Quando se menciona os grandes recebedores da última década, um nome que é costumeiramente esquecido é T.Y. Hilton. Ainda que apresente produção e números que sustentam a tese de que ele pertence à elite, o jogador dos Colts nunca recebeu o devido reconhecimento, mesmo tendo sido o sétimo recebedor com mais jardas acumuladas na última década, com 8598. Listamos 3 motivos que fazem de Hilton um dos jogadores mais subestimados da NFL.
Ele está no top 10 de quase todas as estatísticas da década
Quando comecei a fazer a pesquisa necessária para elaborar esse texto, notei que, em quase todas as categorias relacionadas aos recebedores, T.Y. Hilton esteve dentre os 10 melhores da última década. Mais jardas recebidas, mais temporadas com pelo menos 1000 jardas, mais jardas por recepção, mais jardas recebidas por jogo, e assim a lista vai.
Ainda que não tenha sido uma escolha de primeira rodada, Hilton foi parte essencial do plano de jogo do Indianapolis Colts desde que se juntou a liga em 2012. Em suas 5 primeiras temporadas, ele só não ultrapassou as 1000 jardas justamente no seu ano de calouro, quando ainda não era titular no ataque. Nos anos seguintes, ele virou uma força considerável no ataque de Indianapolis.
Ele carregou quase sempre sozinho o grupo de recebedores dos Colts
Pense rapidamente: qual outro grande recebedor você consegue lembrar em Indianapolis na era pós-Peyton Manning? Quando Hilton chegou, Reggie Wayne já não estava mais em seu auge – embora eles tenham jogado juntos até 2014 -, a escolha de Philip Dorsett no Draft de 2015 não deu o resultado esperado, Donte Moncrief não conseguiu apresentar consistência e LaVon Brazill foi dispensado por violação da política do uso de substâncias proibidas logo após sua carreira decolar.
A única constante naquele grupo de recebedores é justamente Hilton. Não apenas ele apresentou produção consistente com os melhores wide receivers da liga como ele o fez jogando praticamente sozinho. Todos os anos se comentava como os Colts precisavam de uma opção ao lado oposto de T.Y., e nenhuma das tentativas deram certo. Ainda assim, eles podiam contar com Hilton semana sim, semana também – a exceção fica em 2019 por conta da lesão que afetou o ano do jogador.
Ele sobreviveu ao problema de quarterback de Indianapolis sem perder produção
Considerando novamente que o ano de 2019 foi uma exceção por conta de lesões, os números de Hilton se mantiveram numa média estável mesmo quando os Colts começaram a enfrentar problemas na posição de quarterback por conta da saúde de Andrew Luck.
Em 2015, quando Matt Hasselback foi titular por metade daquela temporada, Hilton ultrapassou as 1100 jardas e manteve a média superior a 16 jardas por recepção; ele manteve o ótimo número em 2017, quando Jacoby Brissett foi o quarterback de Indianapolis durante o ano, mas o volume do jogo aéreo diminuiu por conta do novo passador.
A melhor temporada da carreira de Hilton veio justamente num ano em que Andrew Luck, embora tenha sido o titular durante quase todo o ano, estava com um problema no ombro que exigiu cirurgia ao final da temporada regular: o recebedor acumulou 1448 jardas, o maior número da NFL naquele ano, junto de 6 touchdowns, solidificando sua condição como uma arma vertical. Embora tivesse números superiores aos de outros jogadores indicados, Hilton não recebeu honrarias de All-Pro naquele ano.
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