Epa, não começou a cobertura do Draft? É, começou, conforme você pode conferir clicando aqui em nosso índice. De toda forma, 2017 está apresentando um momento atípico para a NFL: vários medalhões ainda estão no mercado.
Ao que tudo indica, os general managers perceberam que o salário de um calouro é infinitamente melhor – e às vezes, com produtividade mais segura – do que contratar um veterano laureado. Com essa demanda menor, o preço dos medalhões caiu. Não surpreende que nomes como Darrelle Revis e Adrian Peterson ainda estejam disponíveis. Outros, como Victor Cruz e Colin Kaepernick, também figuram nessa lista.
Ante esse panorama, pensei neste post. A exemplificação máxima do que considero A BARGANHA da free agency é a contratação de Brandon Marshall pelos Giants. Sim, ele pode machucar. Sim, ele é chiliquento. Mas pelo o que foi pago e pelo poder de fogo que o lado azul de Nova York terá no corpo de recebedores, valeria a pena. Marshall tem contrato de dois anos e 11 milhões – mas como apenas 5 deles são garantidos, na prática é um contrato de um ano. Se ele fizer caca, tá na rua.
Se eu fosse general manager (talvez excetuando Revis-Cowboys) eu não arriscaria nenhuma das contratações abaixo. É, eu sei, parece hipócrita. Por que eu escrevi isso tudo então? Bom, porque ainda acho que algum general manager vai apertar o gatilho de hoje até a Semana 1 da temporada 2017.
Ah, observação importante: É difícil apontar valores aqui, mas necessariamente tem de ser uma hiper barganha contratual. Colin Kaepernick a 4 milhões por ano num contrato de dois anos. Adrian Peterson num contrato de 3 anos, 15 milhões – sendo 6 deles, garantidos. Esse tipo de coisa. Vamos lá, então?
Darrelle Revis nos Cowboys a um preço digno
Embora o rumor que circule na feira é que o New England Patriots trará Revis de volta a preço de banana, não é como se defensive back fosse uma necessidade em Foxboro. Com a não-troca de Malcolm Butler, é menos ainda.
Rod Marinelli, coordenador defensivo dos Cowboys, fez muito com poucos ingredientes no ano passado. Embora Dallas certamente deva escolher pelo menos um defensive back no Draft. A equipe perdeu Barry Church, JJ Wilcox, Brandon Carr e Morris Claiborne para a free agency. Considerando que Marinelli joga em muitas oportunidades em cover 2 ou cover 3 e que ele manda pouca blitz – como aconteceu nos Jets, transformando a Revis Island num resort – a equipe é um destino plausível para Darrelle.
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Ele não seria queimado como foi no MetLife Stadium, dado que teria constantemente a ajuda de pelo menos um safety. Ademais – pelo preço certo e ABAIXO do que se pagaria no início de março, tal qual TODOS os jogadores desta lista – Revis poderia ser um bom tutor para futuros defensive backs que viessem pelo Draft.
Colin Kaepernick como reserva num time com quarterback móvel
Qual a chance de Cam Newton, Russell Wilson e Tyrod Taylor não perderem PELO MENOS um jogo por lesão nos próximos dois anos? Convenhamos que é mínima. E combinemos também que não é como se os reservas atuais contribuíssem para uma chance de vitória. Em Seattle, por exemplo, Trevone Boykin acabou de ser preso por posse de maconha e pode acabar sendo suspenso.
Em Carolina, Cam Newton é uma gigante pinhata e eu apostaria minha casa que pelo menos um jogo ele perde por lesão nos próximos anos. Não que ele seja de vidro, muito pelo contrário – é que não confio na linha ofensiva mesmo.
Sendo assim, por que não contratar um cara que seja móvel e que não vá atear fogo nas chances de vitória de um time? Sim, Kaepernick pode ser considerado uma distração de vestiário, mas eu sinceramente não acho isso com tanto vigor. Colin, aparte dos protestos (que, hey, foram silenciosos) sempre se mostrou introvertido e não é como se, sendo reserva, causasse foco assim.
Talvez o ideal seria que ele fosse para Seattle por conta da Costa Oeste americana ser tradicionalmente mais liberal que, bom, a Carolina do Norte. Pelo preço certo – por mais que eu deteste que ele corra ao invés de fazer progressão de recebedores – não me soa uma má ideia.
Qualquer recebedor em Tennessee ou em Buffalo
Anquan Boldin teve oito touchdowns no ano passado e está sem emprego. Victor Cruz, por mais que tenha duzentas milhões de lesões por temporada, também.
Aí eu fui relembrar os elencos de recebedores de Buffalo e Tennesssee. No primeiro caso, temos Sammy Watkins (que se machuca a rodo) e a rapa. No segundo… Rishard Matthews? Bom, não é como se ambos os elencos fossem estelares na posição.
Sim, eu sei que nos dois casos as equipes devem focar na posição via Draft. Mas não é como se um Boldin/Cruz da vida não fossem de boa utilidade, convenhamos. De maneira secundária a esses dois times, Bears e Panthers também poderiam pensar no caso.
Um running back para Tampa Bay, Las Vegas Oakland ou Philadelphia
Caso você tenha esquecido, Adrian Peterson e Jamaal Charles, dois dos nomes responsáveis por títulos de fantasy de alguns de nossos leitores em algum momento de sua vida, estão desempregados. E não é como se não houvesse necessidade de corredores na NFL.
Há, na verdade, uma classe talentosa de running backs no Draft – como há muito não havia. Cook, Fournette, McCaffrey, (o agressor de mulheres) Mixon, enfim, há vários nomes que podem sair na primeira rodada do próximo recrutamento. Por conta disso, da idade, do valor que eles querem e de seu histórico de lesões, Charles e Peterson ainda estão diariamente entrando no catho.com
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Não quer dizer que eles ficarão lá para sempre. No caso dos Eagles, considerando que o time corte Ryan Mathews, abre-se um pouco de espaço no teto salarial (sim, eu sei que não tem nada de espaço quase, por isso é mais condicional). Ah, e vale lembrar que o técnico dos Eagles, Doug Pederson, foi coordenador ofensivo de Charles em Kansas City.
No caso dos Raiders, a equipe perdeu Latavius Murray para o Minnesota Vikings. Que tal pegar um running back que era dos Vikings? Se Adrian Peterson criar vergonha na cara e pedir menos dinheiro, é uma possibilidade. O mesmo com Tampa Bay, dado que a equipe tem um Doug Martin suspenso neste ano por algumas partidas e é carente no setor.
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Tudo isso acima pelo preço certo, claro. E tudo há de ser extremamente ponderado pelos times. Estando sua causa certa ou não (eu julgo correta), Colin Kaepernick vem com a imprensa junto no Training Camp. Adrian Peterson e Jamaal Charles vem com sua bagagem de lesão. Victor Cruz idem. Darrelle Revis foi queimado no ano passado, mas quem sabe num sistema com menos blitz e mais ajuda de safety ele se saia melhor? Esses são os pontos. Agora é esperar para ver se eles conseguirão um time ou não.
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