5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Antonio Brown em mais um capítulo lamentável
Imagine você jogar no atual campeão do Super Bowl, ter como seu quarterback simplesmente Tom Brady e no meio de um jogo da semana 17, tirar o equipamento e ir embora da partida? Já seria passível de corte para qualquer jogador, mas quando se trata do wide receiver Antonio Brown, é apenas mais uma de suas cenas lamentáveis. Um dos mais talentosos wide receivers da última década, ele coleciona confusões: falsificação de carteira de vacinação, briga com colegas, sumiço por querer usar um capacete que já não era permitido pela liga e uma grave acusação de abuso sexual.
Video of Antonio Brown leaving the field after taking off his jersey and shirt and throw it into the stands. pic.twitter.com/1hwNYei5Fq
— Field Yates (@FieldYates) January 2, 2022
Logo após a partida, Brown foi cortado pelo Tampa Bay Buccaneers e essa deve ter sido a gota d’água para que a NFL não dê novas oportunidades para o recebedor. Vale a lembrança que AB sofreu uma pancada covarde na cabeça em 2018, atingindo pelo linebacker Vontaze Burfict e depois dali degringolou a ter comportamentos estranhos, algo que pode estar relacionado. Um talento enorme, que infelizmente nunca terá sua história contado pelos seus feitos em campo e sim pelas suas péssimas atitudes.
A intertemporada será agitada em Miami
Após conseguir uma improvável sequência de 7 vitórias, o Miami Dolphins praticamente deu adeus aos playoffs com a derrota para o Tennessee Titans. Pelo segundo ano consecutivo, a equipe comandada por Brian Flores bate na trave na hora de dar o passo adiante e 2022 promete ser agitado. Brian Flores será mantido ou é hora de começar um novo ciclo? Tua Tagovailoa merece mais uma oportunidade para se provar o franchise quarterback? O investimento na linha ofensiva será feito? Muitas perguntas, que serão respondidas nos próximos meses. Boatos não faltarão e o CT dos Dolphins estará como o clima da Florida: quente.
Os Bengals serão um osso duro de roer nos playoffs
Não se engane com os 31 pontos sofridos contra o Kansas City Chiefs: a defesa do Cincinnati Bengals é boa e capaz de ter tardes melhores, tendo média de 21 pontos cedidos até a semana 16 . Do outro lado, um ataque que vem pegando fogo nas últimas partidas: Joe Burrow dinamitou a secundária do Chiefs, Ja’Marr Chase teve mais de 250 jardas e fortaleceu seu nome na corrida pelo prêmio de calouro ofensivo do ano e os “coadjuvantes” como Tee Higgins, Tyler Boyd e Joe Mixon seriam peças principais em muitas equipes. O título da AFC North não veio por acaso: quem pegar os Bengals nos playoffs terá um osso dos mais duros para roer.
Quarterback ou limbo: essa é a escolha dos Broncos
De nada adianta ter uma baita defesa se seu ataque é minimamente incapaz de pontuar de forma sólida: você viverá de espasmos que não te levarão a lugar nenhum. Essa é a rotina do Denver Broncos desde 2016, quando Peyton Manning se aposentou. A lista de nomes que comandaram a unidade é imensa: Trevor Siemian, Paxton Lynch, Joe Flacco, Case Keenum, Drew Lock e Teddy Bridgewater. O resultado sempre foi igual: nada de pós-temporada e uma sensação de limbo eterno. A derrota para o Los Angeles Chargers eliminou o time da atual temporada e deixou o recado claro: arrumem um quarterback de verdade ou a amargura seguirá.
A magia de Murray no AT&T Stadium segue
O estádio é do Dallas Cowboys, mas ninguém se sente tão confortável nele como Kyler Murray. Após passar por uma fase ruim na temporada, o quarterback do Arizona Cardinals voltou a ter uma boa performance, lançando para 260 jardas e 2 touchdowns, mantendo assim os Cardinals na briga pela NFC West. O curioso é que essa é nona vitória de Murray no estádio: ele nunca saiu derrotado. Natural do Texas, ele venceu 5 vezes no ensino médio, duas vezes jogando no college football e agora conquista sua segunda vitória na NFL. Os times podem se cruzar nos playoffs e o camisa 1 não deve ficar nem um pouco incomodado se precisar jogar na casa do oponente.
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