Se você não esteve totalmente offline do mundo nos últimos 10 dias, já sabe que Tom Brady deixou o New England Patriots e assinou com o Tampa Bay Buccaneers. O que você pode não saber é que, além de perder Brady, os Patriots tiveram vários nomes importantes indo embora: Kyle Van Noy, Jamie Collins, Ted Karras e Danny Shelton são os mais significantes. A folha salarial é uma das mais apertadas da NFL, com pouco mais de 5 milhões de espaço. Pensando nisso, separei 3 coisas que o time de Foxboro pode fazer, independente de quem seja seu quarterback, para melhorar sua condição em 2020.
REESTRUTURAR CONTRATOS
Uma das alternativas mais viáveis é Bill Belichick chamar os jogadores cujos contratos pesem mais em 2020 para conversar e os convencer a reestruturar esses acordos. Desta forma, o que for diminuído dos salários deste ano se transformariam em bônus de assinatura, sendo divididos igualmente nos anos seguintes do contrato. É o famoso “jogar para frente”, muito utilizado pelo New Orleans Saints com Drew Brees, por exemplo. Nomes como Dont’a Hightower e Mohamed Sanu se encaixam nisso. Qual o argumento para os convencer? O do tópico abaixo.
TROCAR MEDALHÕES
A cultura de trabalho e o ambiente do New England Patriots são muito elogiadas em todas NFL. Vários jogadores com passagens pela franquia já disseram que existe uma diferença organizacional gigantesca e que sem dúvida isso é um dos fatores primordiais para o sucesso das duas últimas décadas. Imagine você jogar para Bill Belichick num dia e acordar sabendo que foi trocado para o time de Adam Gase ou Bill O’Brien? Por isso, quando a organização pede um sacrífico, é melhor concordar.
Caso não concordem, Belichick pode ser implacável. Não existe apego num homem que deixou Tom Brady, Randy Moss e tantos outros irem embora sem maiores dramas. O bem coletivo é maior nesse caso. Além dos já citados Hightower e Sanu, Lawrence Guy, James White, Rex Burkhead, David Andrews e Adam Butler se encaixam no perfil de nomes que podem ser trocados. Se hipoteticamente trocasse todos os nomes listados, os Patriots ganhariam aproximadamente 28 milhões de espaço na folha salarial. Claro que, além disso, o time ganharia escolhas no Draft para fazer a reposição de peças para o futuro.
CORTES
Para os sem mercado de troca, cortes também são possíveis, e todos os jogadores do tópico anterior se enquadram. E o mais importante para a torcida de New England: podem ser substituídos com peças de dentro do elenco. Nem sempre a qualidade técnica se equiparará, mas é necessário confiar na capacidade de desenvolvimento de um grupo de treinadores experientes e qualificados. Um pouco de paciência e nomes menos conhecidos podem crescer.
Para eventuais saídas de White ou Burkhead, o segundo anista Damien Harris pode ser a solução; Jakoby Meyers teve um desempenho satisfatório em seu ano de novato e produzir mais que Sanu é a tendência em 2020; para o lugar de Hightower, Ja’Whaun Bentley seria a alternativa lógica; na linha defensiva, o recém-chegado Beau Allen é um sólido nome e Byron Cowart se mostrou um jogador bem interessante nos poucos snaps que teve.
A linha ofensiva, tão criticada em 2019, tem flexibilidade. Hjalte Froholdt volta de lesão e pode ser usado na função de center; outra alternativa seria colocar Joe Thuney, que já jogou na posição na universidade. Com isso, Isaiah Wynn se tornaria guard – coisa que também já aconteceu em Georgia em seus tempos de College Football – e o promissor Yodny Cajuste, recuperado de lesão, assumiria a função de left tackle. Acreditem, tem tudo para ser uma das melhores unidades de toda NFL.
O que o torcedor de New England precisa ter nesse momento é algo que não lhe foi comum nos últimos 20 anos: paciência. Nomes sem tanta expressão precisarão ser trabalhados e desenvolvidas, derrotas duras atípicas acontecerão e o lugar no topo da divisão, tão solidificado durante o reinado Brady, possivelmente não existirá. É hora de descer do Olimpo torcedor e abraçar a realidade que todas as outras 31 franquias já enfrentaram. Vai doer, mas logo acostuma.
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