Mais uma intertemporada recheada de trocas de treinadores viu sete mudanças no total, mas isso não indica que os remanescente estão tranquilos em seus cargos para o início da temporada. Treinar uma franquia da NFL requer constante presença na disputa pelos playoffs e esse é o grande problema para os nomes que compõem essa lista, os quais precisam demonstrar bons resultados em 2021 ou a rua será seu destino em breve.
Zac Taylor, Cincinnati Bengals
É possível argumentar até mesmo que Zac Taylor nem deveria voltar para a franquia na atual temporada. Em 2019, o time foi o pior da liga com a desculpa de não possuir um quarterback, porém, mesmo com a seleção de Joe Burrow, os problemas – principalmente os ofensivos – continuaram.
Neste ano, com novas armas ofensivas e com o passador mais adaptado ao sistema, não há mais desculpa para o ataque do discípulo de Sean McVay não render. O treinador arriscou no Draft ao negligenciar Penei Sewell em prol de Ja’Marr Chase e, caso o quarterback volte a se lesionar, a culpa estará em suas mãos, tornando a situação mais crítica ainda.
Kliff Kingsbury, Arizona Cardinals
O “mini all-in” do Arizona Cardinals na free agency comprova o que vem sendo especulado desde o fim do ano passado: já passou da hora de Kliff Kingsbury demonstrar a que veio. Chegando cheio de pompa quando deixou o College, o treinador não fez a revolução prometida no ataque da franquia, mesmo selecionando o quarterback que queria em Kyler Murray.
Com um elenco muito mais completo e um bom recrutamento, a equipe possui calibre para, ao menos, fazer barulho nos playoffs; se isso não acontecer, a culpa recairá sobre o treinador.
Vic Fangio, Denver Broncos
Desde que chegou ao Denver Broncos, há dois anos, Vic Fangio recebeu tudo o que pediu a franquia: ganhou um jovem quarterback, reformulou a defesa com as peças que quis e teve a estabilidade necessária para o processo de reformulação. Em 2021, não há mais pedido de paciência e o treinador precisa mostrar que pode ser mais do que uma das melhores mentes defensivas da liga.
A franquia não ousou selecionar Fields em prol de reforçar o restante do elenco, algo que pode pesar muito se Denver não chegar, ao menos, na pós-temporada ao fim do ano. Com decisões contestáveis e questionamentos sobre sua capacidade como líder do elenco em voga, é a hora de Fangio mudar a história de sua narrativa.
Mike McCarthy, Dallas Cowboys
Na época em que a contratação de Mike McCarthy pelo Dallas Cowboys foi anunciada, ela já fazia pouco sentido pela reta final do treinador quando comandava o Green Bay Packers; entretanto, havia o benefício da dúvida e a narrativa de que “ele estava estudando para se modernizar”. É claro que há a desculpa de que o comandante perdeu Dak Prescott logo no início da temporada, mas o time foi simplesmente tenebroso em todos os aspectos, gerando questionamentos se não seria, até mesmo, hora de abortar a missão.
Com o retorno de seu franchise quarterback e um Draft inteiro voltado à melhora defensiva, a mínima meta para a equipe é disputar o topo da conferência; do contrário, o treinador demonstrará que pouco aprendeu em seu tempo ausente da liga.
Matt Nagy, Chicago Bears
A seleção de Justin Fields prolongou a estadia de Matt Nagy no Chicago Bears, mas não é salvo-conduto para que ele falhe em mais uma temporada. Se o ataque da franquia não engrenar, mesmo que a decisão seja deixar o calouro no banco, o treinador não deve voltar em 2022, já que a unidade ofensiva pouco melhorou desde sua chegada, o que era a grande esperança, e suas decisões táticas pareceram piorar a cada temporada.
Os Bears mantiveram a defesa em um nível interessante, conseguiram segurar Allen Robinson e incrementaram a linha ofensiva, fora, evidentemente, a seleção de seu novo franchise quarterback. É a hora de Nagy provar que realmente aprendeu algo com Andy Reid, pois, neste ano, ele possui todas as ferramentas necessárias para tal feito.
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