De último na NFC East para primeiro: o que os Eagles fizeram de certo?

Acho que é hora de falarmos e é o que faremos aqui neste momento. O Philadelphia Eagles lidera a NFC East depois de terminar no último lugar da divisão na temporada passada. Ao contrário dos Giants, porém, Philadelphia fez movimentações de curto risco – um bom exemplo é o contrato de apenas um ano, 9,5 milhões, para Alshon Jeffery. Adicionalmente, o time foi atrás de Timmy Jernigan para reforçar uma linha defensiva que já era pra lá de interessante. Ainda, a chegada de Torrey Smith finalmente deu um alvo em profundidade para o segundanista Carson.

Este texto é parte de nossa coluna semanal de NFL, tudo o que você precisa saber em 3000 palavras ou menos. Se você quiser mais, não deixe de ler Primeira Leitura. 

São adições que compensam, em certa medida, duas perdas consideráveis que o time teve por lesão. Fletcher Cox saiu com lesão na panturrilha em partida contra os Giants – Semana 3 – e desde então o pass rush não é tão bom quanto poderia – 12 sacks totais na temporada. Outra lesão importante foi a de Ronald Darby, ainda na primeira semana. Um dos destaques em termos de substitutos vem sendo Patrick Robinson, que tem sete passes defletidos em 22 alvos.

De toda forma, a estrela desse time vem sendo a produção ofensiva. A partida contra o Arizona Cardinals na semana passada foi um dos pontos altos em termos de ataques da NFL neste ano – não por acaso, Wentz foi eleito o melhor quarterback da semana em nossa coluna de premiações. Tudo começa com a linha ofensiva. O center, Jason Kelce, vem fazendo um trabalho fenomenal ao abrir espaço para o jogo terrestre. Nas pontas, Jason Peters (aos 34 anos!!!) e Lane Johnson (fora do TNF por concussão) vem sendo impecáveis. Johnson, vale lembrar, perdeu inúmeras partidas na temporada passada por conta de suspensão. Essa linha permite que LeGarrette Blount, com seu estilo físico, empilhe 5,7 jardas por carregada. Wendell Smallwood também vem bem.

Com um jogo terrestre físico que cansa as defesas e faz com que elas por vezes coloquem mais homens no box do que gostariam, com uma linha ofensiva voando baixo, com mais alvos – e versatilidade de alvos – o quarterback tem tudo o que precisa para maximizar seus talentos. É o caso de Carson Wentz nesta temporada. Que tal 71% de passes completados, seis touchdowns e apenas uma interceptação? São números absurdamente bons.

A princípio, poderíamos olhar para esses números e pensar que Wentz está tendo uma temporada de Sam Bradford: tudo dando certo perto dele e o feijão com arroz acontecendo. Não é o caso, porque em muitas oportunidades ele está arriscando em profundidade e indo bem.

Eis um dos muitos exemplos: conexão em profundidade para o LEGADÃO DO CHIP KELLY – ou melhor, Nelson Agholor, que vem tendo ótima temporada. Na última partida, contra os Cardinals, Wentz fez o que se esperava dele num momento crucial: terceira descida.

A terceira descida – principalmente a longa – é uma situação delicada para quarterbacks porque a defesa muitas vezes está esperando um passe longo para que ela seja convertida. Assim, com a defesa esperando o que muito provavelmente deve acontecer.



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Aqui um dos exemplos. Note a precisão do passe. Não foi sorte, não foi acaso: Wentz teve 11 passes completos de 12 tentados em terceira descida. Ainda, a postura no pocket por parte de Wentz também está melhor – mais fluída, com trabalho melhor de pernas (na mesma jogada acima você consegue perceber isso). De últimos colocados para primeiros: a evolução dos Eagles foi bem planejada e com baixo risco. Agora, resta saber: se sustenta até o final do ano? Tudo indica que sim.

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