5 lições: Velocidade não se ensina

Com um ataque envolvente e explosivo, Miami Dolphins deixa o passado para trás e prova que pode ser competitivo com Tua Tagovailoa

 


5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Quando de se têm talento, se tem esperança

Volte um pouco no tempo e imagine em 2021 o Miami Dolphins perdendo por 35 a 14 para o Baltimore Ravens no último período: era ensacar a viola e aceitar a derrota. Com uma linha ofensiva porosa, Tua Tagovailoa amedrontado pela pressão e um corpo de recebedores que tinham em Jaylen Waddle a única esperança, era triste ver os então comandados por Brian Flores.

Um ano depois, tudo mudou. Mike McDaniel chegou para ser o head coach e montou uma unidade explosiva no ataque. Terron Armstead e Connor Wlliams dão tranquilidade para Tua trabalhar. Waddle ganhou companhias velozes da melhor qualidade: Raheem Mostert, Chase Edmonds e principalmente Tyreek Hill. O camisa 10 terminou o jogo com 190 jardas e 2 touchdowns recebidos. Waddle anotou o mesmo número de vezes, fechando o jogo com 170 jardas. Tua teve 6 touchdowns lançados, para mais de 450 jardas e virou o jogo.

Pode parar de se beliscar torcedor dos Dolphins: tudo isso é verdade. Velocidade não se ensina e McDaniel sabe disso melhor que ninguém.

A defesa de Tampa é tudo que Brady precisa 

Que a fase de Tom Brady não é das melhores – em especial pelos acontecimentos extracampo que vem tomando conta do noticiário – todos sabem. Em duas rodadas, o camisa 12 teve jogos pouco inspirados e sua média neles foi de 200 jardas passadas: são apenas 2 touchdowns lançados. Mesmo assim, o Tampa Bay Buccaneers tem duas vitórias e elas passam pelo excelente trabalho da defesa, que sofreu apenas 13 pontos até agora. 

No encardido embate contra o New Orleans Saints, ela foi novamente fundamental: 3 interceptações – uma delas retornadas para TD -, 6 sacks e um fumble forçado. Se conseguir manter esse nível até a tempestade de Brady passar, Tampa estará num lucro enorme.

O certo, por vezes, é escrito por linhas tortas

Quando 2021 terminou, a era Jimmy Garoppolo era dada por findada no San Francisco 49ers, que estavam prontos para ter em Trey Lance seu novo titular. A franquia então tentou trocar Garoppolo, mas uma lesão no ombro – mais uma em sua infindável lista – fez com que o tempo fosse passando e as coisas sem complicando. Ao fim, ele aceitou reduzir o valor que recebia, reestruturando o contrato e ficando como reserva de Lance.

Quis o destino que o segundanista machucasse a perna – a informação preliminar é de fratura no tornozelo – e quem estava lá, para vencer o Seattle Seahawks e dar esperança de manter a temporada dos 49ers viva? Ele mesmo, Jimmy Garoppolo. Nessa hora, Kyle Shanahan precisa olhar para cima e dizer: “obrigado”.

A narrativa de Colts e Broncos era falsa

Um time vencedor não se constrói do dia para a noite, mas por bastante tempo se propagou que Indianapolis Colts e Denver Broncos estavam a um quarterback de serem times fariam barulho e que poderiam pensar até em Super Bowl. Com Matthew Stafford vencendo logo em sua primeira temporada no Los Angeles Rams, essa narrativa se acentuou e quando Matt Ryan e Russell Wilson chegaram respectivamente em Colts e Broncos, os torcedores explodiram de otimismo.

Bastaram duas rodadas para realidade bater forte. Os Colts empataram com o Houston Texans e nesse final de semana tomaram uma sapatada do Jacksonville Jaguars, saindo zerados. Já os Broncos perderam para o Seattle Seahawks e sofreram para bater os Texans em casa. A narrativa era falsa e por larga margem.

Viver perigosamente cobra seu preço

Nem todo dia é santo e o Cincinnati Bengals já deveria ter aprendido isso. Após virar duas partidas contra o Kansas City Chiefs em 2021, parece que o time de Joe Burrow quer viver perigosamente. Contudo, isso tem seu preço: nas duas primeiras semanas da temporada, a equipe buscou empates contra Pittsburgh Steelers e Dallas Cowboys, mas acabou derrotada no estouro do relógio. Agora, os Bengals vão precisar quebrar uma escrita: desde 2020, quando os playoffs foram ampliados para 14 times, 18 equipes começaram 0-2 e nenhuma delas foi para pós-temporada.

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