Ao contrário do que aconteceu no ano passado, há uma classe ofensiva bem interessante e forte entre os calouros de 2020. Três potenciais franchise quarterbacks que, pelo peso da posição, podem abocanhar o prêmio – mas vários skill players que também têm chance. Até porque dois desses três quarterbacks começam o ano no banco.
Vamos à lista então.
Joe Burrow, quarterback, Cincinnati Bengals
O Cincinnati Bengals ficou com a primeira escolha geral do Draft 2020 após ter a pior campanha da temporada passada mas, justiça seja feita: não era um elenco de apenas duas vitórias. Nesta temporada, há a volta de AJ Green – que deve jogar na Semana 1 mesmo tendo tido problemas no posterior da coxa nos camps – e a estreia de Jonah Williams, bom offensive tackle que não jogou na temporada de calouro, 2019, por lesão no ombro.
Burrow é o único dos quatro quarterbacks escolhidos na primeira rodada – ele, Tua Tagovailoa, Justin Herbert, Jordan Love – que será titular na Semana 1. Então, com 16 jogos, a tendência por ter maior espaço amostral é que saia na frente pelo prêmio. Mas não só: Burrow é o prospecto mais pronto entre eles e os 60 touchdowns em LSU mais o título nacional na temporada passada falam por si.
Clyde Edwards-Helaire, running back, Kansas City Chiefs
Com Damien Williams não jogando a temporada após dar opt-out pela COVID-19, Edwards-Helaire aparece como forte opção aqui porque: i) Joga com Patrick Mahomes e o volume deve ser alto ii) Tem capacidade para receber passes, como mostrado em LSU e iii) Houve comparações dele com Brian Westbrook, running back bem utilizado por Andy Reid nos tempos de Philadelphia Eagles.
Com feito, é uma boa aposta para calouro do ano caso o prêmio fuja de um quarterback. Até porque narrativas de times com muitas vitórias acabam sendo fortes.
Tua Tagovailoa, quarterback, Miami Dolphins
Por mais que Ryan Fitzpatrick tenha sido nomeado o titular, Tua eventualmente entrará em campo. Com isso, ele pode mudar o time da água para o vinho com seu talento e, sei lá, pode entrar na briga pelo OROY mesmo com menos volume de jogos. Tagovailoa é um jogador talentoso e seu teto de produção é maior do que o do veterano Fitzpatrick. Se atingir rapidamente esse teto, entra forte na disputa do prêmio.
Jonathan Taylor, running back, Indianapolis Colts
Embora haja a expectativa de um comitê de running backs nos Colts com Marlon Mack e Jonathan Taylor, o calouro de Wisconsin é um prospecto pra lá de talentoso. Philip Rivers, novo quarterback do time, disse neste mês que Taylor lembra-lhe muito de Michael Turner, talentoso corredor com quem trabalhou em San Diego. Mesmo com o comitê, acredito que Jonathan tenha potencial de passar das 1000 jardas totais neste ano – se isso acontecer e o resto da lista for mal, ele entra forte na competição.
Jerry Jeudy, wide receiver, Denver Broncos
Há menos bocas para alimentar no ataque de Denver em comparação ao ataque de Dallas com CeeDee Lamb, então por uma questão de volume coloco Jeudy aqui. Talentoso corredor de rotas, o produto de Alabama pode ter boa utlização na red zone e, por tabela, ter um elevado número de touchdowns. Estatísticas contam bastante para premiações, lembremos. Se Drew Lock seguir no nível do final de 2019 e melhorar o desempenho num ataque que, no papel, é melhor, pode ajudar Jeudy nessa briga.
Menções honrosas:
Justin Herbert, QB, Chargers
D’Andre Swift, RB, Lions
J.K. Dobbins, RB, Ravens
CeeDee Lamb, WR, Cowboys
Justin Jefferson, WR, Vikings
Henry Ruggs III, WR, Raiders
Cam Akers, RB, Rams
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