Quais as chances dos Seahawks em 2018 após o frustrante ano de 2017?

[dropcap size=big]U[/dropcap]ma das equipes mais fortes nos últimos anos, o Seattle Seahawks vai dando sinais de declínio. Sei que não é algo difícil de engolir, mas a derrota para os Rams na segunda metade da temporada – em casa – é ainda mais difícil de ser digerida e, quer o torcedor queira ou não, foi um golpe forte.

A temporada recente já foi frustrante, com a franquia sendo atropelada pelo Los Angeles Rams no CenturyLink e, também, na disputa da divisão. Para 2018, existe possibilidade de melhora – mas fato é que o otimismo não é tão grande como em outras temporadas.

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Baixas significativas em Seattle

Depois de cinco avanços seguidos indo para a pós-temporada, com direito a dois títulos de Conferência e uma vitória no Super Bowl, os Seahawks ficaram pela primeira vez de fora dos playoffs após anos sendo figura carimbada em janeiro.

Acontece que se o desempenho nesta última temporada já não empolgou, com apenas nove vitórias em 16 jogos e ainda temos as possíveis saídas de jogadores importantes – que podem pesar ainda mais para o grupo. Um dos que está próximo da porta para abandonar a franquia é Jimmy Graham. O tight end interessa ao técnico Pete Carroll, mas não chegou a um acordo quanto a renovação e pode querer cifras maiores na free agency da NFL.

A perda deste jogador é significativa porque Graham, embora não tenha os mesmos números da época de New Orleans, foi um dos principais alvos de Russell Wilson na red zone: ele anotou dez touchdowns na temporada, que foi a sua terceira maior marca na carreira. Com uma linha ofensiva horrível – para não xingar ainda mais – o tight end é uma figura importante porque muitas vezes serve como válvula de escape do quarterback.

A situação pode ficar ainda pior caso Sheldon Richardson não goste da proposta feita pelos Seahawks. Outro em situação definida é Michael Bennett. Vice-lider da equipe em sacks, o defensive lineman tem tudo para ser negociado e rumores indicam que os Seahawks colocaram Bennett no mercado para troca. Caso Seattle não consiga uma boa reposição, pode ficar bem enfraquecido.

Com isso, no momento até mesmo a conquista da Conferência Nacional parece um cenário mais distante. Até aqui, a franquia é somente a 7ª mais cotada nas bolsas de apostas, atrás dos Eagles, Packers, Vikings, Cowboys, Falcons e Rams. Para quem investir agora, com três meses antes da competição começar, o retorno é de R$ 12,00 para R$ 1,00, segundo dados do Oddsshark.com.

Com a disputada Conferência Nacional, os Rams mantendo boa parte do elenco e um San Francisco 49ers em ascensão com o início da Era Jimmy Garoppolo, dá para apontar que a vida dos Seahawks será mais complicada do que em outros anos. O retorno para o palpite no time acaba sendo uma opção a ser cogitada em caso de alguma movimentação interessante nas contratações. Afinal, conforme o time for avançado, você certamente receberá propostas para desistir do investimento em troca de um retorno um pouco inferior.

Novos coordenadores trazem a esperança

Nem tudo preocupa: não é como se Pete Carroll tivesse ficado na inércia após a não ida para os playoffs. Se as potenciais saídas de jogadores não empolgam, há potencial na nova comissão técnica (ou parte dela, ao menos). Os Seahawks resolveram mudar e trouxeram dois novos coordenadores. Para o setor defensivo chega Ken Norton Jr, que foi do Oakland Raiders.



Já na parte ofensiva a função fica com Brian Schottenheimer, que era treinador de quarterbacks do Indianapolis Colts. Antes disso, trabalhou no New York Jets, de 2006 a 2011, e no St. Louis Rams, de 2012 a 2014. Destas duas passagens, em duas oportunidades conseguiu ajudar os Jets a avançarem para os playoffs.

Os dois podem ajudar Pete Carroll na condução da franquia. Técnico mais velho de toda a NFL, com 66 anos, o experiente comandante tem só mais um ano de contrato, porém, ainda não cogita aposentadoria – que foi especulada por alguns na reta final da temporada, mas descartada pelo próprio em seu twitter.

A linha ofensiva é outro setor que chama atenção quando pensamos em prognósticos para 2018. Como o torcedor bem sabe, a linha foi de longe um dos piores setores do time na temporada passada – péssima no jogo aéreo e inerte no jogo terrestre. Não surpreende que (finalmente) seu treinador tenha sido mandado embora. Para o lugar de Tom Cable, os Seahawks contrataram Mike Solari – cujo maior trunfo foi ter sido o técnico de linha ofensiva na passagem de Jim Harbaugh pelos 49ers.

Além de novo treinador, a expectativa é que algum reforço seja trazido pelo Draft. No ano passado, a equipe foi atrás do center Ethan Pocic via Draft – mas claramente a unidade precisa de mais reforços. É esperado que o time use uma pick alta do Draft em sua linha. Se você ainda discordar, aí vai uma informação: ninguém foi mais pressionado que Russell Wilson na temporada passada – 235 vezes.

Temporada lucrativa

Apesar de não ter se classificado, ficando atrás do Los Angeles Rams com duas vitórias a menos, o Seattle Seahawks terminou a campanha com mais vitórias do que derrotas, nove conta sete. Isso foi o suficiente para você lucrar bem com a franquia.

Muito deste ganho se deve as boas apresentações contra adversários de peso. Contra o Dallas Cowboys, por exemplo, o triunfo por 21 a 12 pagou R$ 2,90 para cada real. Outros dois resultados impactantes foram diante do Philadelphia Eagles e Los Angeles Rams, que garantiram R$ 2,75 e R$ 2,05 para R$ 1,00.



Cotações para o título da Conferência Nacional na temporada 2018/2019 da NFL, segundo os números do Oddsshark.com

Philadelphia Eagles R$ 5,00

Green Bay Packers R$ 5,00

Minnesota Vikings R$ 7,50

Dallas Cowboys R$ 9,00

Atlanta Falcons R$ 10,00

Los Angeles Rams R$ 10,00

Seattle Seahawks R$ 12,00

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