5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
O esboço retrata muito do que deve ser a obra final
Guardadas todas as ressalvas merecidas por se tratar de uma partida de pré-temporada, Trey Lance deu um cartão de visitas do que deve ser seu ano de 2022 no San Francisco 49ers. Logo no começo alguma hesitação, leituras mais lentas que se espera de um titular e uma certa insegurança. Com o passar do tempo, mais solto, o camisa 5 começou a controlar melhor seu time, até culminar no ápice: um passe em que a bola viajou por 34 jardas e que o wide receiver Danny Gray fez o restante do trabalho, levando para end zone.
É exatamente essa a expectativa em torno de Lance para esta temporada: ir assimilando o tempo do jogo na NFL – algo natural para quem esteve pouco em campo -, ganhando uma confiança gradativa, até estar confortável para arriscar e produzir de forma mais agressiva. O plano segue nos trilhos na California.
Não tem amor que resista
Um dos maiores dramas para qualquer time que deixa algum jogador no banco amadurecendo é ver que quando ele entra em campo, pouco adiantou. Jordan Love passou duas temporadas sentado, supostamente aprendendo e evoluindo. Quem o viu em campo no jogo contra os 49ers pode pensar ser algum novato comandando o Green Bay Packers. Os mesmos erros de quando chegou na liga estão lá: dificuldade em processar o jogo, decisões equivocadas e imprecisão. Dá para dizer com segurança que Green Bay se equivocou nessa escolha e não irá recuperar a primeira rodada investida em Love.
Inexperiência cobra seu preço
Vontade de vencer é fundamental, mas saber dosar a mesma e deixar para gastar o nitro – se você jogou Top Gear entende do que estou falando – na hora certa é uma arte. Zach Wilson vem para seu segundo ano na NFL e logo no começo do jogo contra o Philadelphia Eagles, tentou ganhar jardas extras correndo e cortando, em vez de sair do campo. Resultado: saiu de carrinho com uma lesão no joelho e deixou todos em estado de apreensão.
Ao que tudo indica, o estrago não foi tão grande quanto esperado: lesão no menisco, com previsão de retorno em 4 semanas. Ainda assim, sua participação na semana 1 está em aberto. Que fique a lição para o jovem quarterback.
A rua não esquece
Deshaun Watson pode escapar de uma suspensão pesada e seguir com o bolso cheio, mas não irá escapar da ira dos torcedores adversários em 2022. Ao entrar em campo para enfrentar o Jacksonville Jaguars, ele ouviu vaias e inúmeros xingamentos vindos das arquibancadas. Sua atuação foi bem fraca – algo normal para quem esteve ausente dos campos por 568 dias – e os torcedores dos Jaguars pareciam bem contentes em ver o quarterback jogando mal. Watson precisará “ser surdo” caso jogue em 2022: o que aconteceu em Jacksonville foi apenas uma amostra do que irá enfrentar.
Taylor Heinicke pode começar a procurar emprego
Sam Howell era um prospecto que merecia ter saído antes da quinta rodada no último Draft e sua primeira aparição na pré-temporada da NFL mostrou isso. Sempre considerando o contexto do nível destas partidas – não canso de falar isso -, o que se viu era exatamente o mostrado no seu tape universitário: capacidade atlética interessante, bom estendendo as jogadas e um braço capaz de fazer os lançamentos necessários. Com apenas 21 anos, ainda tem margem para crescimento, enquanto Taylor Heinicke aos 29 já mostrou tudo que podia. É o suficiente para Carson Wentz ter um novo reserva imediato.
Para saber mais:
Curti: Tem Watt, mas tem Trubisky: qual o teto dos Steelers de 2022?
🎙️ ProFootball+: Contratações que os times podem se arrepender e perguntas dos assinantes
Saints podem vencer a divisão?
