Brady vs Revis e os 4 outros duelos importantes no domingo da Semana 12

Se você já ficou no clima de NFL com a maratona de jogos da quinta-feira, você não perde por esperar neste domingo. As 32 equipes jogam nesta rodada, e teremos mais 13 partidas entre domingo e segunda. Na Semana 13, Tennessee Titans e Cleveland Browns estarão de folga – então, se você tem DeMarco Murray no Fantasy, já tenha uma segunda opção nas mãos para semana que vem.

Pois bem, aqui vamos apontar alguns duelos individuais – seja um quarterback contra uma defesa, um wide receiver contra um cornerback específico ou dois grupos (linha ofensiva contra linha defensiva) que podem ser decisivos para os matchups da Semana 12 da NFL. A começar por…

1 – Julio Jones enfrenta Patrick Peterson (Arizona Cardinals @ Atlanta Falcons)

Em que pese as dificuldades ofensivas do Arizona Cardinals na temporada – capitaneadas por Carson Palmer, o verdadeiro espetáculo virá no duelo entre dois jogadores de elite. O cornerback Patrick Peterson terá a dura tarefa de marcar Julio Jones, num encontro entre dois que podem ser considerados os melhores de suas respectivas posições. É um debate aberto, claro, mas o que não é discutível é que são talentos monstruosos.

Julio Jones é o líder da NFL em jardas recebidas, com 1.105, e em jardas por rota (3.32), e Patrick Peterson precisa isolar o camisa 11 do jogo. O ataque do Atlanta Falcons tem sido o motivo pelo qual eles lideram a NFC South, com um duo de running backs versátil e complementar, um quarterback em grande fase, tudo isso ancorado por uma sólida linha ofensiva. Frear Julio Jones é um grande primeiro passo se o Arizona Cardinals pretende conquistar sua quinta vitória e entrar firme na disputa por uma vaga de wild card.

2 – Batalha de veteranos: Tom Brady enfrenta Darrelle Revis (New England Patriots @ New York Jets)A 

Não é segredo para ninguém que a forma de cornerback de Darrelle Revis já não é a mesma das temporadas passadas. O próprio camisa 24 já admitiu que está velho, que o corpo já não é o que era antes. Um dos pilares das grandes times do New York Jets no final dos anos 2000, Revis enfrenta seu nêmesis daqueles mesmos anos: Tom Brady.

O camisa 12 do New England Patriots parece ser infinito. No auge dos seus 39 anos de idade, o jogador, em seis partidas, lançou para 1.905 jardas, 16 touchdowns e apenas uma interceptação, comandando o time de Boston como se fosse máquina. Ele enfrenta seu ex-companheiro de equipe, com quem conquistou o Super Bowl XLIX em cima do Seattle Seahawks, há pouco mais de um ano.

Pode não carregar o glamour de outrora, mas é sempre uma manchete quando dois talentos gigantescos se enfrentam. A “Revis Island” pode ter virado um sítio de frequência coletiva para os wide receivers, mas a esperança do torcedor do New York Jets é que seu ídolo intercepte sua primeira bola na temporada contra os rivais de Massachusetts.

3 – A linha ofensiva do Oakland Raiders contra o front seven do Carolina Panthers (Carolina Panthers @ Oakland Raiders)

A base de toda a campanha ofensiva do Oakland Raiders passa diretamente pelo sucesso da linha ofensiva. Seja na proteção a Derek Carr como na vitória sobre o Baltimore Ravens, ou por bater no muque a linha defensiva do Denver Broncos abrindo alas para o jogo terrestre, o quinteto que veste preto e prata tem sido a régua deste ataque. E nesta semana, eles tem um grande teste contra o front seven do Carolina Panthers.

Os sempre-consistentes linebackers Luke Kuechly e Thomas Davis são a régua da defesa do time da Carolina do Norte. Embora Kuechly tenha grande probabilidade de perder a partida da Semana 12 por causa de uma concussão, a ascensão da linha defensiva – em especial Kawann Short – espera compensar a possível ausência.

Sem Luke Kuechly, a linha ofensiva do Oakland Raiders pode ter menos trabalho, digamos assim. Cabe a Ron Rivera e o planejamento defensivo ludibriar as expectativas do quinteto ofensivo do Oakland Raiders e bater os bloqueadores designados na marcação individual. A expectativa é que marquem dobrado Kawann Short, o que abre oportunidades para jogadores que por ventura venham a substituir Kuechly – ou seja, menos “visados”-, se infiltrem na proteção a Carr e impeçam o desenvolvimento do jogo terrestre.


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4 – A secundária do Jacksonville Jaguars contra a possível volta de Sammy Watkins (Jacksonville Jaguars @ Buffalo Bills)

Regressão é pouco para a temporada de Blake Bortles. Felizmente, não é disso que vamos tratar aqui, mas da secundária do Jacksonville Jaguars que tem se portado muito bem nesta temporada. Com destaque para Prince Amukamara, mesmo com os holofotes em cima do calouro-estrela Jalen Ramsey, o time pode enfrentar o talentosíssimo Sammy Watkins, que retorna de um longo de tenebroso inverno lesionado.

Não acredito, honestamente, que Watkins tenha volume normal de jogo. Posto isso, a secundária ainda precisa evitar as big plays que os recebedores do Buffalo Bills tanto gostam de fazer. Com velocidade, os recebedores da equipe muitas vezes conseguem numa rota longa explorar o braço de Tyrod Taylor. Confronto interessante entre essas duas unidades lá no norte de Nova York.

5 – “O dia depois de amanhã” do Cincinnati Bengals contra o Baltimore Ravens

Duelo divisional, rivalidade à flor da pele e AFC North completamente aberta. A vitória de Pittsburgh os colocou como líderes da divisão, com 6 vitórias e 5 derrotas, mas o Baltimore Ravens ainda não jogou na Semana 12. E eles enfrentam justamente o Cincinnati Bengals, que terá que lidar com duas ausências marcantes do lado ofensivo: A.J. Green e Giovani Bernard.

Se Marvin Lewis já disse que sente falta de Hue Jackson ao seu lado coordenando o ataque, imagine então o sentimento do torcedor. O ataque do Cincinnati Bengals não tem sido a força que era nos anos anteriores – mesmo com A.J. Green tendo um ano, que, na minha opinião, deveria ser considerado para offensive player of the year. Bom, as chances diminuem drasticamente com a lesão no tendão, mas vale aqui a menção. Sem mais divagações, o quarterback precisa tirar leite de pedra sem duas das principais ameaças defensivas e justamente contra uma defesa firme.

Tyler Eifert e Jeremy Hill se tornam os pilares ofensivos deste ataque, e cabe ao camisa 14 do Cincinnati Bengals não entregar o plano de jogo de mãos beijadas. Em muitos aspectos, a ausência do magnético A.J. Green maquia as intenções do ataque – de maneira análoga à aposentadoria de Calvin Johnson lá em Detroit -, de forma que o planejamento ofensivo precisa apostar nas “incertezas” que a defesa terá em relação a quem será o herdeiro do volume de Green e Bernard. Talvez seja LaFell, talvez seja Tyler Boyd, talvez nenhum dos dois e os calouros Alex Erickson e Cody Core apareçam de surpresa. O essencial é que o planejamento defensivo de Baltimore tenha dúvidas, e que Andy Dalton encontre os espaços nessa hesitação.

O sonho da pós-temporada permanece vivo lá em Ohio – talvez não com vigor, mas ainda assim vivo. Com 3-6-1 em 2016, a equipe, se vencer, fica a duas vitórias do Pittsburgh Steelers e a uma do Baltimore Ravens. Considerando que eles enfrentam ainda os rivais de Baltimore e de Pittsburgh mais uma vez (nas semanas 17 e 15, respectivamente), ainda dá para alcançar os adversários. É duro, e a demonstração de força precisa começar neste domingo, na adversidade de não ter duas das principais armas ofensivas da equipe.

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