Quis o acaso que tanto Jared Goff quanto Carson Wentz, primeira e segunda escolhas do Draft de 2016, fossem trocados na mesma intertemporada. Nada usual para quarterbacks escolhidos tão cedo: a expectativa era que eles liderassem Los Angeles Rams e Philadelphia Eagles por longos períodos, e não que estivessem em outras franquias apenas cinco anos depois. Goff disputou o Super Bowl LIII e Wentz foi parte vital na conquista do título dos Eagles, apesar de ter perdido os playoffs por lesão.
Goff foi trocado para o Detroit Lions e agora precisa reescrever seu caminho na NFL. Com contrato até 2024, ele deve ter pelo menos até o fim de 2022 para mostrar que tem capacidade para liderar a franquia, já que a partir dali seu contrato permite corte ou troca, tendo apenas 10 milhões de dead money. Ou seja, além de provar seu calibre, Goff ainda terá que correr contra o tempo para manter seu emprego.
Rosto conhecido
A troca por Goff tem um grande responsável: Brad Holmes, novo general manager dos Lions, que trabalhou nos Rams por mais de 15 anos e tinha a importante função de coordenar o departamento de observação e análise dos prospectos para o Draft. Nesse tempo, a escolha mais alta feita pela franquia foi exatamente o quarterback, ou seja: ele chega a Detroit com um cara forte lhe apoiando. Holmes disse em entrevista recente que “nunca viu o quarterback como uma ponte e que ele é um vencedor”.
Os Lions passam por uma reformulação, com Dan Campbell chegando para o lugar de Matt Patricia e a saída de alguns medalhões – Marvin Jones, Kenny Golladay e Justin Coleman etc. A ideia é montar o elenco para os próximos anos e não para já. Como as expectativas são baixas, se Goff conseguir dar um certo padrão para o ataque e fazer partidas de qualidade contra boas defesas, ele terá atingido o objetivo.
Ninguém espera que essa unidade seja explosiva em 2021, mas quando seu quarterback consegue tornar o entorno melhor por sua presença, isso não pode ser ignorado.
