As 10 melhores histórias para prestar atenção durante os Training Camps

[dropcap size=big]O[/dropcap] mês de julho vai chegando ao fim e com ele o período mais nebuloso da offseason: o intervalo entre o Draft e os Training Camps, momento no qual quase nada de relevante acontece e as principais notícias se resumem a Jimmy Garoppolo saindo com uma atriz de filmes adultos. A maioria das franquias já iniciaram seus treinamentos, logo mais a bola voa para os confrontos de pré-temporada e a temporada regular está a menos de 45 dias distante.

Aproveitando que o mundo da NFL está aos poucos voltando a girar, preparamos uma espécie de guia com as melhores histórias a serem acompanhadas durante os Training Camps, ou seja, com os assuntos que possivelmente dominarão as manchetes nas próximas semanas. Obviamente mais coisas importantes acontecerão conforme os treinamentos e as partidas de pré-temporada forem se desenvolvendo, mas isso é o que você precisa saber para começo de conversa.

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1- Patrick Mahomes titular em Kansas City

Existe uma grande expectativa acerca desse novo ataque dos Chiefs comandado por Patrick Mahomes. Todo mundo deve estar curioso para ver o que o segundanista vai ser capaz de fazer com armas como Travis Kelce, Tyreek Hill e Sammy Watkins – além de Kareem Hunt no backfield. A era do conservadorismo com Alex Smith, trocado para Washington ainda em janeiro, chegou ao fim, dando espaço para a ascensão de Mahomes, um quarterback jovem, arrojado, dono de um braço incrível e milhões de vezes mais propenso a fazer big plays – e a cometer mais turnovers, diga-se de passagem.

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Pois bem, no papel tudo isso parece perfeito, mas a verdade é que ninguém tem ideia se Mahomes está realmente pronto para ser titular na NFL. O Training Camp e mesmo as partidas de pré-temporada serão a primeira oportunidade de vê-lo em ação por mais tempo. Além disso, as várias semanas de treinamento também servirão para ele criar química com os recebedores e se familiarizar totalmente com o sistema ofensivo de Andy Reid.

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2- Lamar Jackson

Não vamos falar sobre disputas posicionais neste texto, pois teremos um outro dedicado exclusivamente ao assunto. Na verdade, nem existe uma disputa em Baltimore, haja vista o emprego de Joe Flacco estar praticamente garantido para 2018. Por que então Lamar Jackson está aqui? Porque ele é notícia e você ainda vai ouvir muito sobre o calouro pelo menos até o início da temporada regular.

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A cada passe bonito completado, cada touchdown lançado, cada big play, o nome de Jackson estará em alguma manchete. Por exemplo, o jovem foi muito elogiado no começo da semana pela comissão técnica dos Ravens. Segundo o coordenador ofensivo Marty Mornhinweg, Lamar está evoluindo muito rápido e já roubou o lugar de Robert Griffin III como reserva imediato de Flacco. Se a expectativa já está alta hoje com poucos dias de treino, imagine então quando Jackson ir a campo nos jogos de pré-temporada.

3- O retorno de Andrew Luck (e de vários outros quarterbacks lesionados)

Demorou muito mais do que os torcedores dos Colts gostariam ou esperavam, mas finalmente aconteceu: Andrew Luck voltou a lançar e não está mais sentindo dor no ombro direito. Após inúmeras idas e vindas, recaídas, informações desencontradas e uma temporada inteira longe dos gramados, Luck parece enfim pronto para retomar sua carreira – lá se vão 18 meses desde que o quarterback esteve em campo pela última vez, na vitória por 24 a 20 sobre Jacksonville no 01/01/2017.

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Contudo, antes de nos empolgarmos com a recuperação, é preciso ter calma. O signal caller exigiu pouco do seu ombro operado em atividades esporádicas da intertemporada. O Training Camp será sua prova de fogo. Se ele suportar bem a intensa carga de treinamentos e continuar livre da dor, aí sim poderemos dizer que ele está de volta. Ademais, Luck certamente está “enferrujado” e com pouco ritmo depois de tanto tempo parado, por isso o Training Camp e os jogos de pré-temporada serão tão importantes para ele.

Além de Luck, vários outros quarterbacks também estão retornando. Carson Wentz e Deshaun Watson estão se recuperando de lesões no ligamento do joelho sofridas durante a última temporada regular. Ambos começaram o Training Camp fora da PUP List – uma notícia excelente -, mas ainda treinando de maneira limitada. A expectativa, porém, é que os dois estejam preparados para a semana 1. Outro que também está de volta após machucar o joelho é Ryan Tannehill. O quarterback dos Dolphins, por outro lado, já está liberado para treinar, pois sua lesão aconteceu há quase um ano.

Por fim, veremos Aaron Rodgers completamente curado depois de quebrar a clavícula em 2017. Rodgers chegou a atuar no final da temporada passada, mas foi na base do sacrifício e longe das condições físicas ideais. Agora, entretanto, ele estará 100% pronto.

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4- O novo Cleveland Browns

Não bastasse estrelar a edição 2018 do programa “Hard Knocks”, Cleveland recentemente também ganhou as manchetes e as redes sociais com uma paródia hilária do seriado “The Office”. Resta saber se toda essa visibilidade fora do campo se converterá em alguma coisa positiva dentro dele. Entenda “alguma coisa positiva” como qualquer coisa diferente do 1-31 de Hue Jackson nas últimas duas temporadas.

O novo general manager John Dorsey foi bastante agressivo na offseason tentando qualificar o elenco dos Browns, trocando por jogadores como Tyrod Taylor, Jarvis Landry e Damarious Randall. O Training Camp será a chance de ver o pacotão de reforços junto e tentar descobrir se esses nomes darão liga dentro de campo. Também deve ser intensa a disputa entre Taylor e o calouro Baker Mayfield pela titularidade na posição de quarteback. Pelo bem ou pelo mal, Cleveland será uma das franquias mais interessantes de acompanhar durante o mês de agosto.

5- Seattle Seahawks pós-apocalipse

Assim como Cleveland, os Seahawks também merecem receber uma atenção especial durante o Training Camp, embora o motivo seja diferente. Se nos Browns existe uma certa empolgação com os reforços e a perspectiva de dias melhores, em Seattle o cenário é exatamente o oposto, quase de terra arrasada.

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Ninguém, provavelmente nem o próprio Pete Carroll, tem ideia do que será do time após o desmanche sofrido na intertemporada, desmanche este que contou com as saídas de atletas como Michael Bennett, Kam Chancellor, Richard Sherman, Cliff Avril, Jeremy Lane, DeShawn Shead, Jimmy Graham, Sheldon Richardson etc. É o fim de uma era em Seattle. Daquela defesa formidável que carregou a franquia a dois Super Bowls sobraram praticamente só dois nomes: Earl Thomas e Bobby Wagner. Some a isso dúvidas do outro lado da bola, como uma linha ofensiva ruim e problemas no ataque terrestre, e temos um cenário para lá de nebuloso.

Contudo, para não dizerem que estamos sendo apenas catastróficos, vamos dar um motivo alegre e otimista para acompanhar o Training Camp dos Seahawks: Shaquem Griffin. Dono de uma história de vida incrível, Shaquem jogará ao lado de seu irmão, Shaquill, em Seattle. Para quem não sabe, Griffin precisou amputar a mão esquerda quando criança, mas isso não o impediu de chegar até a NFL. Agora, com os treinamentos mais pesados, poderemos ter uma ideia mais clara de qual será o seu papel na equipe – safety? Linebacker? Jogador dos times especiais?

6- Suposta crise nos Patriots

Calma, a dinastia por enquanto continua mais do que intacta, mas, segundo várias informações, o relacionamento entre Tom Brady e Bill Belichick não vive seus melhores dias. Tudo começou com uma bombástica reportagem da ESPN norte-americana no mês de janeiro, na qual era relatada a disputa de poder entre Brady, Belichick e Robert Kraft, o dono da franquia. O conteúdo da matéria, porém, logo foi desmentido por todas as partes citadas. Mais tarde, o falatório voltou durante a intertemporada com a ausência do quarterback em treinamentos voluntários, além do imbróglio com a suposta tentativa de trocar Rob Gronkowski – um boato, aliás, dava conta que Brady supostamente teria ameaçado se aposentar se New England negociasse o tight end.

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O quanto disso tudo é verdade, exagero ou boataria sem sentido é quase impossível de saber para quem não vive os bastidores da franquia. Em todo o caso, é uma situação que merece ser acompanhada com um pouco mais de atenção, afinal o Training Camp marcará o reencontro entre Brady e Belichick desde que as notícias sobre o desgaste na relação de ambos ficaram mais frequentes.

Nosso palpite, todavia, é que mesmo se eventualmente não se suportarem mais, eles manterão o profissionalismo e tudo correrá na mais perfeita paz e harmonia nos treinamentos, pois Brady e Belichick são dois grandes profissionais que são pensam em vencer.

7- Mitchell Trubisky e o potencial ótimo ataque dos Bears

Chicago foi um dos times que mais empolgou os torcedores durante a offseason, portanto é natural que eles despertem muito interesse no Training Camp. O motivo de toda essa expectativa foi a grande revolução no ataque promovida pelo front office. Uma mente ofensiva conceituada foi contratada por ocupar o cargo de head coach (Matt Nagy), assim como um novo coordenador com histórico de sucesso no College (Mark Helfrich). Dentro de campo, a franquia trouxe reforços de peso como os recebedores Allen Robinson, Taylor Gabriel e Anthony Miller, além do tight end Trey Burton.

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Agora, a bola está literalmente nas mãos de Mitchell Trubisky. Caberá a ele dar o salto de qualidade que fará todas estas movimentações produzirem os resultados esperados. Os relatos iniciais dão conta que o quarterback vem sofrendo no início do Camp e sendo bastante inconsistente, mas isso é o natural após tantas mudanças de nomes e filosofia. Tem muita água para rolar debaixo da ponte até a semana 1 da temporada regular. Ademais, mesmo que por enquanto seja uma crueldade comparar os Bears de 2018 com os Rams de 2017, vale lembrar que Los Angeles e Jared Goff não empolgaram ninguém durante a última pré-temporada até finalmente engrenarem quando era para valer.

8- Jon Gruden treinando um time de futebol americano de novo

Jon Gruden está de volta às sidelines e após receber um contrato de 10 anos e 100 milhões de dólares é melhor que ele leve os Raiders a algum lugar. Tudo, porém, começa pelo Training Camp. Os treinamentos nos darão uma ideia mais clara do que o head coach está planejando para a sua equipe, além de mostrar se ele não perdeu o jeito como treinador. Mesmo com um histórico de muito sucesso na NFL, não é simples passar quase 10 anos em uma cabine de transmissão e voltar à ativa.

Outro motivo para o Camp de Oakland possivelmente estar sempre nas manchetes é o fato de Gruden ser uma personalidade muito carismática, o que deve gerar muitas interações legais com a mídia. E Marshawn Lynch, claro. O running back também proporciona vários momentos curiosos com a imprensa.

9- Greves

Training Camp é sinônimo de preparação e ajustes para a temporada regular que está logo ali virando a esquina, mas também é sinônimo de jogadores pistolas brigando por melhores contratos. As greves de 2018 já começaram a todo vapor com Aaron Donald e Julio Jones não se apresentando aos seus respectivos times. Outro que também não aparecerá para treinar de jeito nenhum é o taggeado Le’Veon Bell, ainda mais depois de Todd Gurley assinar um acordo de 60 milhões com os Rams.

Outros nomes de peso que também aderiram à greve foram Khalil Mack e Earl Thomas – o safety, por sinal, reivindica um novo contrato ou ser trocado. Já Odell Beckham Jr., David Johnson e Taylor Lewan flertaram com o protesto, mas não cumpriram a ameaça e se reapresentaram na data correta. Vejamos se eles não mudaram de ideia até o Training Camp acabar.

10 – Free agents de peso ainda sem lugar para jogar

O Training Camp é uma das últimas chances para jogadores ainda sem contrato arrumarem uma equipe em 2018. As franquias sempre buscam uma peça de última hora para suprir uma eventual carência no elenco ou substituir alguém que se machucou. For o caso, por exemplo, dos Giants e o outside linebacker Connor Barwin. Entre os principais nomes ainda disponíveis no mercado temos Dez Bryant – ele recentemente foi especulado nos Browns -, Adrian Peterson, Kenny Vaccaro, Eric Reid, Bashaud Breeland e Johnathan Hankins.

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