As leis da economia têm fundamental aplicação na NFL – sobretudo na época de intertemporada quando falamos dos contratos de jogadores. Valorar um atleta é algo difícil e é quase como fazer a avaliação do valor de uma ação na bolsa antes de investir. No caso do New England Patriots, a equipe de Bill Belichick comprou uma ação outrora queridinha do mercado e que está a preço de banana.
Nesta quarta, o insider da NFL Network, Ian Rapoport, revelou detalhes do contrato de Newton. Os valores, que já pareciam bem amistosos para os Patriots, são ainda melhor do que a encomenda. O que sabíamos era que o contrato tinha um ano e sete milhões totais – já é bem menos do que a maior parte dos quarterbacks titulares da NFL e o contrato ser de um ano protege os Patriots em caso de Newton se machucar novamente.
Rapoport revelou que os números são praticamente de um quarterback reserva – ao menos, em termos de dinheiro garantido. O salário-base de Cam Newton é de 1,7 milhão de dólares. Garantido – isto é, aquele dinheiro que ele ganha mesmo se for cortado – só 550 mil. Os 6,5 restantes desses 550 mil para completar os 7 milhões anunciados no domingo são em incentivos.
Traduzindo em termos mais simples, Newton só chega aos 7 milhões se bater metas – as quais não sabemos, mas devem versar em estatísticas, ser eleito ao Pro Bowl e esse tipo de coisa. Em outras palavras, apenas se ele for titular. Isso dá uma margem boa de manobra para os Patriots no caso de “dar tudo errado”. Ou seja, Cam Newton se machucar e/ou ter um training camp pavoroso que lhe faça perder a titularidade virtual para Jarrett Stidham.
NaTitularidade? Sim, é a tendência, sejamos francos. Caso contrário o contrato nem seria feito e muito menos teria esses incentivos. No final das contas, Cam Newton teve esse contrato a preço de pinga porque a demanda dos times é baixa e há riscos em termos de disponibilidade. Os Patriots apostaram pouco e podem ganhar muito. Cam também, mas aí apenas em 2021.
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