Cardinals apostam e trocam por Adrian Peterson – mas isso dificilmente vai dar em algo

É curioso como as coisas se repetem na história. Depois de assegurar vaga no Hall da Fama do Futebol Americano Profissional, Emmitt Smith encontrou refúgio no Arizona Cardinals no fim da carreira. Para Adrian Peterson, o cenário deve ser o mesmo. Sua carreira em Minnesota já lhe assegurou vaga no Hall da Fama – ou pelo menos forte consideração. Agora, aos 32 anos, Peterson tem uma potencial última oportunidade.

“canecas"

Na free agency deste ano, Adrian ficou com outros running backs – como Jamaal Charles – na Ilha dos Brinquedos Quebrados. Basicamente, um limbo completo para jogadores da posição que já passaram dos 30 anos ou que tinham histórico de lesão. Peterson nem de longe era o mesmo jogador, claro. Daí essa espera. E bem depois que o mercado já não estava mais aquecido, os Saints foram buscá-lo.

Foi uma movimentação estranha. Peterson nunca foi conhecido por ser um running back apto de receber muitos passes – coisa que é comum no sistema ofensivo de New Orleans. E tampouco o time mudaria seu sistema para que ele brilhasse: não estamos em 2011, afinal. Assim, após a escolha de Alvin Kamara no draft, Peterson praticamente ficou relegado ao status de terceiro running back do time: praticamente usado apenas em situações óbvias de corridas entre os tackles, como terceiras descidas curtas.

Já na primeira partida da temporada, Peterson demonstrou um certo descontentamento com o número baixo de carregadas e jogadas em que esteve presente em campo.

Na derrota fora de casa para o Minnesota Vikings, seu ex-time, Peterson deu um belíssimo xilique com Sean Payton na lateral do campo – a cena foi captada pelas câmeras do Monday Night Football e você pode vê-la acima. Claramente não havia clima para Peterson no Superdome. Adrian não marca um touchdown desde a semana 17 de 2015. Além de não ter TDs com os Saints, os números foram diminutos. Apenas 27 carregadas – com 3 jardas por carregada – em quatro partidas.




Lesão de David Johnson abre espaço no Arizona

Com David Johnson quase fora da temporada – pode ser que não volte neste ano, a depender dos rumos que a temporada dos Cardinals tomar – abriu-se uma oportunidade nos Cardinals. Chris Johnson – é, aquele das 2000 jardas há quase 10 anos – não é nem de longe o mesmo jogador e os outros reservas não empolgam.

Assim, Bruce Arians e cia apertam o gatilho no que pode ser a última chance de Peterson na carreira. Não se empolguem: ele não é o mesmo jogador – e nem teria como ser aos 32 anos – e as lesões não ajudam muito. Pior: a linha ofensiva dos Cardinals não é uma das cinco melhores da NFL. E é pior do que a de New Orleans. Mais: as defesas adversárias abriam um pouco o jogo terrestre dos Saints por respeito a Drew Brees. Carson Palmer não tem o mesmo respeito das defesas adversárias, então é difícil que as 3,0 jardas por carregada sejam maiores no Arizona.

Claro: pode haver um ressurgimento. Mas se fôssemos apostar em algo, seria no contrário. A troca realizada é condicional – os números ainda não foram liberados, mas seja o que for, não vale. Que seja uma sétima rodada pela produção que Adrian tenha. Ainda é muito.

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