5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Josh Allen está de volta e na hora certa
Engana-se quem pensa que os maiores quarterbacks da história tiveram trajetórias “limpas” em temporadas regulares. Todos em algum ano sofreram oscilações, em especial quando mais jovens. Entretanto, algo que se valoriza muito na NFL é a capacidade de um jogador da posição dar a volta por cima e aparecer no momento crucial. Foi exatamente isso que Josh Allen fez nessa semana 16: foi a Foxboro enfrentar o New England Patriots, colocou seu time embaixo do braço e espantou qualquer fantasma em relação a uma possível eliminação do Buffalo Bills.
Dá para dizer que foi um jogo praticamente perfeito do camisa 17: 315 jardas aéreas, 65 pelo chão, 3 touchdowns e um controle total da partida, sabendo acelerar no momento em que foi preciso. De quebra, Buffalo agora assume a liderança da AFC East e agora só depende de si para ter o mando de campo nos playoffs.
Joe Burrow merece a coroa da diversão
Por mais que batalhas táticas, com boas defesas ou jogo corrido forte sejam apreciadas às vezes, o torcedor quer mesmo ver é touchdowns longos pelo ar, com quarterbacks que arriscam e fazem coisas fora do comum: traduzindo, diversão em larga escala, mesmo que ela nem sempre beneficie o time do lançador. Neste quesito, ninguém supera Joe Burrow. O camisa 9 do Cincinnati Bengals lançou para 525 jardas contra o Baltimore Ravens, mas além dos números, o espetáculo que é especial: Burrow samba de um lado para o outro, procura espaço, lança contra o movimento do corpo, em cobertura dupla, saltando. Pode não ser o mais indicado para quem procura regularidade, mas sem dúvidas é muito divertido.
O equilíbrio dos Rams é a chave na NFC West
Num momento em que Kyler Murray e o Arizona Cardinals dão suas tropeçadas, o Los Angeles Rams ganha força e assume a liderança da NFC West. Na vitória sobre o Minnesota Vikings, Matthew Stafford não jogou bem, lançando 3 interceptações. Mesmo assim, o jogo em nenhum momento esteve realmente ameaçado. O jogo corrido funcionou, a defesa limitou os Vikings a apenas 2 conversões em 12 tentativas em terceiras descidas, além de ceder apenas 2 touchdowns em 5 idas de Minnesota a red zone. Em outros jogos, Stafford foi peça principal, com o jogo aéreo sendo explosivo e por aí vai: depois do péssimo novembro, os Rams reencontraram o equilíbrio e agora controlam seu destino.
Empurrar o problema com a barriga cobra seu preço
Imagine a frustração de você ver seu time deixar de praticamente assegurar uma vaga na pós-temporada por sua defesa ser completamente dominada pelo pior ataque da NFL? Essa é a sensação do torcedor do Los Angeles Chargers, que viu o ataque do Houston Texans passear em campo, anotar pontos como se não existisse amanhã, em especial pelo chão: Rex Burkhead – não, você não voltou no tempo, o nome é esse mesmo – correu para 149 jardas em 22 tentativas, uma média de quase 7, além de anotar 2 touchdowns. Pode colocar tudo na conta de Brandon Staley: o treinador dos Chargers peca por não ajustar essa defesa, que sofreu durante 2021 todo. Varrer o problema para debaixo do tapete pode até custar uma ida aos playoffs para o time de Los Angeles.
O torcedor dos Giants não merece tamanho descaso
Adam Schefter, insider da ESPN americana, noticiou antes da rodada que o New York Giants pretende trazer de volta para 2022 o quarterback Daniel Jones e o treinador Joe Judge. Jones não jogou essa semana, mas seu histórico em campo fala por si: ele é uma máquina de turnovers e ainda tem agora uma lesão complicada no pescoço. Já derrota para o Philadelphia Eagles mostra que não faz sentido algum trazer Judge de volta: a equipe não tem padrão, ofensivamente é nula e em 2 anos seu retrospecto é patético: 10 vitórias e 21 derrotas. Não sei o que passa na cabeça da direção dos Giants, mas os torcedores da franquia não merecem essa pataquada.
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