Buccaneers fecham com Julio Jones, em aposta de baixo risco e possível alto retorno

Veterano recebedor tentará mais uma vez conseguir seu anel de Super Bowl, desta vez ao lado de Tom Brady, o maior especialista no assunto. Movimento dos Buccaneers mostra que franquia segue agressiva na busca do título

Fim do mistério: Julio Jones assinou contrato de um ano com o Tampa Bay Buccaneers – US$ 6milhões, podendo chegar até 8 se algumas metas forem atingidas – e irá se juntar a Tom Brady em 2022 na busca por um anel de Super Bowl. Adam Schefter, insider da ESPN americana, informou que o Green Bay Packers também estava interessado no jogador, mas a franquia da Florida foi mais agressiva na negociação e fechou o acordo. Aos 33 anos, Julio terá que provar que tem gasolina no tanque para ser um jogador útil, algo que não conseguiu na sua passagem pelo Tennessee Titans: com muitas lesões, ele teve menos de 500 jardas recebidas e apenas um touchdown.

As contusões tem minado os últimos dois anos do recebedor, que somados 2020 e 21, tem 82 recepções e pouco mais de 1200 jardas. Para efeito de comparação, somente em 2019 foram 1400 jardas e 99 passes recebidos. Todavia, ao contrário do que aconteceu nos Titans, Julio não chega com status de quem tem que ser uma estrela, o alvo principal. Mike Evans e Chris Godwin estão no elenco e são os pontos focais do jogo aéreo. Jones terá um papel complementar, usando de sua capacidade física e técnica acima do comum para criar confrontos favoráveis. É bem provável que o vejamos tendo uma carga controlada de snaps e até mesmo de treinamento, evitando assim forçar problemas musculares.

Com mais de 1,90 m, Jones traz uma dimensão interessante também na reposição de…Rob Gronkowski. Sim, são jogadores de posições diferentes, que atuam de forma diferente, mas trazem o mesmo elemento: capacidade de vencer no ponto, pela combinação de explosão, impulsão e técnica. Também se cria um complicador para oponentes em situações de confronto mano a mano ou na red zone: Mike Evans também é um gigante – tem 1,96 m: que time tem 2 cornerbacks capazes de confrontar peças deste porte?

Se não der certo, nada que mude a cotação do dólar. Trata-se de uma aposta de baixo risco e alta recompensa. E quando essa recompensa pode ser a contribuição do (discutivelmente) melhor wide receiver da última década,  Tampa Bay está mais que certo em arriscar.

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