisco 49ers. Embora isso seja ótimo no campo de futebol americano, no Fantasy Football o histórico de lesões tem um peso gigantesco. Quem selecionar o running back, traz consigo um senhor histórico de lesões.

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“RODAPE"

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