7 jogadores que podem ser trocados até o início da temporada regular

Terminado o Draft e com o mercado de free agents muito mais morno do que há alguns meses, dada a escassez de boas opções ainda disponíveis, é possível dizer que os times das franquias já estão desenhados para 2017. Claro, há os cortes de pré-temporada, os quais agora reduzirão os atuais 90 jogadores dos elencos para 53, porém já é possível ter uma ideia mais ou menos clara da maioria dos titulares das equipes.

Agora, a principal maneira das franquias reforçarem seus plantéis e suprirem eventuais carências é através de trocas. Ou torcendo para algum calouro vindo do nada, um undrafted free agent, jogar muito nas partidas de pré-temporada e se revelar uma joia escondida – é difícil, mas pode acontecer.

Falando exclusivamente em trocas, podemos pensar em uma série de jogadores interessantes que podem ser alvo de negociações nos próximos meses. Nomes que perderam espaço em suas atuais equipes após o Draft e a Free Agency e, por isso, talvez possam ser liberados em troca de alguma compensação vantajosa, sobretudo escolhas no próximo Draft. Lembrando que um atleta dispensável em um lugar pode ser a peça que falta no quebra-cabeça de outro. Vejamos a lista.

Jordan Matthews – WR, Philadelphia Eagles

Nos últimos dois anos, Matthews tem sido com sobras o principal wide receiver dos Eagles. O jovem de 24 anos nunca foi espetacular, mas sempre foi o recebedor mais confiável em um grupo que, a bem da verdade, oferecia pouquíssima concorrência. Esta situação, contudo, pode mudar em 2017. Além de contratar Alshon Jeffery e Torrey Smith na Free Agency, Philadelphia também investiu duas escolhas intermediárias no Draft (4ª e 5ª rodada) em wide receivers, trazendo Mack Hollins e Shelton Gibson.

Ou seja, a briga pela titularidade e pelos passes de Carson Wentz promete ser bastante acirrada. Ademais, Matthews também está no último ano do seu vínculo de calouro e, até agora, não existem grandes novidades sobre a assinatura de um novo contrato. Deste modo, trocá-lo agora faria ainda mais sentido, pois a franquia poderia lucrar alguma coisa ao invés de arriscar perdê-lo de graça na próxima intertemporada.

Do ponto de vista esportivo, manter Matthews é o certo. Por ora, ele é o que menos desperta dúvidas, já que Jeffery sofre com muitas lesões ao longo da carreira, Smith vem de duas temporadas fracas com os 49ers e os outros dois são calouros. Além do mais, ter profundidade de talento na posição é essencial. Já do ponto de vista dos negócios, trocá-lo com outra equipe por uma escolha intermediária, talvez de terceira ou quarta rodada, pode ser o mais aconselhável, principalmente se Philadelphia acreditar que um acordo de longa duração não é vantajoso. Certamente haverão interessados.

Jeremy Hill – RB, Cincinnati Bengals

Hill começou sua carreira na NFL com tudo, anotando nove touchdowns e obtendo uma excelente média de 5,1 jardas por tentativa de corrida em seu ano de calouro (2014). De lá para cá, entretanto, seu desempenho tem sido apenas regular. Ele continua sendo uma ótima arma na beira da end zone, finalizando campanhas e somando touchdowns, mas sua média de jardas por corrida caiu consideravelmente, ficando abaixo de quatro.

Uma prova de que Cincinnati não está satisfeito com seu desempenho foi a escolha de Joe Mixon na segunda rodada do último Draft. O ex-running back de Oklahoma e agressor de mulheres deverá assumir o protagonismo no backfield, transformando-se no “carregador de piano” do time. Assim, Hill perderá bastante espaço, vendo seus snaps diminuírem ainda mais – lembrando que ele já os dividia com Giovani Bernard, o qual continua no elenco.

Enfim, uma troca pode ser a melhor solução tanto para o jogador quanto para a franquia. Jeremy terá mais oportunidades de ficar em campo e os Bengals poderão ter algum ganho antes que seu contrato de calouro se encerre em 2018. Assinar um vínculo de longa duração hoje parece extremamente improvável por conta da chegada de Mixon, então Hill tem tudo para sair de graça na próxima offseason. Por outro lado, o que pesa a favor da sua permanência é a falta de opções da equipe na posição: Rex Burkhead, antigo terceiro reserva, foi embora na Free Agency e Bernard está se recuperando de uma grave lesão no joelho.


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Matt Jones – RB, Washington Redskins

Alguém aí ainda lembra de Matt Jones? Em 2015, o running back roubou carregadas de Alfred Morris, impressionou a comissão técnica de Washington e assumiu a titularidade do time no início da temporada passada. Porém, após sofrer com alguns fumbles, caiu em desgraça e ficou de fora das últimas nove partidas de 2016, perdendo o emprego para “Fat” Rob Kelley.

Atualmente, Jones está enterrado no depth chart dos Redskins, atrás de Kelley, Chris Thompson e do calouro Samaje Perine. É evidente que a franquia não pretende mais contar com os seus serviços, tanto que inclusive já o ofereceu para outras equipes. Jones pode ser uma opção viável para alguém carente de profundidade no grupo de running backs, mas será difícil ofertas boas por um jogador que nunca fez nada de muito especial na NFL e ainda acabará sendo cortado mais cedo ou mais tarde.

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Alfred Morris ou Darren McFadden – RBs, Dallas Cowboys

Ezekiel Elliott é o cara no backfield dos Cowboys e será por muito tempo. Com o monopólio de carregadas do segundanista, faz sentido para Dallas tentar negociar Morris ou McFadden, seus reservas imediatos. Embora estejam perto da casa dos 30 anos de idade, os dois são bons substitutos e talvez possam ser mais úteis para alguma equipe que precise de mais ajuda na posição.

No caso, a franquia do Texas poderia trocar um deles, pois manter ambos no plantel para ser reserva é um luxo desnecessário – a menos que, por exemplo, Dallas enxergue Morris como o substituto natural de Elliott e McFadden como um running back de terceiras descidas, mais focado em agarrar passes. Seja como for, vale dizer que trocar um corredor beirando os 30 anos não é uma tarefa simples.

Dion Lewis – RB, New England Patriots

New England já possuía um backfield recheado de talento em 2016, mas mesmo assim resolveu investir forte na posição trazendo Rex Burkhead e Mike Gillislee na Free Agency. Além dos dois, a franquia também terá como boas opções James White e Dion Lewis, remanescentes da temporada passada. Com tantas alternativas, é possível que alguém dessa lista não esteja com o time em setembro, sobretudo alguém do trio Burkhead, White e Lewis, pois os três possuem características quase iguais de jogo (no caso, a facilidade para receber passes).

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Lewis parece ser quem está com o emprego mais ameaçado. Após sofrer uma séria lesão no joelho em 2015, o running back não voltou a atuar no mesmo nível de antes durante o ano passado e, além disso, perdeu espaço graças à ascensão de James White – um dos heróis na conquista do Super Bowl LI. Como quase ninguém está imune à navalha de Bill Belichick, Lewis pode acabar sendo cortado ou negociado com outra equipe, caso haja interessados.

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Sheldon Richardson – DE, New York Jets

A situação de Richardson é uma das novelas mais monótonas e sem emoção dos últimos tempos. Resumindo, os Jets o estão oferecendo para todo mundo e tentando trocá-lo desde o ano passado, porém até agora não encontraram alguém disposto a pagar o preço que eles querem.

New York e o defensor de 26 anos não conseguem de jeito nenhum chegar a um acordo de renovação contratual e a franquia teme, portanto, perdê-lo de graça ao término do atual vínculo, que se encerra em 2018 – na verdade, não seria exatamente de graça, pois um jogador do calibre de Richardson renderia uma escolha compensatória alta, mas a equipe deseja receber mais. Assim, os Jets buscam desesperadamente um parceiro para fechar negócio. O defensive end é um dos melhores da liga jogando na formação 3-4, até por isso o preço de uma eventual troca não será baixo.

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