Passadas 10 semanas da temporada, a corrida pelos prêmios individuais fica cada dia mais bem definida. Dentre eles, o prêmio de técnico do ano acaba tendo um glamour menor por não envolver aqueles nomes que estão realizando a ação dentro do campo, o que, naturalmente, exclui um pouco do que nos cativa ao assistir uma partida. Ainda assim, eles não são menos importantes e a disputa deste ano está bem acirrada. Sem mais delongas, vamos aos concorrentes.
Kliff Kingsbury, Arizona Cardinals
Neste ano, Kingsbury conseguiu um dos feitos mais cruciais para o futuro da carreira de um técnico: primeiro revisou suas teimosias do passado, as quais retiraram os Cardinals dos playoffs nos dois anos anteriores, e depois transformou completamente sua equipe. Hoje, Arizona tem um dos ataques mais explosivos da liga por conta do maior equilíbrio ofensivo (quando Kyler Murray está em campo, claro), mas não só isso.
O time dos Cardinals como um todo se tornou uma verdadeira ameaça, vencendo partidas até mesmo quando Murray esteve ausente. Aliás, até mesmo a atitude de manter o titular fora de campo é um dos grandes elogios a Kingsbury na temporada. Ele está beirando a excelência em todos os quesitos e, se tomar a liderança na NFC, seu caso para vencer o troféu se torna ainda mais forte.
Mike Vrabel, Tennessee Titans
Sem Derrick Henry, sem problemas. Mesmo sem aquele que foi o eixo-motor do time nos últimos anos, os Titans venceram seus últimos confrontos e estão na liderança isolada da AFC. E não pense que foram duelos fáceis; a equipe passou por cima de New Orleans Saints e Los Angeles Rams.
É claro que, dentro de campo, os triunfos estão nas costas da grande evolução da defesa de Tennessee; todavia, é preciso laurear quem comanda toda a equipe. Vrabel soube passar a tutela defensiva em prol da melhora coletiva e está colhendo os frutos. Hoje, os Titans são um time organizado e que podem vencer sem seu principal nome – um feito e tanto para o currículo do treinador.
Bill Belichick, New England Patriots
Sempre quando falamos sobre o prêmio de treinador do ano há um sentimento de que Belichick é hors-concours nesse caso. Afinal, estamos falando do maior treinador da história, então, se levarmos ao pé da letra, ele seria premiado inúmeras vezes durante a dinastia patriota. Qual foi a última vez que ele levou o troféu individual para casa? 2010 – a terceira ao todo.
Dessa vez, contudo, Belichick está indo além. Ele pegou um time em reformulação e colocou para brigar cabeça a cabeça contra os melhores da NFL. Os Patriots vêm de cinco vitórias consecutivas, a defesa está no nível “Belichickiano” que nos acostumamos a ver e Mac Jones está voando. Mesmo sendo um gigante, Bill merece ter a chance de levar o prêmio mais uma vez pelos feitos de 2021, ainda mais se New England conseguir um feito maior, como roubar a divisão do Buffalo Bills.
