5 times que resolveram buracos no elenco na free agency

Construir um elenco inteiro por meio da free agency não costuma dar certo, mas ela é um elemento importante para as equipes que têm necessidades a sanar para competir pelo título e não podem esperar pelo Draft

No início da semana, falamos sobre como alguns times ainda possuem buracos no elenco que terão de ser sanados por meio do Draft. Assim como você não consegue construir um elenco inteiramente por meio do mercado, também é muito difícil montar um time vencedor apenas por meio do recrutamento – o equilíbrio é a chave para o sucesso, como vimos em vários exemplos recentes como o Tampa Bay Buccaneers ou o Philadelphia Eagles.

O texto de hoje é o contrário: falaremos de times que resolveram necessidades gritantes da sua equipe por meio de contratações no mercado e, portanto, podem se preocupar com outras posições no Draft. Confira:

New England Patriots, tight end: Nada na free agency fez tanto barulho quanto o investimento do New England Patriots nos primeiros dias – e também pudera, Bill Belichick abriu a carteira depois da primeira temporada com campanha negativa desde 2000. Sabemos o quanto o treinador da equipe gosta de formações com dois tight ends e, no ano passado, a produção dos jogadores da posição foi praticamente nula (254 jardas somando Ryan Izzo, Devin Asiasi e Dalton Keene), mesmo utilizando duas escolhas de terceira rodada em Asiasi e Keene. Com efeito, os Patriots assinaram contratos de mais de 10 milhões de dólares anuais com os dois jogadores esperando que eles possam ajudar a elevar o nível do ataque aéreo – não que Cam Newton tenha sido individualmente brilhante em 2020, porém, é certo que a falta de alvos de qualidade ajudou no desempenho ruim.

Las Vegas Raiders, linha defensiva: A defesa de Las Vegas sackou os quarterbacks adversários apenas 21 vezes em 2020, a quarta pior marca da liga. O time fez investimentos interessantes pra reconstruir a linha defensiva, indo atrás de Yannick Ngakoue para parear com Clelin Ferrell, 4ª escolha geral do Draft de 2019 que ainda não justificou tamanho investimento. No interior, a contratação de Solomon Thomas chama a atenção de forma positiva, já que ele teve bons momentos em San Francisco jogando no lado de dentro da linha e a mudança de cenário pode lhe fazer bem. Ainda, a chegada de Quinton Jefferson adiciona um jogador de qualidade para dar profundidade ao grupo. Com mais talento, ao menos os Raiders farão um trabalho melhor apressando o passe em 2021.

New York Giants, wide receiver: Não é como se os Giants tivessem uma necessidade gritante na posição como o rival Philadelphia Eagles, só que o time também precisava de um alvo mais consistente pra assumir a condição de recebedor número um – Darius Slayton, o principal alvo de Daniel Jones em 2020, acumulou somente 751 jardas ao longo da temporada. Kenny Golladay chega para liderar um grupo que conta com Slayton e Sterling Shephard, além de Saquon Barkley e Evan Engram como boas opções recebendo passes. Adicionando um elemento versátil e bastante útil no jogo vertical, o que combina com as qualidades de Daniel Jones, tudo indica que, caso se mantenha saudável, ele estará no topo das estatísticas de wide receivers na próxima temporada – como já dissemos, com a chegada de Golladay, não há mais desculpas para Jones.

Denver Broncos, cornerback: A troca por A. J. Bouye claramente não teve o efeito esperado e ele foi dispensado ainda em fevereiro, e Vic Fangio é daqueles mestres defensivos que querem ter todos os cornerbacks possíveis à sua disposição. A chegada de Ronald Darby, que vem de um bom ano em Washington, e a contratação do bom Kyle Fuller após sua surpreendente dispensa do Chicago Bears, fazem com que Denver tenha um excelente combo para marcar os wide receivers adversários. Numa divisão que conta com Patrick Mahomes e Justin Herbert como quarterbacks, isso é essencial.

Cleveland Browns, secundária: Os Browns foram o 8º time que mais cederam touchdowns pelo ar (31) em 2020 – dos que se classificaram para os playoffs, apenas o Tennessee Titans superou essa marca. A secundária da equipe foi reconstruída com as boas chegadas de John Johnson e Troy Hill, ambos provindos do Los Angeles Rams, que teve a melhor defesa da NFL na última temporada. A defesa contra o passe, o grande problema de Cleveland, foi repaginada de forma inteligente e tudo indica que deixará de ser o calcanhar de aquiles da organização.

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