“Worst to First”. A magia da NFL com os times saindo de último lugar da divisão para vencê-la no ano posterior tem várias razões – como o mérito do próprio time. Uma coisa que costuma ajudar bastante é jogar contra os outros últimos colocados das demais divisões da conferência. Em contrapartida, campeões de divisão enfrentam os primeiros colocados e isso dificulta a vida.
Pelo rodízio, enfrentar uma divisão forte acaba sendo amargo também; Hoje, pegar a AFC North ou a NFC West inteira não é algo muito palatável. Então, no geral, como definir um calendário difícil? Bom, a maior parte dos casos usa as vitórias e derrotas dos oponentes na temporada anterior. Mas como as coisas mudam na NFL, seria um artifício justo? Afinal, enfrentar o Houston Texans em 2020 com Deshaun Watson é completamente diferente de pegar pela frente um time desmantelado que deve ter Tyrod Taylor no comando em 2021.
Um método interessante que alguns estão usando é computar a média de vitórias estimadas por Las Vegas para aferir a força do calendário do respectivo ano. É o que faremos aqui, usando os números do Caesars William Hill[foot]Casa de apostas americana que tem sede física no cassino Caesars[/foot]. Ao lado do nome do time, temos o número de vitórias médias que temos nas estimativas para os adversários em 2021.
5- Miami Dolphins (8,41)
Boa notícia para o torcedor dos Dolphins, que tem o calendário mais tranquilo da AFC East para a próxima temporada. Miami enfrenta New England e Buffalo nas duas primeiras semanas da temporada – um termômetro interessante para Tua Tagovailoa e seus reforços.
Mas neste ano, temos jogos contra Jacksonville e Houston que devem dar um gás no calendário do time do sul da Flórida. No geral, porém, o importante será bater os adversários da própria divisão. Campanha negativa contra Bills e Patriots coloca o sonho de playoffs em risco. Perder para os Jets, idem.
4- Tampa Bay Buccaneers (8,41)
Quanto ao time do norte da Flórida, vida tranquila: o time retorna todos os titulares do time do título do ano passado. Para ajudar, Atlanta trocou Julio Jones, New Orleans viu Drew Brees aposentar e Carolina não é nenhuma certeza com a tentativa de renovação com Sam Darnold.
Para além de uma NFC South mais frágil, Tampa Bay conta com jogos tranquilos fora da divisão. Enfrenta Philadelphia na Semana 6. A bem da verdade, enfrenta toda a NFC East neste ano – e embora ela não deva ser a várzea que foi ano passado, tampouco pode ser considerada uma divisão forte. As duas últimas semanas são boas notícias para o torcedor que sonha com a primeira cabeça de chave da Conferência Nacional e a folga: Jets e Panthers. No primeiro caso, um time em reestruturação – no segundo, uma equipe que Tampa bateu duas vezes ano passado.
Como Tampa Bay tem um calendário tranquilo, isso pode ser um fiel da balança na briga pela única folga da NFC – seja contra quem vier da NFC West ou contra um Packers com Aaron Rodgers.
Mais Buccaneers:
📰 Radar: Brady ganhou 7º título com lesão grave no joelho – notícias da semanaA
Power Ranking, Curti, pós-FA: Buccaneers mantém a banda unida e são grandes favoritos em 2021
3- Cleveland Browns (8,35)
Uma das coisas que faz com que o Cleveland Browns seja – novamente – a menina dos olhos dos analistas é o fato de que o time não tem um calendário difícil. O Pittsburgh Steelers, por sua vez, tem o calendário mais difícil da liga sob qualquer ótica. Embora a abertura da temporada seja uma pedreira contra o Kansas City Chiefs, logo na sequência Cleveland já tem o time mais fraco da NFL: Houston.
Na segunda metade do calendário, os Browns têm jogos contra Lions, Raiders e podem ter um Green Bay Packers sem Aaron Rodgers. O último jogo do ano – que pode ser fiel da balança na briga pelo título da divisão – é contra o Cincinnati Bengals, time que hoje é o mais fraco da AFC North.
2- Denver Broncos (8,29)
Ah, se tivessem um bom quarterback… Claro, isso pode mudar de figura no caso de Denver contar com Aaron Rodgers para esta temporada – o que honestamente não apostaria no momento. De toda forma, para além da posição de quarterback os Broncos têm um bom elenco e até podem permitir que o torcedor sonhe com pós-temporada via wild card. O calendário ajuda. As três primeiras semanas são contra times que tiveram campanhas negativas no ano passado: Giants, Jaguars e Jets.
O problema será sustentar o fôlego até o final da temporada. Numa potencial briga por Wild Card, os Broncos têm jogos duros nas duas semanas finais. Na Semana 17, pegam o Los Angeles Chargers – time cuja defesa promete ser melhor neste ano e que conta com o atual Calouro Ofensivo do Ano, Justin Herbert. Depois, na Semana 18 o Kansas City Chiefs. Se Denver ainda estiver na briga, o torcedor reza para que os Chiefs já tenham assegurado a folga na AFC e, portanto, que poupem seus titulares. Caso contrário, a chance de vitória é bem baixa.
Mais Broncos: Fangio não é o que os Broncos precisam para voos maiores
1- San Francisco 49ers (8,21)
Os 49ers têm o calendário mais fácil da NFL se considerarmos as vitórias esperadas dos oponentes e isso vem bastante do fato de que o time ficou em último lugar na NFC West no ano passado. Na divisão mais equilibrada da liga, ter um calendário mais tranquilo ajuda bastante. Em 2019, os 49ers tiveram um calendário de terceiro colocado de divisão e foram até o Super Bowl, vale lembrar.
Neste ano, San Francisco tem dois jogos bem tranquilos para começar o ano: Detroit e Philadelphia, duas equipes que dificilmente devem ter campanha positiva neste ano. A semana 3 tem jogo duro contra Green Bay mas, sem Aaron Rodgers, viram presas mais fáceis. Ainda no calendário, os 49ers enfrentam Jaguars, Bengals, Texans e fazem na Semana 18 um jogo que pode valer o título da divisão contra os fortes Rams.
Mais 49ers: Curti: 6 vencedores e 3 perdedores do novo contrato de Fred Warner
Menções honrosas:
Indianapolis Colts 8.44
Philadelphia Eagles 8.44
Dallas Cowboys 8.44
Jacksonville Jaguars 8.50
Para saber mais:
5 principais batalhas de QB no Training Camp
5 Quarterbacks draftados por empolgação e que sumiram da NFL
Dilema de Robinson: dólares ou troféus?
Rodgers recusou contrato gigante: chance de greve é cada vez maior
