5 coisas que os Eagles precisam fazer para ganhar o Super Bowl

[dropcap size=big]N[/dropcap]ão é segredo para ninguém que os Eagles chegarão como zebras no Super Bowl LII. Além de New England ser uma equipe mais experiente e acostumado à decisão, pesa também o fato de Philadelphia estar com Nick Foles under center. Não há dúvidas que o favoritismo dos Patriots seria bem menor se Carson Wentz estivesse saudável.

Porém, ser o underdog não significa de maneira alguma que a franquia está morta na disputa. Basta lembrar que Philadelphia foi o azarão durante toda a pós-temporada e mesmo assim está na grande final. Muito bem treinados por Doug Pederson, nosso escolhido ao prêmio de head coach do ano, eles são um ótimo e consistente time de futebol americano.

Deste modo, pensamos em cinco coisas que os Eagles precisam fazer para saírem campeões no domingo. Obviamente é uma visão bem resumida e até mesmo simplista de algo tão complexo como um duelo no Super Bowl, mas ainda assim são cinco pontos considerados essenciais para derrotar Tom Brady, Bill Belichick e cia.

“49ERS"

Tirar Tom Brady da sua zona de conforto

É aquele velho bê-a-bá de sempre: para vencer Tom Brady, você precisa pressioná-lo. Todo mundo sabe, já foi falado um milhão de vezes, mas nem por isso deixa de ser verdade. Philadelphia precisa fazer de tudo para tirar Brady da sua zona de conforto, caso contrário ele ficará naquele pingue-pongue com os recebedores, as campanhas se estenderam por vários minutos e New England colocará pontos no placar sem parar.

Nas duas vezes em que saiu de campo derrotado no Super Bowl, Brady foi massacrado pela defesa dos Giants, principalmente em 2007. Ano passado, antes do colapso, os Falcons conseguiram pressioná-lo bastante. Esse é o segredo (não tão secreto assim), o problema é como fazer – não precisa ser somente na forma de sacks. Hits e hurries também servem.

Fletcher Cox é um dos melhores defensives tackles da NFL chegando nos quarterbacks, então se ele conseguir fazer o pocket entrar em colapso pelo meio da linha ofensiva será ótimo. Derek Barnett e Chris Long são dois bons pass rushers situacionais. Ademais, Jim Schwartz, coordenador defensivo saído da linhagem de Bill Belichick, é famoso por treinar defesas muito agressivas quando o assunto é pressionar os signal callers adversários.

Além de atrapalhar o funcionamento do ataque dos Patriots, a pressão constante também torna mais fácil os turnovers. Brady dificilmente lançará uma interceptação se tiver um pocket limpo na sua frente. Ele só o fará se tiver um defensor pendurado no pescoço. Julgando que a partida deva terminar com uma diferença pequena de pontos, como vem sendo comum para New England em todos os últimos Super Bowls, cada chance extra de encostar na bola é fundamental.

Deixar Nick Foles longe de qualquer tipo de situação desfavorável

Foles teve uma atuação de gala contra Minnesota que encheu os torcedores dos Eagles de esperança, mas isso não significa que ele passou a ser um quarterback confiável da noite para o dia. Ele ainda precisa ser “blindado” e mantido longe do perigo, pois está longe de ser um jogador de elite.

Ou seja, Philadelphia precisa evitar situações desfavoráveis e propensas ao surgimento de turnovers, como por exemplo terceiras descidas longas. A franquia não possui dois power backs de respeito em LeGarrette Blount e Jay Ajayi? Pois bem, se ambos fizerem um bom trabalho em primeiras e segundas descidas, a vida de Foles ficará bem mais tranquila.

Claro que nem sempre será possível ter tudo sob controle, então, em momentos óbvios de passe, as chamadas devem ser perfeitas. Não se trata de jogar com medo, mas sim de minimizar os riscos. Nesse sentido, basta lembrar o plano de jogo ofensivo dos Jaguars contra os Steelers e os próprios Patriots. Foles não é Peyton Manning, Drew Brees etc. portanto não podemos esperar que ele se comporte como tal.

Ademais, manter Nick Foles longe de qualquer tipo de situação desfavorável também significa duas outras coisas. A primeira delas é a linha ofensiva não permitir que ele seja pressionado com frequência. Já a segunda é não deixar New England em hipótese alguma disparar no placar, caso contrário é adeus jogo terrestre e olá Nick Foles no shotgun lançando passes toda hora.

Não cometer erros mentais

Para ilustrar este ponto, vamos relembrar um momento específico da final da AFC. Faltando pouco mais de dois minutos para acabar a primeira etapa, Jackosonville conseguiu uma conversão de terceira descida chave, a qual prolongaria sua campanha e possivelmente resultaria no mínimo em um field goal, afinal o time já estava no campo de ataque. O lance, contudo, foi anulado por uma falta de atraso de jogo. Na sequência, Blake Bortles foi sackado e os Jaguars se viram obrigado a chutar um punt. New England recuperou a bola, andou 85 jardas em um minuto, anotou um touchdown e diminuiu a diferença no placar para 14 a 10.

É exatamente isso o que os Eagles não podem fazer. Nada de penalidades bobas que minem seus drives ou deem novas chances aos Patriots. Nada de atrasos de jogo, 12 homens em campo, saídas falsas etc. A equipe precisa estar 100 % focada durante os 60 minutos, pois os comandados de Bill Belichick certamente estarão. Como dissemos antes, cada posse de bola, cada campanha é fundamental.

Controlar bem o relógio

Embora não seja algo que costume ser tão comentado assim, saber controlar o relógio de uma partida de futebol americano é uma verdadeira arte. Não estamos falando apenas de tempo de posse de bola – outra coisa fundamental, diga-se de passagem – mas sim de administrar os minutos e segundos nos momentos derradeiros dos confrontos.

Isso é muito importante tanto para quem está ganhando quanto para quem está perdendo. Quantas vezes não vimos um treinador fazer uma lambança na hora de cuidar do cronômetro, entregando a bola ao oponente e permitindo uma reação nos últimos segundos? Ou então, ao contrário, com um time ficando sem a chance de tentar uma última vez porque não soube gerenciar o tempo?

Estando na frente ou atrás do placar no final, Philadelphia deverá ficar muito atento a este aspecto do jogo. Nos Super Bowls de 2007 e 2011, os Giants administraram o relógio com maestria, deixando pouquíssimo tempo para Tom Brady operar uma de suas viradas milagrosas. É isso que os Eagles precisam fazer, pois se Tom Brady tiver qualquer chance, ele fará você pagar – Atlanta que o diga.

Vencer os duelos individuais

Embora obviamente seja um esporte coletivo, o futebol americano é recheado de pequenos duelos individuais ao longo de suas partidas. Uma recepção importante, um passe desviado, um tackle quebrado, enfim, tudo isso entra na equação que define o vencedor e o perdedor no final do dia.

Vamos ter um texto específico falando sobre os principais confrontos individuais do Super Bowl LII, mas, já adiantando, não custa dizer que ganhar esses embates é uma das chaves do sucesso para Philadelphia. A equipe precisará que Malcolm Jenkins supere Rob Gronkowski na marcação. Ou então que Alshon Jeffery consiga agarrar aquele passe contestado contra Malcolm Butler. Não é só de tática e preparação que o esporte é feito. Às vezes as coisas são mais simples, resumindo-se a um jogador levando a melhor sobre o outro dentro de campo.

Comentários? Feedback? Siga-me no Twitter em @MoralezPFB, ou nosso site em @profootballbr e curta-nos no Facebook.

Textos Exclusivos do ProClub, Assine!
Os 10 melhores Super Bowls de todos os tempos
Jared Goff: a grata surpresa do ano de 2017
A garantia de Joe Namath no Super Bowl III
Decepção do ano: New York Giants e o conjunto da obra
Mesmo com a lesão, 2017 é o ano que Carson Wentz apareceu para o mundo

Quer uma oportunidade para assinar nosso site? Aproveita, R$ 9,90/mês no plano mensal, cancele quando quiser! Clique aqui para assinar!
“odds