Qual a graça de jogar Fantasy Football?

Este é o segundo da série de textos sobre fantasy mais completa já feita em nosso site. O objetivo é fazer manjar tudo de fantasy, e garantir que você mandará muito bem na temporada – e ainda poderá zoar todos os amigos. 

Já sabemos, pelo menos basicamente, como funciona a lógica por trás do Fantasy Football. Quais são os principais formatos, como selecionar os jogadores no Draft, como trazer free agents no meio da temporada para reforçar sua equipe… agora, qual a graça de tudo isso? O que motiva alguém a se dedicar a um time de futebol americano virtual?

Cada um tem um aspecto da experiência que lhe é mais satisfatório. A sensação de ver um jogador escolhido no final do Draft ou selecionado no waiver estourar faz o jogador de Fantasy se sentir um verdadeiro gênio do futebol americano. Há quem goste de elaborar trocas complexas com outros membros, cedendo três jogadores por outros três, enquanto o recipiente da troca começa a estipular os valores relativos dos seis jogadores envolvidos e vendo se o colega não está tentando lhe passar a perna. Durante a temporada do Fantasy, uma série de pequenas experiências se misturam num resultado extremamente divertido. Posto isso, vamos ao que faz do Fantasy Football algo a se fazer com seus amigos todo ano.

Você passa a assistir jogos que de outra maneira não assistiria – e aprende muito com isso

Este deve ser o fator no qual o Fantasy Football mais auxilia no crescimento de um fã da NFL – especialmente o fã casual, que assiste apenas os jogos do time que torce. No momento em que você tem uma equipe de Fantasy em determinada liga, você dispõe de um elenco de pelo menos 15 jogadores de equipes diversas – a não ser que você seja um colega meu de faculdade que selecionou apenas jogadores do San Francisco 49ers num draft; desnecessário dizer que seu time fracassou devido ao erro estratégico básico de colocar todos os seus ovos numa única cesta. Quando você dispõe de vários jogadores em diversas equipes, a sua curiosidade em acompanhar o desempenho de cada um deles – titulares para saber se vencerá naquela semana, reservas para saber se vale a pena trocá-los ou mantê-los – você acaba assistindo jogos de outras equipes e entende como elas operam dentro de campo.

Você aprende as tendências das equipes nas quais seus jogadores jogam. De forma inconsciente, você aprender as preferências ofensivas de determinado ataque, quais são os match-ups ideais contra determinadas defesas. Em pouco tempo, você saberá as tendências ofensivas do Cleveland Browns, o volume do jogo aéreo que vai para o tight end, entre outros números relativos ao desempenho da equipe durante toda a temporada que você achou que nunca aprenderia.

Em breve, um torcedor do Indianapolis Colts que assistiria apenas Andrew Luck e seus companheiros de equipe, estará assistindo Los Angeles Chargers e Green Bay Packers, revoltado em ver que Davante Adams deixou quatro passes caírem no chão e questionando porque Philip Rivers não dá mais a bola para Melvin Gordon correr contra uma equipe que cedeu tantas jardas terrestres na temporada. A curiosidade sobre os jogadores da própria equipe – e dos adversários – traz interesse para outras partidas e amplia, ainda que de forma passiva, o conhecimento sobre o jogo e os jogadores da NFL.

Publicidade




Realizar trocas e selecionar free agents que explodem

Uma das melhores sensações do Fantasy Football é escolher aquele jogador que está criando raízes no waiver para sua equipe e vê-lo despontar como uma opção sólida no seu time. Conforme será mencionado diversas vezes durante a temporada, a oportunidade muitas vezes transforma um running back reserva em um titular em potencial. Lesões acontecem com muita frequência durante a temporada regular da NFL, e selecionar substitutos para aquele Le’Veon Bell que vai ficar fora o resto da temporada é fundamental.

Quer detonar na sua liga de fantasy neste ano? Sócio do ProFootball tem benefícios exclusivos e uma hotline para escalar seu time. Confira mais aqui.

Mais importante ainda é saber antecipar as tendências: muitas vezes um jogador se torna o alvo número um dos free agents pela lesão do titular. Entretanto, se você observar que esse jogador lesionado já vinha recebido menos volume de jogo, que o substituto já começou a tomar parte da carga, você pode, uma semana antes de todo mundo, selecioná-lo sem a corrida do waiver wire – e isso é muito satisfatório. Por exemplo, eu sempre menciono meu maior acerto como jogador de Fantasy: em 2014, antes de sequer estrear pelo New York Giants, eu peguei Odell Beckham Jr. do waiver e o deixei no banco. Isso se deu depois de muitas leituras sobre o potencial do jogador dentro daquele ataque, do seu talento vindo da faculdade – após muita informação sobre o possível impacto do jogador. Desnecessário dizer que o camisa 13 despontou como um dos melhores wide receivers da temporada e virou uma das commodities mais quentes do Fantasy naquela e na temporada seguinte. Informação faz a diferença, e é saber o que acontece que te coloca à frente dos seus colegas de liga.

Encontrar uma dessas pérolas é uma das coisas mais divertidas em jogar Fantasy Football. Claro que apostar alto num jogador e vê-lo cair por terra é extremamente frustrante, mas é da natureza do jogo – seja o virtual, seja o esporte em si. Em 2015, muito entraram na hype do running back Christine Michael, que estava em Dallas Cowboys, pronto para correr atrás de uma portentosa linha ofensiva. Se você está se questionando quem é esse jogador, é desnecessário falar que ele não decolou e muitos waivers foram desperdiçados no jogador – e partidas perdidas para aqueles que tiveram coragem para escalá-lo.

Vitórias emocionantes – e a zoação dos amigos

Monday Night Football, você está perdendo por 17 pontos e conta só com o wide receiver número três de uma das equipes que jogarão na noite de segunda-feira. Ainda que não acredite muito na vitória, você assiste os três primeiros quartos e vê que seu jogador anotou apenas 4 pontos. Sem esperança, você vai dormir. No dia seguinte, você acorda com uma vitória no bolso e descobre que seu wide receiver anotou um touchdown de 80 jardas, te deu mais 14 pontos no Fantasy e a vitória contra seu amigo de liga no apagar das luzes do último quarto.

Publicidade




Esse tipo de partida acontece muitas e muitas vezes no Fantasy Football. Já perdi a conta da quantidade de duelos que eu vi uma liderança confortável ser dizimada por perfomances surreais de alguns jogadores. Perder quando um jogador resolver receber para 220 jardas e dois touchdowns é frustrante, mas vencer é incrível. E tirar aquela onda com seu amigo é mais incrível ainda.

Veja aqui o índice completo da “Semana Fantasy”, com o guia para você bombar no Cartola FC de NFL. 

“Se não fosse o A.J. Green eu teria ganho” é uma das frases mais gostosas de se ouvir depois de derrotar seu colega de liga. A sensação de que sua equipe, montada com todo o carinho, bateu a equipe do seu adversário é muito boa. Vencer os playoffs e conquistar o troféu da sua liga é mais divertido ainda – você ganha o direito de zoar todo mundo até o começo da temporada seguinte.

Fantasy Football envolve uma série de pequenas experiências que, combinadas, se transformam numa enorme diversão. Todos os aspectos da liga – assistir os jogos, observar como estão indo os seus jogadores (e os do adversário), escolher jogadores no waiver, propor trocas e conquistar aquela vitória num milagre fazem da experiência de comandar sua equipe virtual uma essencial para todos aqueles que amam a NFL e o futebol americano.

Dúvidas sobre o seu Fantasy? Me procure no Twitter: @MiceliFF, ou venha fazer parte dos nossos planos de assinatura para ter uma hotline para todas as suas dúvidas relacionadas a Fantasy Football!

Quer uma oportunidade para assinar nosso site? Aproveita, R$ 9,90/mês no plano mensal, cancele quando quiser! Clique aqui para assinar!
“odds