Como já é tradicional no Draft, alguns bons nomes acabam ficando de fora do primeiro dia, afinal, são apenas 32 escolhidos e entre encaixes, valores posicionais e dúvidas sobre saúde, alguns nomes acabam ficando de lado. Running backs, por exemplo, sofrem pela baixa procura na primeira rodada: com a facilidade em encontrar valores de qualidade em rounds inferiores, dificilmente existe uma corrida por nomes da posição. Outros que acabam perdendo cotação são os que mostraram talento, mas se lesionaram, afinal de contas, estar disponível é uma grande habilidade. Separamos os 8 melhores jogadores disponíveis no segundo dia do Draft.
Jeremiah Owusu-Koramoah, LB, Notre Dame
Linebacker moderno, com grande capacidade de se mover pelo campo, pode cobrir qualquer oponente, seja um slot receiver veloz ou mesmo um tight end no meio do campo. Jogador muito inteligente, antecipa bem o que está acontecendo e reage com velocidade. Ataca bem o backfield, sendo presença constante no com tackles para perdas de jardas.
Por que caiu? É menor que o padrão da NFL e isso pode ter impacto entre os times, que preferiram não arriscar. Não é tão bom saindo dos bloqueios, sofrendo dentro do box e o limitando para jogar como o middle linebacker.
Jalen Mayfield – OT – Michigan
Tem grande mobilidade, conseguindo chegar nos linebackers com facilidade, sendo um nome muito interessante para times que rodem bastante o sistema de bloqueios de zona. Bem flexível, não tem muitos problemas contra pass rushers velozes e que querem lhe bater por fora, contornando o arco. Jovem, ainda tem espaço para crescimento.
Por que caiu? Suas medidas de braço foram mais curtas que se esperavam e isso pode fazer com que alguns times os vejam como guard e não offensive tackle. Seus tempos no Pro Day foram ruins e ele pareceu desleixado, o que gera grande preocupação.
Wyatt Davis- iOL – Ohio State
É um atleta por natureza, daqueles que espanta pelo tamanho e espontaneidade com que executa os movimentos do futebol americano. Nome muito visado por equipes que rodem o sistema de bloqueios em zona majoritariamente, se move bem e é muito forte, conseguindo sustentar os bloqueios pelo tempo necessário para que ser corredor leia e avance.
Por que caiu? Seu 2020 foi abaixo de 2019 e a queda de produção pode ter espantando os times. Ainda precisa evoluir na proteção ao passe e isso pode ter feito as equipes acreditarem que não vale uma seleção na primeira rodada. Jogadores do miolo de linha ofensiva são pouco escolhidos no primeiro round, pela facilidade em se encontrar valor mais para baixo.
Terrace Marshall Jr. – WR – LSU
Tem o tamanho clássico para ser o famoso recebedor 1 na NFL e mostrou velocidade para atacar o fundo do campo. Sabe usar as mãos para sair da pressão na linha de scrimmage, algo que é problemático na maioria dos wide receivers vindos do College Football. Tem grande impulsão e usa muito sua envergadura para conseguir vencer em bolas no alto.
Por que caiu? Só foi ter impacto e aparecer após as saídas de Ja’Marr Chase e Justin Jefferson, antes sendo apenas um bom coadjuvante. Teve alguns drops por falta de concentração em seu último ano. Ainda é um pouco cru nas rotas e precisará ser refinado neste ponto.
Rondale Moore – WR – Purdue
Um azougue em campo, Rondale Moore é capaz de fazer qualquer coisa, sendo explosivo. Joga com uma fisicalidade surpreendente para seu tamanho, derrubando jogadores bem maiores. As rotas são muito bem corridas e sua mudança de direção é de alto nível. Produz como poucos depois da recepção, transformando qualquer jogada em um home run.
Por que caiu? Seu tamanho e peso preocupam bastante sobre como será sua transição para NFL: 1,70m e 81kg não são números animadores. Além disso, seu histórico de lesões é bastante extenso, fazendo com que nas duas últimas temporadas tenha jogado apenas 350 snaps ao todo.
Trevor Moehrig – S – TCU
É um jogador muito completo, podendo fazer qualquer coisa que a função exija com eficiência. Tem capacidade para cobrir longos espaços, podendo jogar no fundo do campo sozinho, o que é muito procurado pelas equipes da NFL. Sabe marcar homem-a-homem, podendo ser uma arma tanto cobrindo tight ends quanto slot receivers.
Por que caiu? A posição de safety sofreu um decréscimo de valor nos últimos anos, fazendo com que times possam conseguir bons jogadores a preços razoáveis no mercado e isso automaticamente derruba os novatos no Draft. Sua falta de efetividade contra o jogo corrido pode ter pesado contra também.
Joseph Ossai – EDGE – Texas
Explosivo, é um atleta que muda de direção com fluidez e vence muitas batalhas por conta disso, sendo muito rápido no snap. Joga com intensidade máxima, não parando por um segundo até o apito dos árbitros. As mãos são agressivas e ajudam a criar pressão, sabendo atacar de formas diferentes. Protege o peito e dificulta muito os bloqueadores.
Por que caiu? Apesar de ter boa explosão, não é muito flexível, o que dificulta sua capacidade de contornar o arco e pode ter feito os times o deixarem para depois no Draft. O processamento mental ainda precisa ser melhor: enxerga bem o jogo, mas não reage dá mesma forma.
Richie Grant – S – UCF
Muito inteligente, sabe ler os quarterbacks e antecipar o que o ataque fará, conseguindo sucesso por conta disso. É um ótimo tackleador, raramente cedendo jardas depois da recepção ou mesmo parando o jogo corrido. É muito agressivo procurando a bola no ar, sabendo vencer combates em bolas contestadas e as mãos são dignas de um recebedor: 10 interceptações em seus tempos de College Football.
Por que caiu? Não é tão veloz, podendo fazer com que times desconfiem em lhe deixar como único defensor no fundo do campo. Precisará aprender a marcar homem a homem na linha de scrimmage, algo essencial para um safety na NFL de hoje. Também pesou o menor valor da posição no Draft.
