10 histórias para acompanhar durante a temporada de 2017

A menos de um mês para o início da temporada regular da NFL, diversas notícias importantes pipocam constantemente. Lesões, contratações, boas e más performances, brigas e batalhas pela titularidade trazem um tempero extra para a pré-temporada. Apesar disso, ainda não vimos como os times realmente se portarão em campo – e isso só em setembro mesmo, já que os jogos de pré-temporada não dizem tanta coisa assim.




Ainda que tenha bastante água para rolar até a primeira semana da temporada regular, muitas das histórias que serão contadas de setembro até o Super Bowl já tem um prefácio. Entre elas, demissões de técnicos, contratações, dispensas, calouros, jogadores voltando de lesão e até mesmo franquias mudando de cidade. Trazemos então 10 “perguntas”, ou histórias, que terão seus capítulos escritos ao longo de 2017.

1. Tom Brady e um possível bicampeonato dos Patriots

Ano após ano, o New England Patriots tem aparecido entre os favoritos para chegar (e muitas vezes vencer) o Super Bowl. Na realidade, somente Tom Brady a “briga” contra o tempo e seus 40 anos de idade já seriam dois bons motivos para acompanhar a temporada patriota.

E, sea temporada passada foi sensacional, parece que o time vem ainda mais forte para 2017. Brady ganhou um ótimo alvo com a chegada de Brandin Cooks; além dele, ainda chegaram Kony Ealy e Stephon Gilmore para reforçar a defesa. É quase impossível imaginar o time não vencendo a divisão com folga (ainda mais depois da lesão de Ryan Tannehill), e chegar ao Super Bowl parece bem palpável. Dá até para comparar o favoritismo desse ano com o de 2008, quando o time vinha com a mesma base daquele que ficou invicto na temporada regular anterior.

2. A temporada de Kirk Cousins

Já falamos um tanto sobre a situação de Kirk Cousins, que recebeu a franchise tag em fevereiro e acabou não aceitando um contrato de longa duração com os Redskins. Desse modo, jogará pelo segundo ano consecutivo sob a tag – o que significa um salário alto por apenas um ano.

No que dependesse da franquia, ele estaria recebendo bastante dinheiro em um acordo de vários anos. Como já falamos em outro texto, ele praticamente bateu no peito e apostou em si, acreditando que conseguirá mais uma excelente temporada. Por consequência, estará no mercado ao final da temporada e espera receber muito dinheiro em algum outro lugar.

Se acertou ou não, só o futuro dirá, mas será interessante ver o desempenho do quarterback – ainda mais não contando mais com Pierre Garçon e DeSean Jackson como alvos (ambos, vale lembrar, tiveram mais de 1000 jardas recebidas no ano passado).

3. Será que Jay Cutler salva os Dolphins ou Matt Moore vira titular?

Essa é bem recente e ainda é “notícia quente”. Como já divulgamos, Ryan Tannehill lesionou novamente o joelho e deve perder toda a temporada. Isso fez com que Miami buscasse o ex-Bear e então aposentado Jay Cutler. Muita gente criticou a decisão da franquia, visto que Cutler foi bem mal no último ano e não consegue ficar saudável por 16 jogos desde 2009.




Por outro lado, Matt Moore – o reserva de Tannehill – mostrou nas partidas finais da temporada passada que ele pode sim ser um game manager decente. Ou seja, para muitosm não faria sentido os Dolphins gastarem um dinheiro considerável contratando um quarterback que não promete adicionar muita coisa.

De toda sorte, será bastante interessante ver como as coisas vão se desenrolar dentro de campo – até porque quatro semanas é pouco tempo para um quarterback se adaptar perfeitamente à um sistema. Mesmo o técnico Adam Gase afirmando que Cutler jogará, não se pode descartar a possibilidade de ele perder a posição durante a temporada.

4. A volta de Derek Carr e a caminhada dos Raiders

A temporada de 2016 acabou de maneira extremamente melancólica para o Oakland Raiders. Depois de uma temporada regular excelente, Derek Carr fraturou a fíbula e ficou fora dos Playoffs. Como escrevemos na ocasião, ficou nítido que quarterback foi o pilar da campanha vitoriosa e fez muita falta. Para tranquilizar os torcedores, ainda no início da intertemporada, Carr deu sinais de que a recuperação ia muito bem e estaria totalmente pronto para mais uma temporada vitoriosa.

Alguns meses depois, ele tornou o jogador mais bem pago da história, com um contrato de U$25 milhões por ano. Será interessante acompanhar seu retorno após sofrer uma lesão tão grave, pois espera-se que ele continue mesmo dando motivos para a franquia ter lhe dado tanto dinheiro. Com Carr saudável, os Raiders são candidatos a ir longe na pós-temporada, ainda mais com Marshawn Lynch comandando as carregadas na red zone. E, se depender do quarterback, esse é o presente que Oakland merece antes da mudança para Las Vegas.

5. Marshawn Lynch e Adrian Peterson de casa nova

Se a última offseason teve vários contratos gordos, não dá para dizer o mesmo para os running backs. No início da free agency tivemos um cenário de verdadeiro abandono – alguns dos principais jogadores da posição nos últimos anos não foram contratados. Entre esses nomes, Adrian Peterson, futuro membro do Hall da Fama e um dos mais dominantes corredores das últimas décadas. Os Vikings decidiram não renovar e ele acabou em New Orleans; será no mínimo estranho vê-lo vestindo preto e dourado depois de dez anos com Minnesota.

Com 32 anos, há quem acredite que Peterson não consegue render mais a mesma coisa de algumas temporadas atrás. Além disso, as lesões o tem perseguido ano após ano. Talvez em uma constante rotação – como deve acontecer nos Saints – ele consiga voltar a ser aquele explosivo corredor.

Já Marshawn Lynch se aposentou ao final da temporada de 2015 e parecia que estava decidido sobre isso. Contudo, os Raiders o procuraram e o casamento deu certo – o Beast Mode é nativo da Califórnia, jogou pela Universidade da Califórnia e sempre mostrou carinho pela equipe. Assim, Oakland trouxe um excelente running back e que tem uma enorme identificação da torcida – veremos se ele fará a Califórnia tremer, assim como fez em Seattle.

6. A volta (e a saúde) de J. J. Watt

Dois jogadores na história venceram o prêmio de jogador defensivo do ano da NFL três vezes: o lendário linebacker Lawrence Taylor e… J. J. Watt! O defensive end jogou apenas três partidas na temporada passada, sendo obrigado a passar por mais uma cirurgia para corrigir um problema de hérnia de disco. Antes de a temporada começar ele já sofreu (e operou) com o problema, além de ter passado por outra cirurgia para reparar o músculo abdutor.

Quando está saudável ninguém duvida da capacidade de Watt – mas não sabemos se tantos problemas não farão com que seu rendimento caia. O fato de Jadeveon Clowney estar atuando muito bem no pass rush pode ajudar nessa volta. E, se ele voltar com força total, os quarterbacks não terão sossego contra os Texans.




7. A segunda temporada de Dak Prescott e Ezekiel Elliott

A dupla de calouros de Dallas foi a grande sensação da temporada de 2016 da NFL, com performances fantásticas. Enquanto Prescott teve uma das melhores atuações dentre quarterbacks calouro na história (e o prêmio de calouro ofensivo do ano), Elliott chegou a receber votos para o jogador mais valioso da temporada regular.

É fato que tudo que é novidade na NFL tem maior chance de dar certo – vide formação wildcatread-option nos últimos anos. Com os adversários conhecendo mais a forma de jogo da dupla, a tendência é conseguirem limitá-los um pouco. Entretanto, o elenco dos Cowboys é ótimo, e estão sendo considerados favoritos para vencer a difícil divisão e dar trabalho nos Playoffs. Veremos se a sophomore slump (ou síndrome do segundo ano) não afeta os dois, e se conseguirão conduzir o ataque da equipe à muitas vitórias.

Ainda, vale lembrar que Elliott foi suspenso pelos seis primeiros jogos da temporada. Como ele volta? Como Dak ficará nesse período?

8. Os Falcons sem Kyke Shanahan chamando as jogadas

Kyle Shanahan foi um dos responsáveis pelo sucesso dos Falcons na temporada passada, chamando atenção de outras franquias. Acabou contratado para ser head coach em San Francisco, o que levou Atlanta a buscar no college – Steve Sarkisian, que era assistente em Alabama – o substituto para o cargo de coordenador ofensivo.

Apesar do técnico Dan Quinn ter afirmado que a filosofia ofensiva da equipe não mudará (e nem tem motivo para mudanças), ninguém sabe como será a resposta do time dentro de campo. Matt Ryan sempre foi um bom quarterback, mas sob Shanahan se tornou MVP da liga. Será que esse ataque consegue se manter entre os melhores da NFL e buscar mais uma ida ao Super Bowl?

9. As batalhas de quarterbacks em Denver, Houston e Cleveland

Um time não ter definido o titular para a principal posição do jogo há um mês para o início da temporada não pode ser um bom sinal. E essa é a realidade para três franquias. Denver selecionou Paxton Lynch no Draft de 2015 para ser o futuro da franquia; ano passado Trevor Siemian jogou e até conseguiu segurar as pontas, mas até aqui nenhum dos dois mostrou motivo para ser titular em 2017.

Em Houston, o então terceiro quarterback Tom Savage chegou a roubar a posição de Brock Osweiler na temporada passada; este foi embora, mas Deshaun Watson foi trazido no Draft desse ano. Savage jogou pouco e foi apenas decente, enquanto Watson vem embalado de uma sensacional temporada. O time é desesperado para achar um franchise quarterback: em 15 anos de franquia, foram 15 titulares diferentes. Será que o calouro mostra que merece a posição que, teoricamente, agora é de Savage?

Enfim, Cleveland foi protagonista na offseason – não escolhendo um quarterback cedo no Draft, mas trocando por Osweiler. Apesar de ter chegado para segurar prancheta, há quem acredite que ele possa virar titular. O calouro DeShone Kizer corre bem por fora, e o foco será em seu desenvolvimento. A competição fica com o jovem Cody Kessler, escolhido na terceira rodada do recrutamento do ano passado. A princípio, parece que Osweiler ao menos terá uma chance [note]https://dawgpounddaily.com/2017/08/08/cleveland-browns-deshone-kizer-stride/ Acesso em 8/8/2017 [/note] – se continua ou não, são outros quinhentos.

10. O alto investimento dos Giants ao redor de Eli Manning

Eli Manning é um quarterback bastante intrigante. Constantemente ele é apenas mediano, comete erros de jogador inexperiente e, por consequência, nunca é considerado entre os melhores da posição. Todavia, uma coisa deve ser lembrada: ele sabe muito bem como vencer jogos, principalmente quando ninguém acredita. Ou seja, nunca duvide do mais novo dos irmãos Manning, ainda mais quando tem uma boa defesa e um elenco forte ao seu redor.

Para isso, os Giants investiram pesado e montaram uma defesa forte para a última temporada, mantendo as principais peças em 2017. E se o ataque passou a ser o problema, dois perigosos alvos chegaram para dar mais opções. O trio formado por Odell Beckham Jr, Brandon Marshall e Sterling Shepard (que se machucou) é considerado um dos melhores da NFL[note]http://www.espn.com/blog/new-york-giants/post/_/id/52035/giants-wide-receiver-depth-chart-changes-after-roger-lewis-arrest Acesso em 8/8/2017[/note] e pode ser o que faltava para a equipe conseguir ir longe. Agora, tudo depende de Eli.

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