Dois anos após mil jardas recebidas: Gary Barnidge segue sem time

É difícil escrever sobre jogadores do Cleveland Browns – principalmente sobre atletas que lá estiveram nos últimos três anos. Essas equipes de Cleveland já entraram para o panteão das piores da história da NFL – e raramente eram alvo de transmissões da TV.

Um exemplo ocorreu no ano passado: a única partida dos Browns que foi transmitida pela ESPN ocorreu na quinta semana da temporada. Duelo divisional? Jogo de revanche? Os Browns estavam com 4-0? Não. Era a volta de Tom Brady após a suspensão imposta pelo #DeflateGate. Como prevíamos, Cleveland tomou 406 jardas aéreas no início do Tom Brady’s Angry Revenge Tour.

Com a ausência de Cleveland nos jogos de horário nobre – o time teve apenas um no ano passado e não terá nenhum nesta temporada – é difícil destacar alguns atletas. Às vezes eles produzem mais do que jogadores de mercados consumidores mais badalados e são menos falados. Gary Barnidge, ex-tight end do Cleveland Browns, encaixa-se perfil. Em 2015 e considerando só os tight ends, apenas Rob Gronkowski, Greg Olsen e Delanie Walker tiveram mais jardas recebidas.

Barnidge teve 1043. E mesmo assim ele está sem emprego nesta temporada. Em 2015, Gary foi uma das gratas surpresas da temporada. Além das mil jardas recebidas, foram nove touchdowns e uma (rara, considerando a falta de talento nos Browns) ida para o Pro Bowl.

Por que ele está sem emprego? Bom, a idade fala mais alto. Barnidge foi cortado após um ano menos produtivo, cujas jardas recebidas giraram na casa das 600. Prestes a completar 32 anos em setembro, a idade pode ser considerada um peso – ainda mais quando lembramos que os Browns conseguiram o (jovem) segundo melhor tight end do Draft em David Njoku. Barnidge acabou sobrando na dança das cadeiras.

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Um destino óbvio – e potencial mega-lei-do-ex – seria o Baltimore Ravens. A equipe vem passando por uma mini-reestruturação no lado ofensivo da bola. Joe Flacco precisa de alvos e precisa fazer jus ao mega-salário que receberá em 2017; A chegada de Gary faria todo sentido. Ainda mais quando lembramos os problemas que os Ravens têm na posição. E mais ainda quando lembramos as ironias do destino.

Para começar, o general manager de Baltimore, Ozzie Newsome, foi tight end. Nos Browns. Parece fazer sentido demais para ser verdade, né? Somado a isso, um elenco da posição que constantemente figura no departamento médico. Dennis Pitta, que teve 86 recepções no ano passado, foi cortado e tem a carreira ameaçada por lesão no quadril. Benjamin Watson tem 36 anos e segue em reabilitação após lesão no tendão de Aquiles. Maxx Williams também passou por cirurgia nesta intertemporada. para completar, Darren Waller foi suspenso por um ano. Sobra Crockett Gilmore e Nick Boyle.

Ante essa situação, a chegada de Gary Barnidge num contrato de um ano seria bem-vinda, ao meu ver. E não é como se os Ravens não tivessem espaço no teto salarial. Claro, eles não têm uma montanha de dinheiro para gastar – até porque 24 milhões em Joe Flacco não ajuda a vida do contador do time – mas os 4 milhões agora disponíveis dariam e sobrariam. Não é como se Barnidge chegasse pedindo 10 milhões. Às vésperas do training camp, muito provavelmente ele se contentaria com (bem) menos.

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Só que o telefone de Gary Barnidge ainda não tocou. “Eles teriam que ligar para meu empresário”, disse em um programa de rádio sobre potencial interesse dos Ravens. “Só sei que no momento não temos nada ainda. Não estou com pressa, estou em forma. Estou pronto. Estarei pronto quando o telefone tocar. Sem pressa”, completou.

Mesmo aos 32 anos, o ex-Browns lembra que seu corpo está mais saudável do que o de outros jogadores da posição. Barnidge passou boa parte de sua carreira como reserva em Carolina e em Cleveland, estando ativo para partidas em menos ocasiões do que outros medalhões da posição. Ele foi titular em 10 ou mais jogos em apenas três temporadas das nove que esteve na NFL.

“Não tenho problema em ser o segundo tight end ou seja lá o que for, mas tenho habilidade para ser o número um. Muitas pessoas não entendem que nos sete primeiros anos de minha carreira, não joguei muito. Sempre era o segundo ou o terceiro tight end, geralmente no time de especialistas. Então não tenho meu corpo ou pernas gastas”, relatou.

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Ao analisar os elencos da NFL, realmente a equipe que faria mais sentido seria o Baltimore Ravens. Todas as outras ou já têm um tight end titular ou estão em reconstrução e um jogador aos 32 anos não seria tão útil – não é como se sua chegada fosse um gás a mais para um potencial título de divisão, por exemplo (49ers, Jets e conexos). Outras que tinham lacunas na posição – os Rams e os Buccaneers, por exemplo – já endereçaram-na no Draft. Então os Ravens seriam uma aposta plausível. Falta o telefone de Barnidge tocar.

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