Derek Carr volta a encantar em profundidade e os Raiders ainda respiram em 2017

Fora de casa, com campanha 3-5 e com a temporada em risco: na prática, essa vem sendo a história do Oakland Raiders a cada semana que passa. Com o Kansas City Chiefs alguns jogos na frente, o sonho de vencer a divisão – dado como possível antes da temporada – vai se apagando como a foto que Marty McFly carrega em De Volta para o Futuro.

A tentativa de fazer essa foto não se apagar de vez resta posta nas mãos de Derek Carr. Mas não só dele. Se o jogo terrestre ajuda, a tendência é que a maior virtude de Carr – sim, estou falando daquele bíceps capaz de curar doenças – aparece: o passe em profundidade.

matemática tática é simples: com corridas eficientes, a defesa há de respeitar mais o jogo terrestre e, por tabela, não pode se dar ao luxo de deixar jogadores em marcação profunda o tempo todo – porque, claro, tem de se preocupar em parar a corrida. Se assim o faz, tem menos jogadores no fundo e, bingo: pontualmente, o passe longo vai aparecer.

Ontem, contra os Dolphins, Marshawn Lynch desencantou na temporada e, por tabela, abriu esse passe mais longo. Foram 14 carregadas e dois touchdowns – primeiro jogo com dois desde 2014, quando ainda estava em Seattle. A diferença do desempenho terrestre dos Raiders se compararmos a partida anterior contra os Bills foi absurda. E o “respeito” ao jogo terrestre foi essencial para que o passe longo abrisse, claro.

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Claro, não é só isso. As chamadas ofensivas mudaram, ficaram mais agressivas e finalmente o coordenador ofensivo está usando suas peças como se deve. Para ilustrar como era antes, empresto-me essas palavras do Eduardo Miceli neste texto:

“Para exemplificar: a quantidade de screens que Todd Downing chama é alarmante e infrutífera. Colocar Amari Cooper no slot para correr uma rota hitch rápido e não conseguir muitas jardas após a recepção é outra marca registrada. Dessa forma, o ataque não move as correntes, o ataque não fica em campo e a defesa é obrigada a jogar mais tempo do que seria desejável. E quando defesas cansam, erros são cometidos – e vira tudo uma bola de neve.”

Ontem? O passe profundo veio. Todd Downing, o coordenador, viu que “a água bateu na bunda” e começou a dirigir um carro esportivo como se deve – e não na primeira marcha. Derek Carr completou 11 passes lançados para mais de 10 jardas, totalizando 250 jardas em passes assim – melhor marca de sua carreira (foram 16 tentados). Carr entrou na partida com menos de 45% de eficiência em passes para mais de 10 jardas nesta temporada – e na semana passada contra os Bills teve apenas cinco completos e duas interceptações.

Resta saber: vai se manter? Por mais que Derek tenha três jogos seguidos para mais de 300 jardas passadas, houve inconsistência. Brilhou contra os Chiefs, foi mal contra os Bills e agora, novamente, bem contra os Dolphins. O que esperar do resto da temporada?

Fato é que o calendário dos Raiders não ajuda e essa inconsistência anterior cheira a 8-8. Esperamos que não, porque Carr tem talento para ir além. A semana de folga, que vem agora, é o momento apropriado para arrumar a casa. Na sequência, os Raiders pegam os Patriots no México; E ainda há partidas contra Cowboys e Eagles, duas equipes em bom momento – isso sem contar os jogos divisionais, um contra cada, sendo os Chiefs fora de casa.

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A inconsistência ofensiva tem que acabar. Se os Raiders jogarem como ontem ou como contra os Chiefs, ainda há esperança mesmo com calendário difícil. Se a montanha-russa aparecer de novo, aí um abraço.

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