Foi dada a largada. O início da free agency, período em que os times podem contratar os jogadores que estão sem contrato, marca o começo do novo ano da NFL. A partir de 17 de março, a temporada de 2020 está oficialmente apenas na história. A data também torna oficiais os contratos negociados desde o dia 15, quando a liga permite o contato das franquias com os atletas, o chamado “legal tampering”. Além disso, todas as equipes precisam estar zeradas ou positivas na folha salarial, o que exigirá alguns malabarismos de alguns general managers. Depois de 2 dias de acordos e muitas movimentações, separei 5 vencedores do início da free agency.
Leonard Williams
Após colocar a franchise tag em Leonard Williams, Dave Gettleman não se fez de rogado e abriu a carteira para costurar um contrato de maior duração com o defensive lineman. Por três anos, o jogador receberá do New York Giants a bagatela de US$ 63 milhões (média de 21), sendo destes 45 garantidos. Para efeito de comparação, se Williams jogasse sob a tag, ele receberia US$ 19,3 milhões. O site especializado em contratos Spotrac projetava que ele recebesse ofertas na faixa de US$ 11 milhões no mercado. Williams passa a ser o segundo interior defensive lineman com maior média salarial na liga, atrás apenas de Aaron Donald. Williams também é um vencedor por seguir em Nova York por conta da comissão técnica: seu 2020 foi o melhor ano de sua carreira.
Tight Ends
Quando George Kittle renovou seu contrato com o San Francisco 49ers em 2020, a expectativa é que novos parâmetros para os contratos de tight end fossem traçados. A free agency deste ano vem confirmando as expectativas e o New England Patriots indiretamente é quem acabou sendo o termômetro. Ao pagar uma média salarial de US$ 12,5 milhões tanto para Jonnu Smith quanto para Hunter Henry, fica claro que qualquer bom jogador da posição – e frise-se que são apenas bons, mas não excelentes – irá receber valores nesta faixa, encostando nos contratos dos astros Travis Kelce e Kittle.
Joe Thuney
Tem coisa melhor para um jogador de linha ofensiva que se tornar super bem pago e ainda jogar protegendo Patrick Mahomes? Acho improvável. Essa é a nova realidade do guard Joe Thuney. Depois de passar cinco temporadas no New England Patriots, sendo a última jogando sob a franchise tag, o atlético offensive lineman testou o mercado e chegou a um acordo até certo ponto inesperado com o Kansas City Chiefs: US$ 80 milhões por 5 anos (média de 16), com 46,9 destes garantidos. Assim, ele passa a ser o segundo guard mais bem pago da NFL. O problema agora é do Indianapolis Colts, que em breve terá de renovar com o superstar da posição Quenton Nelson.
Tampa Bay Buccaneers
Por vezes, mais importante que contratar novos jogadores é conseguir deixar que seus agentes livres não saiam. Essa foi a principal caminhada dos Buccaneers neste ano e deu certo: com a ajuda de Tom Brady (Santa Gisele), que reestruturou seu contrato e abriu espaço na folha salarial, a franquia pode trazer de volta Rob Gronkowski, Lavonte David e Shaquil Barrett, além de colocar a franchise tag em Chris Godwin. Com isso, a base campeã está mantida e todos renovados ainda tem uma boa lenha para queimar nos próximos anos, fazendo com que temporadas de sucesso sejam uma tendência em Tampa no futuro breve.
New England Patriots
Discordo de alguns valores de contratos feitos pelos Patriots, em especial o do wide receiver Nelson Agholor, um tanto quanto salgado. Entretanto, ao fim dos dois primeiros dias de mercado aberto, ninguém melhorou tanto o time quanto New England. Com dinheiro disponível, Bill Belichick montou um plano e seguiu o mesmo. Sem o fator Tom Brady, os jogadores pararam de dar desconto e em alguns casos a franquia aceitou entrar na guerra do mercado para conseguir quem queria. Além disso, a maior parte das necessidades foram sanadas – na visão da comissão técnica, por mais que não concorde com algumas – e isso dá flexibilidade no Draft. Num ano em que as equipes pouco se moveram, quem puxou o gatilho com mais eloquência é vencedor.
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