Mesmo que a posição de linebacker não tenha o mesmo prestígio de antes, uma extensão com a de Fred Warner mexe com muita gente na NFL. Afinal, a posição tem um novo paradigma recente nos últimos Drafts e dentro de campo: o linebacker que cobre bem o passe e não é simplesmente um apoiador da linha defensiva no jogo terrestre.
Assim, a extensão que dá a Warner o maior contrato da posição traz consigo vencedores e perdedores. Ela muda algumas coisas. Sem, mais delongas vamos a elas.
Vencedores:
Fred Warner, LB, 49ers: Isso é óbvio, porque Warner ganha o dinheiro que quer e que merece como, a meu ver, o melhor inside linebacker da liga. Além disso, o linebacker evita passar pelo stress da franchise tag no ano que vem. Escolha de terceira rodada, Warner tem no novo contrato uma consequência justa de seu nível de jogo: 5 anos, média de 19 milhões de dólares.
Roquan Smith (LB, Bears), Darius Leonard (LB, Colts): Outros dois expoentes da posição e protótipos do que se espera de um linebacker na NFL atual, Leonard e Smith são as próximas bolas da vez para embolsar um contrato milionário. No caso de Leonard, deve ser antes: ele é free agent em 2022 e não tem opção de quinto ano por não ter sido escolha de primeira rodada. Roquan é free agent apenas em 2023, mas está marcado para ser um dos próximos a embolsar muita grana na posição. Tal como para os quarterbacks, os próximos da “primeira prateleira” de renovação superam o teto financeiro estabelecido pelo anterior. Assim, é possível imaginar que ambos receberão cifras ainda maiores do que Warner.
San Francisco 49ers e John Lynch (GM): Por tabela, San Francisco se antecipou e esse contrato pode ser uma barganha em breve – dado que outros maiores virão no curto prazo e que o teto salarial vai subir para acima de 200 milhões de dólares na próxima temporada. Tendo a certeza que Warner é um jogador de elite, San Francisco se livra da dor de cabeça e fatura na barganha de médio e longo prazo.
Trey Lance, QB, 49ers: Um dos motivos pelo qual San Francisco está renovando com George Kittle, Warner e futuramente Nick Bosa é o fato de que Lance e seu contrato de calouro são a opção de longo prazo do time. Ou seja; gastando menos com Lance, podem gastar bem e melhor em outros lugares. O calouro deve herdar um time com boas peças nos dois lados da bola.
Nick Bosa, EDGE, 49ers: Além de ter um fantástico apoio ao lado na defesa, Bosa agora meio que tem certeza que vai capitalizar num novo contrato em breve – e melhor ainda para ele, dado que será o “último dos moicanos” a renovar em Santa Clara. Por tabela, o com maior valor. É nítido que há um plano em curso nos 49ers – um bom plano aliás – e o EDGE vai ganhar rios de dinheiro caso não sofra com mais lesões.
Linebackers como um todo: O novo contrato de Warner coloca a posição no centro do palco e confirma que esse novo protótipo que falei é o futuro desta. Micah Parsons, que tem esse perfil e é recém-draftado, pode capitalizar no futuro por conta disso.
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Perdedores:
Chris Ballard, GM do Indianapolis Colts: Ballard tem dois jogadores de elite para renovar em breve, Leonard e Quenton Nelson (guard, o melhor da NFL na posição). No caso de Leonard, ao renovar depois, vai ter que pagar mais do que San Francisco pagou para Warner (os 19 milhões por ano).
Jimmy Garoppolo, QB, 49ers: Praticamente carta fora do baralho, Garoppolo não faz mais parte dos planos de San Francisco. Não tem como renovar com Kittle, Bosa, Warner e etc e ao mesmo tempo pagar salário enorme para ele. Em 2022, terá que procurar espaço em outro time – isso se não for trocado antes.
Thumpers: O linebacker parrudo e cuja única função é de parar o jogo terrestre está essencialmente morto com um novo protótipo sendo carimbado como o mais bem pago da liga.
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