FABR: Em 2019, Durval Neto pode ser o primeiro brasileiro “não-kicker” a jogar na NFL

[dropcap size=big]N[/dropcap]ão é segredo para ninguém que a NFL pretende, cada vez mais, ampliar seus mercados internacionais. Embora de longe seja a liga mais assistida dos Estados Unidos, a NFL toma pancada no Caribe e América Latina para a MLB e, no restante do mundo, a NBA é infinitamente mais popular.

Assim, natural que a liga busque estrelas de mercados emergentes para que estes sejam representados e, por tabela, aumente o interesse dessas nações no futebol americano. Foi assim com Yao Ming na China com a NBA, por exemplo. Pensando nisso, a liga estabeleceu um programa que facilita a entrada de estrangeiros nos elencos. É o NFL International Player Pathway Program, algo que pode ser traduzido como “Programa do Caminho para Jogadores Internacionais”.



Instituído em 2017, o programa busca prover a oportunidade para que atletas de elite em suas regiões tenham sua chance de competir ao nível de NFL, melhorar suas habilidades e, de modo último, ganhar uma vaga num elenco de NFL.

No próximo mês, sete atletas terão a oportunidade de começar seus treinamentos para serem avaliados pelos olheiros da NFL em março de 2019. São eles David Bada (Alemanha), Moubarak Djeri (Alemanha), Valentine Holmes (Austrália), Jakob Johnson (Alemanha), Maximo Sanchez (México), Christian Wade (Reino Unido) e o brasileiro Durval Neto, atleta do Galo FA.

O programa já contou com atletas que foram assinados ao menos como membros do time de treino (practice squad) de equipes da NFL. Os destaques internacionais recentes são Moritz Bohringer, tight end/wide receiver alemão que está no practice squad do Cincinnati Bengals e Jordan Mailata, ex-jogador de rugbi da Austrália que foi draftado em abril pelos Eagles e, por conta disso, não participou do programa até o fim.

A lista de atletas do programa de 2018 não contém nenhum quarterback – como era de se esperar – mas vários atletas de posições importantes. Ainda, vale lembrar, não há nenhum kicker/punter, já que essas posições historicamente já contam com presença internacional na NFL.

Durval já está nos EUA treinando

Durval Neto, o Duzão, teve seu primeiro contato com o futebol americano quando morava na cidade de Tangará da Serra, no time Tangará Taurus. “Não tínhamos nem capacete, nem shoulder pad, nem nada de equipamentos”, falou. Em 2015, ele e o irmão foram convidados para jogar no Cuiabá Arsenal, uma das melhores equipes de futebol americano nacional dos últimos anos. Ainda, Duzão representou a seleção brasileira nos últimos amistosos realizados pelos Onças.

“Com a oportunidade que tive de treinar com jogadores da NFL e do college aqui nos Estados Unidos, consegui entender que não existe super-herói. Eles são, sim, geneticamente presenteados, mas eles vem desde o high school (ensino médio) com um nível de treinamento monstro”, falou. “Não temos essa estrutura no Brasil e nem na Europa e é isso que o NFL Undiscovered quer fazer”, contou Duzão.

No vídeo (acima) disponibilizado pela @NFLBrasil no Twitter, Duzão fala também sobre a importância do programa ser um “supletivo” de técnica para jogadores estrangeiros. Afinal, os melhores e mais experientes técnicos do mundo estão nos Estados Unidos. “Duzão tem grande habilidade atlética e muita vontade de aprender”, diz o release oficial do programa. Ele comprova isso na entrevista que deu para o perfil oficial da NFL no Brasil, dizendo que estaria disposto a jogar em qualquer posição que seu técnico achasse que ele pudesse ajudar o time.

“Ser um dos melhores do Brasil já não era o suficiente para mim, eu queria algo a mais, sempre entendi que Deus tinha algo a mais para mim”, falou sobre sua motivação de jogar na NFL como sonho. “O tempo de termos um jogador [brasileiro] na NFL que não seja um kicker está chegando”, falou Duzão.



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Um de nossos redatores, Deivis Chiodini, foi técnico no Futebol Americano Nacional e entende bem o potencial de Durval. “É um dos melhores atletas que já vi jogar aqui no Brasil”, contou-me. “Ele é um cara com um entendimento muito superior do jogo para o nível nacional e foi treinado pelo Kenneth Joshen, um dos melhores treinadores que já passaram pelo Brasil”, falou.

Assim, a possibilidade de Duzão, que jogou a final do último BFA (primeiro nível do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano) e foi campeão pelo Galo FA, jogar nos EUA é grande. Esperamos que, a exemplo de Moritz Bohringer e Jordan Mailata, ele seja um dos novos estrangeiros “não kickers” num elenco da NFL de 2019.

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