5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
As falhas defensivas dos Buccaneers começam a pesar
Não, a defesa do Tampa Bay Buccaneers não se tornou uma bomba. Sim, algumas lesões (em especial na secundária) no decorrer do ano fizeram a performance baixar e isso é evidente. Entretanto, não dá para negar que a unidade está bem longe do nível que mostrava em 2020, quando foi um dos pilares da conquista do Super Bowl, como visto na derrota contra Washington. Cedendo muitas conversões de terceiras e quartas descidas – 13 de 21 tentativas – para um time com um ataque mediano e que tem Taylor Heinicke com seu quarterback, a unidade ficou naquela de fazer apenas o básico e esperar Tom Brady vencer do outro lado.
Todavia, por mais que o camisa 12 esteja em mais um ano em que está novamente na batalha pelo prêmio de MVP, ele também terá seus dias ruins e um deles aconteceu neste domingo, quando lançou duas interceptações e não encontrou consistência e ritmo. Se a defesa não evoluir e voltar a jogar bem como era de costume, uma tarde não inspirada de Brady em janeiro pode custar uma eliminação.
Não forçar Murray é muito inteligente
Nenhum time quer perder e quando se joga numa divisão complicada como a NFC West, qualquer resultado ruim pode impactar na sua posição na pós-temporada. Porém, pesar as coisas e ser estratégico é fundamental e o Arizona Cardinals fez isso muito bem ao deixar Kyler Murray de fora da partida contra o Carolina Panthers por ele não estar 100% recuperado de uma lesão no tornozelo. Em 2020, a franquia viu a temporada escorrer pelo ralo com seu quarterback jogando baleado. Com a “gordura” acumulada nas semanas anteriores, deu para se dar esse luxo o camisa 1 se recuperar bem e com ele 100%, as chances dos Cardinals aumentam muito.
Os Cowboys eliminaram qualquer dúvida
Após a derrota para o Denver Broncos, surgiu o questionamento: foi apenas um dia ruim no escritório ou o time tinha problemas que estavam mascarados até o revés? Pois bem, bastou apenas uma semana para que o elenco liderado por Dak Prescott deixasse tudo em pratos limpos: a equipe dominou o Atlanta Falcons, aplicando um sonoro placar de 43 a 3. Pouco importa aqui se os Falcons não são tão fortes: Dallas já tem vitórias contra times assim, como Los Angeles Chargers e New England Patriots. Foi apenas a comprovação que o jogo contra Denver foi apenas um acidente de percurso.
Acabou o conto de fadas de Mike White
Nada como um choque de realidade. Depois de jogar bem na vitória do New York Jets contra o Cincinnati Bengals, o quarterback Mike White – que substitui o calouro Zach Wilson, lesionado – foi alçado ao status de sensação, com algumas pessoas chegando a questionar se Wilson deveria retornar quando recuperado. O Buffalo Bills deu a resposta: sim, deve. White está na liga desde 2018 e nunca conseguiu sequer estar na conversa pela titularidade em seus times anteriores e o seu jogo contra os Bills foi tenebroso: 4 interceptações e mais algumas decisões controversas. Hora de voltar ao plano original com Wilson e esquecer essa bobagem.
A decisão dos Browns se torna cada dia mais complexa
Quando num jogo, o quarterback calouro do adversário é melhor que o seu veterano por larga margem, você precisa se preocupar. Claro que a acachapante derrota do Cleveland Browns para o New England Patriots não pode ser usada como único critério para definir Baker Mayfield e nem os méritos do time de Bill Belichick devem ser deixados de lado. Entretanto, a forma como Mayfield jogou -11 de 21 passes completos, para 73 jardas – coloca mais um ponto ruim na sua já complexa avaliação. Cada vez fica mais claro que Baker já está muito próximo de seu teto e dificilmente subirá de patamar. A escolha é complicada: renovar com o atual titular e aceitar ter um jogador mediano comandando sua franquia pelos próximos anos ou arriscar no mercado/Draft e correr o risco de ter uma queda gigante?
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