5 lições: Silenciosamente, Packers se tornam um time muito perigoso

Mesmo quando Aaron Rodgers não faz uma partida especial, como contra o Chicago Bears, Green Bay Packers seguem vencendo e encontrando o equilíbrio.

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Os Packers seguem fortes, mesmo sem muitas de suas principais peças

Vencer quando tudo está perfeito é fácil, seguir triunfando quando as coisas não estão dando certo é que faz um time forte na NFL. Esse é o caso do Green Bay Packers: mesmo tendo perdido nomes como David Bakhtiari, Jaire Alexander e Za’Darius Smith, a equipe segue conseguindo importantes vitórias, chegando a uma sequência de 5 jogos de invencibilidade. Outro ponto é que a dependência de Aaron Rodgers é muito menor que na temporada passada. Não que seu quarterback não esteja jogando bem, longe disso: ele apenas não precisa fazer coisas espetaculares semana após semana.

Contra o Chicago Bears, um bom exemplo disso: Rodgers teve um bom jogo, não mais que isso. Porém, tudo que Green Bay fez no jogo foi muito bem executado. No lado ofensivo, Matt LaFleur fez bons ajustes na proteção, chamou jogadas de passes rápidos e soube explorar as fraquezas dos Bears. Na defesa, que está evoluindo a passos largos, conseguiu 4 sacks sobre o calouro Justin Fields e limitou Chicago a 36% de conversões em terceiras descidas. Se mantiver essa consistência, Green Bay se torna forte candidato na briga pela NFC.

Mahomes não está bem e ainda assim é muito melhor que a maioria

Não tem como negar que essa é a pior temporada de Patrick Mahomes desde que ele se tornou titular em 2018: nesse momento, ele tem 9 interceptações, o mesmo número que o calouro Zach Wilson, no New York Jets, liderando a NFL. Decisões questionáveis, tentativas de ser herói mal sucedidas e passes imprecisos vem acontecendo com maior frequência que o habitual. Entretanto,  4 dessas interceptações aconteceram por problemas de drops dos recebedores. Mahomes tendo um ano “ruim”, ainda tem 18 touchdowns, liderando a liga nisso. Pergunte a um torcedor do Denver Broncos se ele não trocaria um ano bom de Teddy Bridgewater por um ruim de Mahomes e com certeza a resposta será positiva. A régua é diferente para gênios como Patrick e um jogo mediano como o dele contra Washington chama mais atenção que um bom de qualquer quarterback meia-boca.

Ezekiel Elliott ressurgiu para NFL

Depois de 2020, parecia que o fim de Ezekiel Elliott estava próximo. O running back do Dallas Cowboys vinha com uma performance pobre e repleta de fumbles – foram 6, maior marca da NFL entre jogadores de sua posição – Zeke parecia fadado ao destino da maioria dos corredores: declinar de forma rápida após o quinto ano de contrato. Entretanto, ele deu a volta por cima e vem sendo uma peça importante para Dallas em 2021. O revezamento com Tony Pollard tem feito bem e lhe ajudado a manter o gás em alta. A volta da Dak Prescott também tirou a pressão do jogo corrido, lhe dando condições de enfrentar situações mais favoráveis. Contra o New England Patriots ele foi fator pelo chão e pelo ar? 69 jardas terrestres e 50 pelo ar. Excelente para Dallas.

Treinadores novatos também sofrem lições

O trabalho de Brandon Staley frente o Los Angeles Chargers é louvável, mas neste domingo ele teve uma lição das grandes. Nada anormal, visto que treinadores costumam cometer erros de avaliação em seu primeiro ano. O do head coach dos Chargers foi confiar que o que vinha fazendo e dando certo era suficiente para bater o Baltimore Ravens. A defesa seguiu mostrando a inconsistência contra o jogo corrido. Entretanto, a fórmula ofensiva não foi suficiente para transformar a partida num tiroteio de pontos como o ocorrido contra o Cleveland Browns, visto que Marlon Humphrey e seus colegas dominaram os recebedores. Desta forma, Baltimore controlou a partida do início ao fim. Uma aula de John Harbaugh em Staley.

Brian Flores está jogando fora tudo que fez 

Comandar uma reestruturação completa como a do Miami Dolphins nunca é fácil. Brian Flores assumiu a bronca e fez tudo de maneira interessante nos seus 2 primeiros anos, se livrando de jogadores ruins, trazendo jovens, montando uma boa defesa e escolhendo Tua Tagovailoa para ser seu quarterback do futuro. Entretanto, nesse ano ele vem colocando tudo por terra. Primeiro, não consegue dar consistência para linha ofensiva protegendo Tua. A defesa começa a perder força e não ser mais a fortaleza de 2020. Fora isso, seu gerenciamento da partida tem sido péssimo, como visto na derrota para o Jacksonville Jaguars: em menos de 1 minuto, perdeu dois desafios e consequentemente os timeouts, que lhe fizeram falta no fim do jogo. Trabalho pobre em 2021 e que pode inclusive custar sua continuidade no cargo.

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