Para um time que anotou, em média, 39 pontos durante seus 3 jogos disputados na última edição dos playoffs, são poucas as coisas que se pode fazer para melhorar o ataque. O que o Kansas City Chiefs mostrou durante a vitória por 34 a 20 contra o Houston Texans na abertura da temporada é que a equipe não apenas conseguiu realizar tal feito como ainda deu um recado assustador aos adversários: em 2020, parar Patrick Mahomes pode não ser o suficiente.
Mahomes e Deshaun Watson eram as estrelas da noite, mas os personagens principais foram justamente as novas adições do ataque dos donos da casa: Clyde Edwards-Helaire começou de forma impecável sua busca pelo prêmio de Calouro Ofensivo do Ano, enquanto Kelechi Osemele foi extremamente dominante em sua primeira partida pela nova equipe. Em momento algum, os Texans pareceram capaz de equilibrar o jogo.
Edwars-Helaire abre temporada já como favorito a Calouro Ofensivo do Ano
“Vocês estão loucos, quase ninguém jogou ainda!” Antes de mais nada, vale lembrar que o running back dos Chiefs está dentre os grandes favoritos para vencer o prêmio, e seu desempenho individual foi o grande responsável pela vitória de sua equipe na última noite. Foram 138 jardas em 25 carregadas para uma ótima média de 5.5 jardas por tentativa, além de um touchdown incrível no terceiro quarto que praticamente matou a partida. A lembrança com a estreia de Kareem Hunt na NFL, em 2017, é assustadora.
A diferença foi de somente duas posses no placar, entretanto, o domínio dos atuais campeões foi muito maior do que os números mostram. A maior marca do ataque dos Chiefs é a velocidade, que vê a equipe executando grandes jogadas de formas sucessivas apoiadas no talento de Patrick Mahomes; o que se viu hoje foi um time jogando ainda de forma perfeita, só que de modo diferente: um jogo físico, com maior ênfase no jogo terrestre, ótimo controle de relógio e a sensação de que, se necessário fosse, o time poderia reverter ao seu grande trunfo e vencer o jogo pelo ar.
Dentro dessa fórmula, vale destacar individualmente a atuação de Kelechi Osemele, estreando como left guard na linha ofensiva em substituição à Laurent Duvernay-Tardiff, que optou por não jogar em 2020 para se dedicar ao combate da COVID-19 – ele é formado em medicina. Se o jogo terrestre dos Chiefs funcionou, muito se deve a atuação do jogador, abrindo espaços e mais espaços para os corredores e protegendo Mahomes com perfeição.
O restante do ataque foi tão bem que mal falamos de Mahomes até agora, porém, ele teve mais uma rotineira grande atuação. 24 passes completos em 32 tentativas e 3 touchdowns, números que poderiam ser ainda maiores se Demarcus Robinson não tivesse dropado um passe perfeito dentro da end zone ainda no início da partida.
O foco de Kansas City no jogo terrestre, mais físico, deixa a impressão de que será preciso mais do que simplesmente encontrar uma fórmula de limitar o quarterback. Escolha seu veneno.
Atuais campeões, quem pode parar os Chiefs?
Sabemos que a intertemporada foi mais curta e extremamente diferente, porém, a superioridade do Kansas City Chiefs parece não ter sido alterada mesmo num ano em que tudo é estranho. Além do impressionante desempenho de Edwards-Helaire, tudo pareceu normal no Missouri, com recepções para touchdown de Sammy Watkins, Tyreek Hill e Travis Kelce, os melhores alvos da equipe.
Se no último jogo entre as equipes, em janeiro, os Texans abriram 24 pontos de diferença antes de sofrerem uma derrota acachapante, os visitantes hoje não pareceram estar nem de perto no nível dos Chiefs. Enquanto os comandados de Andy Reid pareciam preparados para tudo mesmo com a pandemia, Houston apresentava tudo o que se espera de um time comandado por Bill O’Brien: falhas de concentração, erros individuais e pouca atenção aos detalhes.
Méritos para o Kansas City Chiefs, que aderiu ao distanciamento social e está isolado no topo da lista de melhores equipes da liga. Um duelo divisional contra o Los Angeles Chargers é o compromisso na semana 2, enquanto o Houston Texans tenta se recuperar contra outra potência, recebendo o Baltimore Ravens.
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