Antes da temporada, o grande objetivo do Arizona Cardinals era encontrar motivos para não demitir Kliff Kingsbury. Até então na corda bamba, o treinador não havia recompensado a aposta feita pela equipe. Cinco semanas adentro e a franquia não só é a última invicta como também é uma das grandes favoritas na NFC.
Amparado em um divertido e criativo ataque, Arizona afastou os temores iniciais e se provou como uma potência. Com Kyler Murray voando, os Cardinals se manterão na luta pela Conferência Nacional. Agora, resta saber o quão longe esse time realmente pode chegar.
Régua do time: o ataque
Por melhor que a defesa de Vance Joseph venha se comportando até aqui, o teto que o time pode alcançar continuará sendo medido pelo desempenho ofensivo. Para além da obviedade que a NFL moderna beneficia ataques aéreos fortes, a realidade é que a unidade de Arizona desequilibra completamente o jogo em um dia inspirado.
Com Murray passando bem a bola – e sendo uma arma especial correndo com ela – a vida das defesas se torna um inferno. Agora some isso ao mesmo tempo que tem de parar DeAndre Hopkins, se preocupar com a polivalência de Rondale Moore e tentar furar uma das melhores linhas ofensivas protegendo para o passe[foot]66% de sucesso. ESPN Pass Block Win Rate[/foot].
Parar um ataque desse quando bem organizado é praticamente impossível. No máximo é possível freá-lo. Quando você menos espera, um touchdown absurdo de Hopkins, como o do último final de semana, ou um passe milagroso de Murray à la Brett Favre vai acontecer. Com um esquema mais equilibrado de Kingsbury, o grupo encontrou a consistência, e agora esse tipo de jogada acontece frequentemente.
Mesmo contra defesas de maior pompa, como a dos rivais Los Angeles Rams e San Francisco 49ers, a fórmula funcionou. Isso é extremamente animador para os grandes desafios do ano. A equipe passou do teste inicial com louvor e torna as prospecções ainda melhores.
Murray tornou-se o playmaker que era esperado; o grupo de wide receivers funciona bem e se complementa; os investimentos na linha ofensiva se pagaram, e até mesmo os running backs conseguem auxiliar – James Conner tem 5 touchdowns no ano e Chase Edmonds se mostra muito versátil. É aqui que reside a esperança de Arizona: se o ritmo continuar, e por enquanto não há motivos para acreditar que vá desacelerar, a equipe fará barulho nos playoffs.





