Já se foi o tempo em que os homens de miolo da linha defensiva eram apenas jogadores pesadões, que ocupavam seu espaço e derrubavam os running backs quando escapavam de um bloqueio. Numa NFL cada vez mais veloz, o perfil da posição mudou: agora ser explosivo e conseguir se mover rapidamente é tão importante quanto ter peso. Isso passa pela evolução do jogo, onde chegar rapidamente ao quarterback pelo meio também é vital, sob pena de ser punido com sistemas de passes rápidos e run-pass options.
O trono não muda de mãos
Entra ano, sai ano e o rei da posição é o mesmo: Aaron Donald segue imparável e agora ainda tem um anel de Super Bowl em sua mão. Vital na conquista do título pelo Los Angeles Rams, Donald teve 23 pressões e 4 sacks apenas nos playoffs. Os lances que definiram as vitórias tanto na final de conferência quanto na grande final tiveram sua assinatura: o camisa 99 chegou no quarterback adversário, que não conseguiu conectar com seu recebedor e a vitória foi para Los Angeles.
Para 2022, pouco deve mudar. Apesar de ter cogitando aposentadoria e não ter aparecido nos primeiros treinos do ano – o que já aconteceu em outras temporadas e segundo o treinador Sean McVay não é problema -, Donald deve retornar e não há nenhum sinal de que sua forma irá declinar. Dono de uma pujança física assustadora, ele continuará um terror para os bloqueadores e a expectativa é de mais um grande ano, para deixar novamente a intrigante pergunta no ar: Aaron Donald é o mais defensor de todos os tempos? Não é nenhum absurdo dizer que sim e ao fim de 2022 o número de pessoas que concorda com isso pode ser ainda maior.
