Veja como foram os 5 Super Bowls entre os #1 de cada Conferência

O Carolina Panthers teve a melhor campanha da Conferência Nacional na temporada regular. O Denver Broncos, a melhor campanha da Conferência Americana. Natural que eles se encontrassem no Super Bowl, certo? Bom, nem sempre. Os playoffs da NFL são bastante equilibrados, de modo que são raras as ocasiões nas quais os melhores times de cada conferência se encontram no Super Bowl.

Somado ao equilíbrio natural da NFL – propiciado, graças ao teto salarial, Draft, cotas iguais de TV e outras coisas mais – temos o fato de que os playoffs são apenas em um jogo (em oposição ao sistema de “série melhor de” na NBA/MLB/NHL), tudo pode acontecer e às vezes o time mais forte na temporada regular tem um dia ruim e hasta la vista.

Ouça nosso podcast: Rádio América #08: Revisão das Finais de Conferência e Aquecimento Super Bowl 50

Para se ter ideia de quão raro é o #1 de cada conferência se enfrentando, isso ocorreu apenas cinco vezes até a temporada passada (considerando, claro, os playoffs no estado atual, com seis times por conferência – algo estabelecido em 1990). O time da Conferência Nacional venceu quatro dos cinco jogos – a única vitória da Conferência Americana veio na linha de duas jardas com interceptação de Malcolm Butler no Super Bowl XLIX, ano passado. Vamos rever brevemente então, como foram essas cinco partidas?

thomas

1991 – Super Bowl XXVI – Washington Redskins 37-24 Buffalo Bills

No que seria a segunda derrota das quatro seguidas que Buffalo sofreu no Super Bowl, podemos destacar dois pontos interessantes. O primeiro é que o estelar running back Thurman Thomas (foto acima) perdeu seu capacete na sideline de Buffalo ao início da partida. Sem seu capacete, ele ficou fora por alguns instantes – que ao final das contas eram cruciais, dado o ritmo que a K-Gun Offense dos Bills precisava estabelecer desde o início do jogo. Do outro lado, o destaque vai para os Hogs – apelido dado à linha ofensiva de Washington. Mesmo com Bruce Smith no pass rush de Buffalo (e, lembrando, Smith é o cara que mais fez sacks na história da NFL), Mark Rypien não teve problemas para conduzir Washington ao terceiro Super Bowl da história da franquia.

1993 – Super Bowl XXVII – Dallas Cowboys 30-13 Buffalo Bills

Novamente os Bills passaram o caminhão na Conferência Americana, sendo o melhor time dela na temporada regular e o melhor nos playoffs… Até o Super Bowl. Chegando lá, em sua quarta ocasião na década de 1990, caíram novamente para um time da NFC East. No caso, mais uma vez para o Dallas Cowboys. De novo o jogo foi um festival de jardas terrestres para o time da Conferência Nacional – desde o Super Bowl XXV aquele parecia ser o segredo para destruir o ataque de Buffalo. Com mais corridas, menos tempo para o adversário e menos posses – consequentemente menos ritmo. Troy Aikman mal passou das 200 jardas aéreas – em compensação, o running back de Dallas, Emmitt Smith, teve 132 jardas terrestres. O forte front seven dos Cowboys acabou limitando o ataque de Buffalo a ficar de uma maneira unidimensional – Kelly deu 50 passes na partida e Thomas chegou a apenas 37 jardas em 16 carregadas.

retorno

2009 – Super Bowl XLIV – New Orleans Saints 31-17 Indianapolis Colts

Numa das três vezes (contando com esta) que um time de Peyton Manning enfrentou o melhor time em temporada regular da conferência oposta, um retorno para a história definiu a partida. Tanto Colts quanto Saints passaram o trator por cima de todos na temporada, soava até um pouco óbvio que aquele, de fato, seria o Super Bowl na temporada 2009. Os Saints terminaram com 13 vitórias na temporada regular e os Colts com 14. A partida em si ficou marcada, além da interceptação de Tracy Porter na campanha derradeira do último quarto, pela coragem do técnico de New Orleans, Sean Payton. Ao invés de dar um kickoff normal, ele fez um onside kick surpresa na volta do intervalo. Como os Saints recuperaram a bola, moralmente falando o momentum ficou com a equipe da Louisiana, que saiu com a vitória.

2013 – Super Bowl XLVIII – Seattle Seahawks 43-8 Denver Broncos

Mais uma vez Peyton Manning e mais uma vez derrota no grande jogo contra o melhor time da Conferência Nacional. O jogo tinha tudo para ser um dos melhores da história, dada a alta octanagem dos Broncos na temporada de 2013 e a força defensiva dos Seahawks. No final das contas, o axioma de que “ataques ganham jogos e defesas ganham campeonatos” se provou verdadeiro mais uma vez. Os Seahawks fizeram de tudo: safety, interceptação… Até retorno de interceptação e de kickoff para touchdown aconteceu. As duas coisas que todo mundo estava esperando – neve no Super Bowl e o ataque dos Broncos marcando mais de dois touchdowns pelo menos – acabaram não aparecendo no MetLife Stadium.

2014 – Super Bowl XLIX – New England Patriots 28-24 Seattle Seahawks

Na única vitória da Conferência Americana em duelos com as duas melhores campanhas da temporada regular, a jogada da partida foi justamente a no final do jogo: na linha de duas jardas, Darrell Bevell – coordenador ofensivo de Seattle – decidiu chamar um passe ao invés de entregar a bola para Marshawn Lynch – discutivelmente o melhor running back da NFL em 2014. Matt Patricia, o coordenador defensivo de New England, estava preparado para isso e colocou vários defensive backs no campo. Um deles era o calouro não-draftado Malcolm Butler, que interceptou o passe de Russell Wilson, dando o quarto título de Super Bowl para Tom Brady e para o New England Patriots.

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