Mais do mesmo: Ataque dos Eagles é repetitivo e carece de criatividade

Muito preso às suas concepções, treinador não consegue fazer ajustes ao longo das partidas e tirar o máximo do seu grupo de jogadores, tornando o ataque de Philadelphia previsível e pouco eficiente

sirianni

O Philadelphia Eagles tem tido uma temporada razoável até agora. Além das vitórias sobre dois oponentes da NFC South (Atlanta Falcons e Carolina Panthers), a equipe conseguiu engrossar os duelos diante de San Francisco 49ers e Kansas City Chiefs, embora no final tenha saído vencida de campo. O único jogo realmente feio foi a derrota por 41 a 21 contra o Dallas Cowboys, mostrando que a franquia de fato está naquele pelotão de times intermediários que não passarão vergonha nem brigarão por Super Bowl.

Enfim, ninguém espera voos muito altos das águias da NFC East, porém talvez desse para brigar por playoffs se o ataque fosse um pouquinho mais consistente e menos engessado. No caso, a culpa não é dos jogadores (incluindo Jalen Hurts), mas sim de Nick Sirianni, o qual parece acorrentado a uma ideia de jogo que ainda não deu o resultado esperado.

Obsessão por RPO tem mais atrapalhado do que ajudado

O conceito de Run-Pass Option não é novidade para os Eagles. A franquia o utiliza desde a época da conquista do Super Bowl, sendo a terceira mais adepta de jogadas desse tipo em 2020 (135), atrás somente de Baltimore Ravens (213) e Arizona Cardinals (176).

A ideia por trás da RPO é simples: o quarterback faz uma leitura rápida da movimentação defensiva após o snap. Em seguida, a depender do que enxergar, pode lançar, entregar a bola ao running back ou ele mesmo correr, criando uma ameaça tripla ao adversário – você pode conferir uma explicação mais detalhada neste texto. Possuir um signal caller móvel ajuda, contudo o mais importante é que ele tenha ritmo, precisão nos passes e inteligência fazendo as leituras.

Atualmente, Philadelphia lidera a NFL em uso de RPO (73) bem à frente do segundo colocado (Ravens, 60). O problema é que essa obsessão pelo conceito não está dando frutos. Ao invés de criar uma ameaça tripla ao oponente, o ataque dos Eagles fica preso em um limbo no qual não corre com a bola e nem lança em profundidade.

Por exemplo, sabe aquelas corridas “normais”, quando o quarterback simplesmente entrega a bola ao running back? Elas quase não existem na Philadelphia. Sirianni chama poucas corridas designadas para Miles Sanders, por isso ele terminou os duelos contra Cowboys e Chiefs com nove tentativas somadas. Mesmo Hurts, um dos signal callers mais atléticos da liga, tem poucas jogadas desenhadas para ele correr.

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