Brady brilha e esforço coletivo leva New England ao 10º Super Bowl

[dropcap size=big]O[/dropcap] New England Patriots era favorito por um touchdown nas bolsas de apostas de Las Vegas. Faltou avisar isso ao Jacksonville Jaguars: a equipe dominou boa parte do jogo e entregou um dos maiores desafios que os Patriots tiveram nesta temporada.

No meio do segundo quarto, os Jaguars lideravam a partida por 14 a 3. Aí que entrou a eficiência situacional dos Patriots: numa campanha ao final do mesmo período, o time reduziu a diferença para quatro pontos. O terceiro quarto foi reservado para troca de punts e pontuações menores, com field goal pra cá e pra lá. Ao adentrar o quarto derradeiro, o placar do Gillette Stadium marcava 20 a 10 para os Jaguars. Duas posses.



É neste momento que as lendas são criadas

Tom Brady não contou com Rob Gronkowski no segundo tempo, tal qual não teve seu tight end no Super Bowl LI. Mesmo assim, liderou a 11ª virada de sua carreira em últimas campanhas de partidas de playoff. No domingo, foram 138 jardas passadas, dois touchdowns e cinco jogadas para mais de 15 jardas. Todas, melhores marcas de Brady num quarto período desta temporada.

Além de Brady e todo seu poder de decisão, o resto do ataque dos Patriots apareceu quando o time precisava. Tom confiou bastante em Danny Amendola na falta de Julian Edelman e Rob Gronkowski. Durante a Operação Virada, foram cinco passes recebidos para 56 jardas no último quarto – incluindo os dois touchdowns.

Brandin Cooks também foi bem, esticando o campo e abrindo espaços nos passes curtos para os demais jogadores. Depois de algumas partidas aquém na conexão Cooks-Brady (4-13 desde a Semana 13), o domingo viu três passes completos de cinco tentados e uma média de 13,4 por tentativa – sendo que antes a média era de 8,2. Não conta para a estatística, mas Cooks foi alvo de dois passes nos quais foi marcada interferência – as quais acabaram totalizando 68 jardas.

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Além dos skill players, a proteção ao passe foi essencial para que Brady conseguisse orquestrar mais uma virada impressionante. Os Jaguars tiveram média de 33% de pressão ao quarterback durante a temporada regular – segunda melhor marca da NFL. Contra os Patriots ontem, apenas 19%. Jacksonville até conseguiu pressão no início do jogo, com seis pressões nos 15 primeiros recuos de passe. Mas apenas uma pressão nos 24 finais. Dando tempo para Brady, você sabe: o cara vira Super Sayajin.

Os Jaguars até conseguiram sacks – três, para ser mais específico. Num deles, os Patriots entraram num buraco: terceira para 18. Ali, a jogada-chave da partida. Ali, a grandeza de Brady mais uma vez apareceu: ser decisivo quando se precisa. A conversão acontece, New England vai para o no-huddle e ganha 31 jardas num flea flicker para Phillip Dorsett. Três jogadas depois os Patriots virariam a partida para não olhar para trás e ir rumo a Minneapolis para o Super Bowl LII.

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