5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Os 49ers tem um plano e ele nunca esteve sob dúvida
A recente informação que o San Francisco 49ers deu permissão para que Jimmy Garoppolo procurasse troca só confirmou as suspeitas: é hora de Trey Lance. A verdade é que em nenhum momento Kyle Shanahan ou John Lynch cogitaram ter Jimmy como seu titular, por mais que alguns insistissem em dizer que a franquia estava descontente com os progressos de Lance. O que sempre me pegou é que essas notícias em relação às performances de Trey surgiam em períodos sem treinos.
Shanahan e Lynch apostaram alto em Lance – gastar duas primeiras rodadas extras não é coisa que se faz todo dia – e não iriam desistir do projeto sem nem sequer colocar seu escolhido em campo por conta de um jogador, que apesar de competente, todos sabem o teto.
Quando a oportunidade aparece, tudo muda
Cansei de ler nessa offseason que time A ou B não tinha interesse algum em jogador X ou Y e depois acabar vendo ele parar na franquia. Outro ponto é dizer que “quarterback tal tem todo respaldo da franquia e não será trocado” e ele semanas depois mudar de time. Baker Mayfield, Russell Wilson e Matt Ryan são exemplos dos fatos citados acima. Nem estou dizendo que os insiders noticiaram errado: as coisas simplesmente mudam rápido na NFL.
Nenhum general manager ou treinador está de olhos fechados e dormindo em relação ao seu entorno. O que se espera são oportunidades. Em 2021, Sean McVay encontrou Matthew Stafford por acaso em Cabo San Lucas, com ambos de férias. Assim, dali se soube do interesse mútuo e a troca se costurou. Até aquele momento, Jared Goff era o plano: quando a oportunidade apareceu, tudo mudou. É assim que a banda toca na NFL.
Não force a barra se você não for um quarterback
Deshaun Watson, Aaron Rodgers, Kyler Murray: todos queriam polpudos contratos e receberam. Enquanto isso, Tyreek Hill queria o mesmo e acabou trocado, indo receber o dinheiro esperado somente no Miami Dolphins. Deebo Samuel reclamou bastante, pediu troca e segue sem nenhuma mudança. Jessie Bates e Orlando Brown receberam a franchise tag e não fecharam acordos até agora, deixando claro que estão descontentes. O recado que fica é evidente: quarterbacks conduzem negociações, jogadores das demais posições não. Podem até fechar acordos grandes e lucrativos, mas não conseguem fazer suas franquias de refém.
O assento de Mike McCarthy está em brasas
Jerry Jones, dono do Dallas Cowboys, foi duro após a derrota na semifinal da NFC, dizendo esperar mais do time. Obviamente Mike McCarthy, head coach do time, ficou na corda bamba e chegou a se cogitar sua saída antes mesmo de 2022. Jones preferiu manter o treinador, mas uma notícia dos últimos dias deixou seu assento ainda mais quente: Sean Payton, head coach vencedor do Super Bowl pelo New Orleans Saints e que “se aposentou” em 2022, disse que quer voltar em 2023.
Payton tem uma relação de amizade forte com Jones e sua família, sendo próximos desde muito tempo. Vale lembrar que o treinador trabalhou como assistente de Bill Parcells nos Cowboys de 2003 até 2005, assumindo em seguida os Saints, onde faria história. É melhor McCarthy chegar pelo menos na final da NFC ou atualizar seu Linkedin será necessário.
A EA é uma brincalhona
Todo ano, a EA solta os ratings – equivalentes às notas – dos jogadores no Madden e sempre é uma tristeza: além do jogo ser ruim e sem novidades que impactem, muita coisa não faz sentido. Alguns exemplos da bizarrice da nova edição: Ja’Marr Chase e Xavien Howard fora do top-10 de suas posições, Tyrann Mathieu como melhor safety, Bobby Wagner na frente de Darius Leonard e Micah Parsons entre os linebackers. Quando eu julgava que o fundo do poço do jogo já tinha chego, a EA mostra que é sempre capaz de cavar mais.
Para saber mais:
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