Vencedores e Perdedores é a coluna de superlativos para você saber quem tem cotação pra cima e quem tem cotação para baixo depois de cada domingo de NFL. Para ler o índice da coluna, clique aqui.
Vencedores:
Tua Tagovailoa, QB, Miami Dolphins: Considerando que a linha ofensiva de Miami é a pior da NFL em sustentar os bloqueios por pelo menos 2,5 segundos, Tua tem até que bons números e sua última partida contra Carolina – uma defesa forte em pressionar o quarterback adversário – foi magistral. Tagovailoa finalmente chegou a 16 partidas como titular, com Miami tendo campanha positiva nessas partidas (9-7). Os números no período não são uma tragédia, mas precisamos lembrar e frisar: Tua vem jogando de maneira mais confortável a cada semana. Livrar-se dele, como falamos antes, parecia e é precipitado.
Patrick Graham, Coordenador Defensivo, New York Giants: Graham deve ter visto o tape de Jalen Hurts contra New Orleans – seria negligência não fazê-lo. Embora Hurts tenha queimado os Saints com as pernas, algo ficou bastante evidente: o quarterback dos Eagles tem seus problemas quando a blitz não vem e pelo menos 7 jogadores recuam na marcação. Contra os Giants, ele teve menos de 50% de passes completos contra jogadas em que a blitz não veio e ainda somou três interceptações. Tem muita coisa ruim e errada nos Giants, mas Graham e sua defesa são o menor dos culpados.
Patrick Surtain II, CB, Denver Broncos: Surtain não tem absolutamente nada a ver com a frase de seu general manager, George Paton, de que “quarterback tem todo ano no Draft”. Sim, os Broncos deixaram de draftar um quarterback sendo que Justin Fields e Mac Jones, os dois melhores da classe até o momento, estavam disponíveis. Não, a escolha de Surtain em si não foi ruim porque ele é o melhor cornerback da classe, como esperávamos. Foram duas interceptações contra os Chargers e fato é: se alguém ainda pode ameaçar Micah Parsons para calouro defensivo do ano, é ele.
Daniel Carlson, K; Derek Carr, QB, Las Vegas Raiders: Com os Raiders em espiral negativa, os dois apareceram para evitar que o processo de derretimento, que tanto vem machucando o torcedor argento-preto. Carlson foi o responsável pelas pontuações finais de Las Vegas e Carr conduziu as campanhas até lá. Importante destacar que Carr foi pressionado em mais de 30% de seus passes e não espalhou a farofa na partida, tendo 373 jardas. Os Raiders ainda estão vivos e é muito por conta de ambos.
Kyle Shanahan, head coach, San Francisco 49ers: Guinada em Santa Clara. As críticas, a meu ver, foram justas à época. Depois de perder para um Arizona Cardinals sem Kyler Murray, os 49ers tinham 0-4 em casa na temporada. O que mudou? Nas últimas três partidas, Shanahan entendeu que correr com a bola é vital para um time que tem Jimmy Garoppolo como quarterback e que precisa de uma defesa o mais descansada possível. Longas campanhas, longas corridas: primeiro em tentativas terrestres na sequência de vitórias, a defesa jogando melhor, segundo em jardas corridas. Shanahan fez ajustes e teve a humildade de perceber que por mais que seja um adepto da West Coast Offense/Jogo Aéreo, é correndo que esse time vai mais longe.
Aaron Rodgers, QB, Green Bay Packers: Rodgers começou a temporada quietinho, quietinho – e de repente é o segundo nas cotações das bolsas de apostas de Las Vegas para ser o MVP (apenas atrás de Tom Brady no momento). O camisa 12 é um vencedor também porque a defesa está jogando melhor do que em muitos anos. Ainda, por mais que tenha lesão no dedo do pé, a sorte lhe sorri: os Packers folgam na próxima semana e depois jogam contra os Bears em casa. Tudo encaixando para Green Bay neste ano.
Defesa do Cincinnati Bengals: Uma das melhores da liga, de verdade. Trey Hendrickson é um dos jogadores que mais pressionam o quarterback na NFL, a secundária faz um bom trabalho contra o passe e defesa como um todo parece uma unidade bem treinada. Não deu chance para os Steelers. Graças à ela, os Bengals são candidatos aos playoffs e, hey, podem roubar a divisão de Baltimore.
Perdedores:
Baker Mayfield, QB, Cleveland Browns: Sinto muito por ele. Claramente não está saudável, são três lesões graves. Baker não tem condições de jogo e precisa ser poupado para ficar saudável o quanto antes. Por incrível que pareça, creio que com Case Keenum os Browns poderiam ter vencido no domingo. Não que ele seja melhor que Mayfield, mas certamente ele é melhor que o 1/5 de Baker que esteve em campo por conta das lesões.
Trevor Siemian, QB, New Orleans Saints: Provavelmente a última chance de Siemian como titular na NFL. Tudo o que ele faz, o faz lento: processar a defesa, passar a bola, antecipar o passe. Infelizmente não tem o que fazer, é dar outra oportunidade para Taysom Hill e ver o que vira no Superdome.
Seattle Seahawks: Era a derrota que faltava para explodir de vez a chance de pós-temporada. Hoje, de acordo com o Five Thirty Eight, ela é de apenas 1%. Russell Wilson claramente não parece inteiro, várias vezes hesitando, várias vezes passando a bola mais forte do que deveria. Em alguns momentos os flashes aparecem, mas convenhamos, soa como fim de festa.
Kelen Moore, Coordenador Ofensivo, Dallas Cowboys: O Protocolo Mahomes segue voando contra Dak Prescott. Ou seja, não mandar blitz. Ele acabou ficando no pocket mais tempo do que deveria e o resultado não foi bom – ainda mais sem seus dois principais wide receivers para criar separação, Amari Cooper e CeeDee Lamb. Para menos de 2,5 segundos no pocket[foot]via NFL Next Gen Stats[/foot] ele teve 21-25 e 239 jardas. Para mais de 2,5 seguidos, 11/22 para 136. Boa parte da produção foi melhor com menos tempo no pocket e no último quarto tão somente. Demorou para Moore fazer o ajuste. Vamos ver o que vira para as próximas partidas.
Indianapolis Colts & Tennessee Titans: Os Colts não aproveitaram a liderança que montaram, tendo ficado 10 pontos na frente dos Buccaneers. No segundo tempo, Tampa Bay veio como um rolo compressor. As corridas sumiram do plano de jogo dos Colts, estranhamente. Do lado de Tennessee, mais uma derrota na ausência de Derrick Henry. O time ainda tem 96% de chance de vencer a AFC South, até porque Indianapolis precisa tirar três jogos. Mas sejamos francos: sem Derrick Henry, é um time vulnerável. O #5 da AFC lambe os beiços.
Cam Newton, QB, Carolina Panthers: Que catástrofe. A história de amor e o casal reatando estava cativando o público, mas no domingo veio uma briga séria. 5-21 para o camisa 1, com duas interceptações. Cam teve apenas um passe completado para mais de 10 jardas e também um passe (de 7) completado quando sob pressão. Um jogo para esquecer e que estanca as chances de pós-temporada de Carolina.
Ben Roethlisberger, QB, Pittsburgh Steelers: Tá muito triste de ver. Um aposentado em atividade, infelizmente. Não precisava terminar assim.
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