Como a prática do futebol americano movimenta a economia do Rio Grande do Sul

Um lado nada conhecido do futebol americano jogado no Brasil será apresentado. A ideia é mostrar o quanto os times movimentam as suas economias locais. Sim, o esporte, por mais amador (isto é, os jogadores não recebem para jogar, daí ser amador) que seja, movimenta uma microeconomia, mas que faz a roda financeira girar para alguns setores. A amostra é pequena e envolve apenas equipes do Rio Grande do Sul, já que outras diretorias contatadas não enviaram seus números até o fechamento desta reportagem.

É de conhecimento de todos que praticar, organizar e realizar jogos de futebol americano no país é caro. Mas o quão caro é isso? De que valores estamos falando? Neste aprofundamento que o Pro Football quer entrar. O importante aqui não é mostrar o cenário oneroso que ocorre nos times, mas sim, o quão benéfico é para a comunidade local a presença de equipes de futebol americano para movimentar a economia de suas cidades.

O processo de fatores adquiridos pelas equipes para transformar o gramado do futebol americano e oferecer um produto de lazer para o público final (fãs) é a meta a ser mostrada. A análise microeconômica no futebol americano pode servir de base para diretorias melhorarem suas decisões dentro das organizações, além de otimizar tomadas de negócios, com minimização de despesas (logística) e maximização de lucro (venda de ingressos).

No final, o leitor tirará suas próprias conclusões: vale ou não vale a pena jogar tanto assim?

Bento Gonçalves Snakes, Ijuí Drones e Santa Maria Soldiers foram os times que enviaram seus gastos durante a temporada 2016. Cada uma delas jogou 13, 11 e 17 partidas este ano, respectivamente. Por sinal, os Soldiers foram os que mais jogaram no Brasil inteiro, com dois jogos a mais que o atual campeão do campeonato catarinense e Superliga Nacional, o Timbó Rex.

Confira abaixo os gastos de cada um durante 2016

Para se ter uma ideia do que Drones, Snakes e Soldiers injetaram nas cidades de Bento Gonçalves, Ijuí e Santa Maria foi a quantidade de R$ 190.269 nas empresas. As companhias de transporte e turismo foram as que mais lucraram. Ao todo, R$ 79.365 foi gasto com viagens nesta amostra – ou quase 42% entre todas as despesas. Os outros R$ 110.904 estão divididos entre aluguel dos estádios, setores de comunicação e entretenimento, saúde (ambulâncias), construção (pintura de campo e material para os goal posts), confecção de uniformes (têxtil), varejo (água/gelo/frutas).

É muito pouco para as economias das cidades? Sim, é. Mas imagina se elas não existissem. Ainda mais num momento de crise vivido pelos brasileiros nos últimos anos. Agora, potencialize este valor para os demais oito clubes gaúchos que atuaram nesta temporada. Podemos falar em cerca de R$ 500 mil movimentados pelas equipes do Rio Grande do Sul.

Futebol americano é caro. Na minha opinião: é sim. Movimenta a economia? Sim, ainda mais quando falamos de cidades do interior. Dá dinheiro? Ainda não, mas não estamos longe disto. O futuro é promissor.

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