Era a pressão o problema em meio a tantas saídas de linha ofensiva? Claramente não, porque Tom Brady estava se livrando rápido da bola. Foi apenas o fato de que a defesa de New Orleans jogou bem na Semana 2 e a dos Packers jogou bem na Semana 3? Acho que não tão somente, embora claro que seja um fator.
O grande ponto é que sem seus principais recebedores, Tom Brady não estava fazendo praticamente nada para mais de 10 jardas. Sei que isso parece uma enorme passada de pano, mas a questão não era sequer “Sem minhas estrelas não produzo”. Essa, a meu ver, não é a ótica. O ponto é que sem seus recebedores, os Bucs tiveram que recorrer a Cole Beasley, que os Bills sequer quiseram manter e que estava sem time antes de ser contratado no meio da semana anterior ao jogo dos Packers.
Por óbvio, a separação foi inexistente. Entre as semanas 2 e 3 e em passes para mais de 10 jardas, os Bucs tiveram menos de 50% de recepções em relação aos alvos de Brady. Foi o 26o time da NFL no período. Ontem, tendo Godwin e Evans, 64%: adivinha? Quinto melhor da NFL na semana.
É realmente uma situação da água para o vinho. Entre 10 e 19 jardas, Brady errou apenas um passe. Sua sintonia com Mike Evans é evidente. Sua ausência, foi sentida até não poder mais. Foi cristalina a diferença contra os Chiefs ontem.
Nem tudo são flores
A inexistência terrestre de Tampa Bay contra os Chiefs é, em certa medida, explicada pelo fato de que os Chiefs pisaram no acelerador e a cada posse passavam a marcha para cima cada vez mais. Por outro lado, foi uma situação tão extrema que chega a assustar. Mesmo perseguindo um resultado, apenas três corridas com Leonard Fournette no jogo INTEIRO é algo insustentável.
